Sol, Lua, Terra/Homem e a Mandala Astrológica

Olá!

Nestes momentos em que sabemos
 que nesta segunda-feira, dia 21 de agosto, 
estará acontecendo 
um eclipse total do Sol
eu gostaria de poder trazer a você, 
Caro Leitor,
 textos meus comentando sobre os simbolismos 
de Sol, Lua 
e Terra/Homem 
(onde nos encontramos) 
e ainda todas estas questões primordiais 
podendo ser apresentadas 
através nosso Risco do Bordado,
 nossa Mandala Astrológica, 
nossa carteira de identidade cósmica 
que registra nosso momento exato 
de encarnação na Terra, 
Planeta de Trabalho e de Iluminação.







SOL, LUA, TERRA/HOMEM 
E A MANDALA ASTROLÓGICA

Janine Milward


Sol: 
Espírito, o Sublime Yang, a Luz

Lua: 
Alma, o Sublime Yin, a Não-Luz

Terra e Homem:
Trabalho e Iluminação plenamente materializados

Ascendente: 
a Mandala Astrológica, nosso Risco do Bordado, nosso mapa astral natal, vem nos apresentar o entrecruzamento entre tempo e espaço delineados, tecidos como melhor momento e como melhor lugar para que nossa Alma e nosso Espírito possam se expressar através nosso Ego encarnado: é formada nossa Personalidade, nossa Persona, nossa Máscara e nosso corpo físico, nosso envoltório, digamos assim, no Planeta Terra.



A Criação acontece a partir da Suprema Consciência, Paramapurusa, Tao, inteiramente interiorizado e somente pode vir a ser expresso através de o Tao da Criação.  A Suprema Consciência está para ainda além do Mundo da Não-Manifestação e o Tao da Criação já se encontra no Portal entre os Mundos da Não-Manifestação e da Manifestação, e o elo de ligação realizado através a Mente. 

A Mente da Criação,  por sua vez, faz nascer de si o ciclo de Brahma (Deus Supremo), ou seja, do sutil ao denso e seu retorno ao sutil, do mundo da não-manifestação ao mundo da manifestação e seu retorno ao mundo da não-manifestação. 

O Ciclo de Brahma pode acontecer somente através da inter-ação entre a Não-Luz e a Luz (Sublime Yin e Sublime Yang) que são operadas através da mente construtora - aquilo que denominamos de Prakrti, o princípio operativo que realiza a possibilidade da Criação dentro do Mundo da Manifestação - e a mente projetora da possibilidade da Criação - aquilo que denominamos de Maya, a Criação projetada (assim como se fosse um filme sendo projetado em sala escura, contra a tela branca).

O Espírito é nossa parte da energia fusionada com o Tao da Criação.  Portanto, é eterno e pode ser expresso dentro do tempo e do espaço através a Alma. 

A Alma é nossa parte da energia do Espírito e sua função é a de expressar a energia do Espírito, que é eterno, dentro do tempo e do espaço e por isso mesmo, possui duração, começo meio e fim... que é o Ourobouros que vai religando a vida e a não-vida - assim como a cobra morde a cauda, formando o Oito do processo de interação entre vida e morte, entre as encarnações propriamente ditas e os tempos in-between, entre uma encarnação e outra (no Planeta Terra ou em outros Planetas de plenitude de materialização e dentro do nível da escalada espiritual da Alma e do Espírito).

Essa longa escalada espiritual e encarnada da Alma e do Espírito tem como única premissa nosso fusionamento pleno ao Tao da Criação - assim nos dizem os grandes Mestres espirituais.  Para que esse fusionamento possa vir a acontecer em sua plenitude e em sua consciência, existe um longo processo de evolução da Alma e do Espírito dentro da matéria e através os reinos mineral, vegetal, animal e humano.  Segundo Srii Srii Anandamurti, a meta da vida humana é se fusionar a Paramapurusa, ao Tao.

Dentro do processo de evolução da Alma e do Espírito - rumo ao seu fusionamento com o Tao da Criação -, nosso Sistema Solar atua como um lugar onde existe a vida em sua plenitude de materialização, assim como a conhecemos.  Sendo assim, tudo aquilo que faz parte de nosso Sistema Solar possui sua Alma própria que contém em si mesmo, em seu bojo, seu Espírito - que, por sua vez, é parte constante da grande multiplicidade que advém da Unicidade Absoluta do Tao da Criação.

Estamos nós encarnados aqui, no Planeta Terra - lugar de plenitude de materialização, Estação de Trabalho e de Iluminação.  O Trabalho é algo que deve ser realizado a partir da capacidade de cada um de nós, e da fusão entre nosso Dharma, nosso índole essencial, e de nossos Karmas e Samskaras - ações e reações em potencial - que deverão ser resgatados em nossa vida. 

O Planeta Terra permite que toda a natureza - assim como nós a conhecemos - vá realizando seu processo de transmutação dentro do Eterno Retorno da Luz e da Não-Luz, do entrelaçamento entre o Sublime Yang e o Sublime Yin.  São necessárias bilhões e bilhões de reencarnações - de vivências sucessivas - para que possamos evoluir juntamente com o Planeta e nos tornarmos seres humanos: aqueles que estão a caminho de se tornarem co-criadores da Criação, ao se fusionarem ao Tao da Criação, através os Caminhos do Trabalho, da Iluminação e da Liberação.

A plenitude da materialização no Planeta Terra nos possibilita realizarmos todas essas nossas intenções de evolução pois Luz é Matéria: é somente dentro de um Planeta que acolha a encarnação assim como a conhecemos é que existe a possibilidade de podermos realizar nosso Trabalho e fundamentalmente e em igual tempo, nossos Caminhos da Iluminação e, posteriormente, da Liberação.

No momento em que o homem assume seu desenvolvimento de mente e alcança sua consciência, ele se torna Homem e se aglutina à própria Terra.

Portanto, podemos dizer que toda a natureza da Terra é igual à própria Terra em si.  Podemos dizer que toda a natureza pode ser sintetizada dentro da palavra Homem. Podemos, portanto, inferir que Terra = Homem.

Sendo assim, ao nos posicionarmos por sobre o Planeta Terra, estamos ao mesmo tempo, nos posicionando entre o Bailado do Sublime Yang e do Sublime Yin, do Sol e da Lua - ambos em relação a nós, como um todo, toda a natureza que povoa o Planeta Terra e o próprio planeta em si.

E por isso mesmo, o homem estará fazendo parte constante do Bailado do Sol e da Lua nos céus.  E certamente, estará fazendo parte constante do Bailado da Lua e da Terra.  E o Bailado realizado entre a Lua e a Terra - acolhendo o homem, sempre - estará também realizando o integração do Homem com a Terra e da Terra/Homem com a Lua e com o Sol).Bailado Lua/Terra e Sol, ao longo dos nossos movimentos de rotação e de translação e de precessão de equinócios, sem dúvida alguma!

Nossa Mandala Astrológica, nosso Risco do Bordado, nosso mapa astral natal, vem expressar não somente essa Trilogia Terra/Homem, Lua e Sol como também o inter-relacionamento dessa Trilogia fundamental com nossa família instaurada em nosso Sistema Solar, apresentando nossos irmãos-Planetas demais familiares nossos (Asteróides e Planetóides) e os Pontos.

Sabemos que dentro do Mundo da Manifestação existe a inter-relação entre o Sublime Yang e o Sublime Yin - a Luz e a Não-Luz - sendo realizada através o Tempo e o Espaço.  Essa inter-relação tanto acontece de forma macro quanto acontece de forma micro, ou seja, é expressada através a formatação original de nosso Risco do Bordado, ou seja, nossa encarnação no Planeta Terra sendo realizada em um determinado momento cósmico, reunindo Espaço (Planeta Terra) e Tempo dentro do Mundo da Manifestação.

Esse tempo acontece, então, através nosso momento de primeira inspiração e de primeira expiração, já no Planeta Terra, nosso espaço que nos acolhe nessa encarnação que traz em seu bojo nossa Alma aliada ao nosso Espírito e tudo isso acontecendo através nosso corpo físico.

Portanto, nosso mapa astral natal vem nos apresentar o entrecruzamento entre tempo e espaço delineados, tecidos como melhor momento e como melhor lugar para que nossa Alma e nosso Espírito possam se expressar através nosso Ego encarnado: é formada nossa Personalidade, nossa Persona, nossa Máscara e nosso corpo físico, nosso envoltório, digamos assim, no Planeta Terra.

E tudo isso é formalizado a partir do Ascendente - o lugar apontando para o leste dos céus e da terra no momento de nossa encarnação propriamente dita.  A partir do Ascendente, todo o Risco do Bordado vai sendo tecido, acolhendo nosso Sol e nossa Lua e nossos irmãos e demais parentes e pontos, formando nossa fotografia do céu em relação à latitude e à longitude na Terra, onde estamos nascendo!

Com um abraço estrelado,
Janine Milward
TEXTO EXTRAÍDO de minha obra SEU LIVRO DE VIDA
Volume 09 – INTERAÇÕES ENTRE TERRA/HOMEM E LUA E SOL