Os Passos no Caminho da Meditação



Os Passos no Caminho da Meditação

Janine Milward



            O Mestre do Tantra, Srii Srii Anandamurti, nos fala sobre a simplicidade do ato da meditação...

A Consciência Suprema se encontra dentro de você assim como a manteiga está no leite; bata a sua mente através da meditação e Ela aparecerá – você verá que a resplandecência da Consciência Suprema ilumina todo o seu Ser interior.  Ela é como um rio subterrâneo dentro de você.  Remova as areias da mente e você encontrará a água fresca e límpida no interior.



A busca da Interiorização e Fusão Plenas
com a Suprema Consciência

A única forma que temos de nos fusionar com a Suprema Consciência, com o Absoluto que criou O Criador e Sua Criação, é através da nossa interiorização também absoluta (que bem pode ser manifestada através de nossa meditação), fusionando nossa respiração interna e externa com a respiração do Criador, a inspiração e expiração que vão criando e re-criando os universos... bem como fusionando nosso espírito individualizado (nossa alma) ao espírito do Absoluto, a alma da Criação e do Criador.

Mas, lembre-se, Caminhante do Caminho da Bem-Aventurança, somente Paramapurusa, a Suprema Consciência, é absolutamente interiorizado.... sempre estaremos em seu interior, e dessa forma, sempre a Suprema Consciência é nosso interior e nosso exterior.


Consciência Infinita e Iluminada

Sendo a Suprema Consciência nosso interior, acessá-la é preciso através de nossa meditação e  de nosso trabalho espiritual e da expansão da nossa mente até que se torne Mente infinita e iluminada.  É o Caminho da Iluminação.


Vida Infinita e Iluminada

Sendo a Suprema Consciência nosso exterior, assemelharmo-nos a Paramapurusa é preciso através da tecedura de nosso Corpo de Luz, a transmutação do nosso corpo físico em corpo de pura luz até que se torne Vida infinita e iluminada - é o Caminho da Liberação.  Esse trabalho de transmutação somente pode acontecer através a Mente infinita e iluminada, ou seja, com o homem já tendo se tornado Homem Iluminado.


Samadhi, o Êxtase Espiritual

            O êxtase espiritual, Samadhi, acontece sempre quando a mente do Caminhante torna-se Mente - no mundo objetivado - e quando a consciência do Caminhante torna-se Consciência - no mundo subjetivado.  Ou seja, o êxtase espiritual, Samadhi, acontece quando existe a junção, a fusão, a união da mente objetivada e materializado do Caminhante com sua Consciência voltada para enlaçar-se com a Suprema Consciência.  É o momento em que o Caminhante não mais se sente vivenciando a dualidade entre os Mundos da Manifestação e Não-Manifestação e sim se sente vivenciando o Uno, a Unidade Absoluta. 

Este momento pode acontecer tão rapidamente como um raio cruzando o ar - e também tão inesperadamente! - ou pode passar a ser trabalhado pelo Caminhante através sua disciplina diária e constante em relação à sua prática espiritual, fundamentalmente o seu sentar-se no  silêncio, na meditação.

            O êxtase espiritual, Samadhi, pode acontecer ao Caminhante em vários momentos e em várias situações de sua vida.  É um momento difícil de ser descrito em palavras e apenas pode ser sentido.  Talvez possamos dizer que o êxtase espiritual, Samadhi, é um momento em que nos sentimos ‘colhidos’ pela Suprema Consciência, assim como se estivéssemos sendo colhidos por um facho de luz.  É um momento de suprema felicidade, nos sentimos inteiramente inundados por esta felicidade.

            Não existe idade certa para se provar o êxtase espiritual, Samadhi: crianças, adolescentes, jovens mais maduros, Caminhantes já bem caminhados em seus Caminhos, já bem amadurecidos em tempo e em espaço de vida...

            Não existem receita certeira, tempo certeiro ou  espaço certeiro, que levem o Caminhante a experienciar o êxtase espiritual.

            A verdade é que, mesmo antes de o Caminhante se conscientizar sobre seu Caminho da Bem-Aventurança, ou mesmo antes de o Caminhante receber sua Primeira Iniciação, é bem possível que o Caminhante já tenha experienciado um ou dois milésimos de segundo da felicidade que tenha lhe inundado o coração e a mente, o êxtase espiritual, Samadhi.

            No entanto, quanto mais o Caminhante amplia sua mente em Mente, expansiona sua consciência em Consciência, mais e mais este Caminhante tem a possibilidade de entranhar-se, fusionar-se com a Suprema Consciência, em algum nível, e sentir-se inteiramente colhido pelo sentimento de ter alcançado o êxtase espiritual, Samadhi.

            Srii Srii Anandamurti nos explica que a meditação é uma das ferramentas mais poderosas para que o Caminhante encontre seu êxtase espiritual, seu Samadhi:

A Consciência Suprema se encontra dentro de você assim como a manteiga está no leite; bata a sua mente através da meditação e Ela aparecerá – você verá que a resplandecência da Consciência Suprema ilumina todo o seu Ser interior.  Ela é como um rio subterrâneo dentro de você.  Remova as areias da mente e você encontrará a água fresca e límpida no interior.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

FOTO; Sítio das Estrelas
Extraído do meu livro
O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO
http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/





As Lições de Meditação e as Seis Iniciações Espirituais






As Lições de Meditação e as Seis Iniciações Espirituais

Janine Milward


             Os chacras – em sânscrito Cakras, "rodas" – são sete centros psíquicos: os chacras da base, da sexualidade, do plexo solar, do coração, da comunicação, do conhecimento e da coroa. São pontos onde existe uma correlação entre a energia psíquica e energia física em nosso corpo.

Existem outras Lições de Meditação que vão sendo ministradas com o tempo, juntamente com a prática do aspirante espiritual. A cada Lição, ou Iniciação, o Caminhante vai aprofundando mais e mais seus conhecimentos de espiritualidade e da própria meditação.

A Primeira Lição – ou Iniciação -, chamada de Iishavara Pranidhana, é mais dedicada a Muladhara Cakra, ao chacra básico situado na extremidade da espinha dorsal, aquele que nos liga mais diretamente ao Planeta Terra, á materialidade, à encarnação. É nesse chacra que está a Kundalini adormecida e que é despertada com a Iniciação.

Iishvara significa "o controlador de todas as vibrações (físicas, psíquicas e espirituais) do universo" e Pranidhana significa "compreender claramente" bem como "adotar algo como seu abrigo". Iishvara Pranidhana significa, então, a aceitação da Consciência Cósmica como o ideal e meta da existência.

Nesta Primeira Lição, aprende-se a retirar a mente do ambiente físico e do próprio corpo, elevando-a até alcançar a Consciência Cósmica e com ela se fundir. Se elevada apropriadamente, a mente alcança um estado de infinita bem-aventurança.

A Segunda Lição ou Iniciação – chamada de Madhuvidya ou Doce Conhecimento – traz ao Caminhante a libertação das ataduras do ego em suas ações bem como apresenta a qualidade do discernimento, Viveka. É a consciência constante de que tudo é manifestação da Suprema Consciência. É tempo de maior manifestação do chacra da sexualidade, da reprodução da vida – Svasdhisthana Cakra.

A Terceira Lição ou Iniciação ensina ao Caminhante os caminhos para o aprofundamento de sua concentração – Tattva Dharana, quando é possível identificar as características fundamentais de cada chacra em relação ao som, forma e cor. É um momento de regulação da fluência de energia no corpo e na mente. É tempo de maior manifestação do chacra do umbigo, aquele que nos liga da terra ao céu – Manipura Cakra.

A Quarta Lição ou Iniciação – Pranayama – mostra ao Caminhante a inter-relação entre o Pranah (a força vital) e a mente, a conexão entre a respiração e a mente. É tempo de maior manifestação do chacra do coração, da emoção e do sentimento expressos pela mente – Anahata Cakra.

A Quinta Lição traz ao Caminhante uma intensa purificação de todos os seus chacras, corpo e mente, através da entoação de mantras e da força da mente – Cakra Shodhana. É tempo de maior manifestação do chacra da expressão, da comunicação, da interação entre o ser e os outros seres e a natureza – Vishudda Cakra.

A Sexta Lição ou Iniciação é Dhyana, a pura contemplação. Nesta Lição tudo é canalizado em direção à meta espiritual, sendo o Amor Cósmico a maior força neste sentido. Neste momento, a meditação acontece simplesmente, naturalmente, sem qualquer esforço. É tempo de maior manifestação do chacra do Conhecimento – Ajna ou Jinana Cakra.

O Conhecimento, aliado à Ação e à Devoção (Jinana, Karma e Bhakti), perfazem o caminho perfeito para a realização da Liberação (Mukti). A realidade é que, neste estágio, é a Devoção que a tudo permeia.

A Kundalini já se encontra totalmente amadurecida espiritualmente trazendo purificação à mente e ao corpo de forma que a maior força mental é o grande amor ao Supremo, direcionando a mente à sua meta final, a fusão com a Consciência Suprema.

Sendo sete os chacras, a Iniciação após a sexta e última iniciação, é uma Lição a ser ministrada já diretamente por altas esferas hierárquicas, altas dimensões da Espiritualidade – por se tratar do chacra Coronário, a Flor de Lótus da Iluminação – Sahasrara Cakra. Esse é o lugar do Guru.

               Também a Sexta Lição ou Iniciação, traz a completude da Estrela de Seis Pontas – assim no Céu como na Terra. Aqui, o homem torna-se Homem Sagrado, torna-se O Liberado.

A Sétima Lição ou Iniciação – que pode ser considerada como a Iniciação Solar -, traz a esse Homem Sagrado o verdadeiro exercício de seu Dharma e seu Livre-Arbítrio, ou seja, pode tornar-se uma Semente Queimada e não mais retornando à Terra através da Samsara, a Roda da Vida,... ou pode tornar-se verdadeiramente um Bodhisattva, um ser de compaixão que não ascenderá aos céus antes que todos os seres tenham encontrado seus Caminhos de Iluminação e de Liberação...

A vida humana é curta.
É aconselhável que tomemos todas as Lições
em relação à Sadhana o mais breve possível.

(Sadhana significa nosso trabalho do cotidiano no Planeta baseado na conscientização maior em relação à encarnação e sua Missão a ser cumprida, a meditação e o trabalho espiritual)

Assim nos aconselha Srii Srii Anandamurti, o Mestre do Tantra primordial e do Caminho da Bem-Aventurança.
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A Primeira Iniciação, no entanto, já prepara o Caminhante para iniciar seu caminho em direção à Iluminação e à Liberação, fornecendo-lhe todos os instrumentos necessários para a realização de sua jornada espiritual, podendo, portanto, trilhar seu caminho confiando em sua força pessoal e em sua forte determinação.


 Com um abraço estrelado,
Janine Milward

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Extraído do meu livro
O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO
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O Despertar da Kundalini



O Despertar da Kundalini

Janine Milward

A cada vez que o mantra pessoal, o Ista Mantra, é repetido correta e devocionalmente, a energia espiritual da Kundalini se manifesta despertada, atuante. Isso porque o mantra traz uma determinada vibração que cria efeitos poderosos para a elevação da mente em níveis mais sutis.

A Iniciação é o momento quando a potencialidade espiritual que existe dentro de nós e acordada – a Kundalini é despertada.

A forma psíquica da Kundalini em seu estado adormecido é conhecida como "serpente enroscada" e habita o Muladhara Cakra, ou seja, o chacra que se encontra na base da coluna vertebral ou primeiro chacra. Ao longo dos vários estágios do processo da meditação, essa energia espiritual intensa vai se desenroscando e subindo através da coluna vertebral, passando e energizando todos os chacras até finalmente alcançar o Ajna Cakra, o chacra do terceiro olho, o chacra do Conhecimento.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

 Imagem: Sítio das Estrelas



Mantra Universal





Mantra Universal


Janine Milward



Existem os mantras vários chamados de "universais", ou seja, que podem ser entoados em voz alta, em grupos ou solitariamente, privadamente ou socialmente.

Srii Srii Anandamurti nos ensina o mantra universal para o Caminho da Bem-Aventurança:

BABA NAM KEVALAM

que significa Somente a Suprema Consciência Existe 
– A Suprema Consciência a tudo permeia 
– Somente existe amor divino...... 

Baba quer dizer "pai amado".


Esse é um mantra para ser entoado a todo momento, em todos os lugares, em voz alta, cantando, tornando-o letra de todas as peças musicais, dançando o Kiirtan (uma dança sagrada preparatória para o sentar-se em meditação)... ou mesmo apenas entoando o mantra interiormente.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward


Mantra Pessoal e Mantra Universal



Mantra Pessoal e Mantra Universal

Janine Milward



Sentado em seu silêncio interior absoluto, o Caminhante começa a entoar seu mantra essencial e pessoal, o Ista Mantra.

O mantra pessoal são duas pequenas palavras de apenas uma sílaba cada uma – para a inspiração e para a expiração – que traduzem profundamente a energia da pessoa em relação à totalidade da Criação. 

Esse som estará tocando o Caminhante naquele seu Chacra que, de alguma maneira, comanda mais diretamente sua vida.  No entanto, não são considerados os Chacras mais básicos e sim apenas os Chacras já voltados para a abertura da mente em Consciência, do Caminhante, ou seja, algum Chacra a partir do Chacra do Coração, seguindo pelo Chacra da Comunicação e ainda encontrando o Chacra do Conhecimento...., para, finalmente, num nível bem mais elevado de espiritualidade do Caminhante, o Chacra Coronário.

Esse mantra seguirá junto com a pessoa ao longo de sua vida, durante todas as suas meditações. E não apenas durante a meditação o mantra é essencial. Podemos pensar interiormente e falar intimamente nosso mantra pessoal a todo instante, todo o tempo, a cada inspiração e a cada expiração, até a nossa última expiração...

Assim, o mantra dever ser pulsativo – de acordo com a respiração; ideativo – cada palavra pronunciada cria uma imagem mental a qual se refere; e vibratório – adaptado à vibração mental individual.

O Ser Supremo é Um, e se chama OM. O mais elevado mantra é OM: A-U-M. Todos os outros mantras emanam de OM. Todos os mantras os quais nós possamos pensar, de fato todas as línguas, se encontram ocultas nessa única sílaba cósmica: OM.

No entanto, podemos ser iniciados dentro do mantra OM, sim, mas comumente existem outros quatro mantras em sânscrito que melhor se adequam às diferentes personalidades dos Caminhantes. Enquanto OM seria mais indicado para Caminhantes que já possuem uma consciência bastante expandida, realmente. Porém o mantra OM pode ser entoado grupalmente, por exemplo, quando se quer elevar o estado espiritual de um grupo de pessoas.
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No Tantra, Krishna, Raama, Shiva ou Devi são os tipos básicos de personalidade identificados com essas deidades que representam aspectos de Paramapurusa, Brahma, a Consciência Suprema manifestada.

Raama identifica os Caminhantes bastante voltados para suas realizações planetárias no sentido familiar, da verdadeira união física e espiritual entre o homem e a mulher, marido e esposa e filhos. Nesse caso, o Ista Mantra será entoado através do Raama Mantra.

Shiva identifica os Caminhantes mais introspectivos que procuram realizar suas vidas mais distante das cidades, longe dos aspectos sociais, longe do barulho, mais próximos ao silêncio e à interiorização. Nesse caso, o Ista Mantra será entoado através do Shiva Mantra.

Krishna identifica os Caminhantes voltados para tudo aquilo que a sociedade pode nos oferecer ao longo de nossa vida: é uma pluralidade de escolhas e ações socialmente realizadas.  Nesse caso, o Ista Mantra será entoada através do Krishna Mantra.

Durga ou Devi identifica os Caminhantes mais voltados para os aspectos Yin, femininos, da grande mãe simbólica no sentido da proteção aos filhos do mundo, da compaixão e do amor, da imensa sensibilidade da energia feminina como um todo. Nesse caso, o Ista Mantra será entoado através do Devi Mantra.

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Obviamente, sendo o mantra passado através do ato da Iniciação entre mestre e discípulo e fundamentalmente sendo um mantra absolutamente pessoal, suas duas palavras são conhecidas apenas no ato da Primeira Lição. Também é importante que este mantra seja guardado intimamente como um segredo do coração do Caminhante, preferivelmente sendo entoado ao longo de toda sua vida, principalmente na hora de suas últimas inspiração e expiração...

Certamente entende-se que existem mantras nas diferentes línguas para se adequarem aos também diferentes aspectos da espiritualidade e da religiosidade.

  Com um abraço estrelado,
Janine Milward

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Extraído do meu livro
O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO
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Quando o Discípulo está pronto, o Mestre aparece - Guru e Acarya – o Mestre e o Professor Espiritual



Quando o Discípulo está pronto, o Mestre aparece

Guru e Acarya – o Mestre e o Professor Espiritual

Janine Milward


Quando chega o momento de o Caminhante entrar em contacto de forma mais intensa com sua espiritualidade, é realizada a Iniciação Espiritual na Meditação. A Iniciação é um verdadeiro renascimento!

Tradicionalmente, a Iniciação é ministrada diretamente pelo Mestre, o Guru. Quando isso não é possível de acontecer, o monge ou monja ou o professor espiritual servem como Acarya – aquele que ensina através de seu próprio exemplo – do Guru.

É bom lembrarmos que sempre que o discípulo está pronto, o mestre, o Guru aparece – seja pessoalmente, quando possível, ou seja através de um seu representante espiritual nomeado adequadamente, o Acarya.

O Acarya é o representando do Guru e o Guru é o representante de Brahma, de Deus, da Consciência Cósmica. Brahma é uma palavra em sânscrito e significa literalmente ‘grande’. Brahma é o ser superior que está dentro de cada um de nós, e que no entanto, devido ao véu de ignorância, não podemos perceber o guia que existe dentro de nós e assim precisamos da ajuda de um mestre realizado. Através do Guru, Brahma se manifesta totalmente.

Guru é uma palavra em sânscrito que significa o mestre espiritual iluminado e que tem, portanto, o dom de guiar seus discípulos em direção á iluminação. "Gu" significa aquele que dispersa e "ru" significa escuridão. Aquele que dispersa a escuridão, que traz a Luz, que aponta o Caminho da Luz, da Iluminação, esse é o Guru.

Sânscrito é uma língua construída há milhares de anos atrás de uma tal maneira que trouxesse uma expansão da consciência. Os antigos yogis concentram-se profundamente e meditaram intensamente até encontrarem 49 glândulas sutis encravadas nos sete chacras do corpo humano. Cada glândula possui um determinado som, uma vibração sonora percebida pelos mestres yogis e condensadas em 49 letras de um alfabeto que deu estrutura à língua sânscrita. Sânscrito – Sam’skrt – significa "bem feito, bem realizado".

O Guru pode ser um grande mestre ou simplesmente um bom mestre.

O grande Mestre, o Guru verdadeiro, é aquele que tem o poder de doar a Liberação – Mukti - ao aspirante espiritual – Sadhaka – que cumpre com sua jornada de trabalho de meditação cotidiana, de práticas espirituais e de modo de vida espiritualmente orientado.

A Liberação é o desenlace total dos Samskaras acumulados de forma que o aspirante espiritual possa alcançar a Consciência Suprema ainda nesta vida. Karma é ação e Samskara é a reação em potencial.

             Assim, no momento da Primeira Iniciação na Meditação, o aspirante espiritual, o Caminhante, o Sadhaka, recebe ou diretamente de seu Guru ou através de seu Acarya representando seu Guru, as instruções para a realização de seu trabalho espiritual, sua Sadhana.

  Com um abraço estrelado,
Janine Milward

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O Tantra e o Trabalho Espiritual, a Sadhana: O Caminho da Bem-Aventurança



O Tantra e o Trabalho Espiritual, a Sadhana:
O Caminho da Bem-Aventurança

 Janine Milward


Ao realizarmos nosso trabalho do cotidiano no Planeta bem como nossa Meditação e nosso trabalho espiritual – nossa Sadhana – estaremos caminhando nosso Caminho da Bem-Aventurança, realizando em nós mesmos o processo de vida do universo que conhecemos..., estaremos ampliando nossa consciência buscando fusioná-la como a Suprema Consciência, estaremos trilhando o Caminho da Iluminação, estaremos processando alquimicamente nosso corpo físico em Corpo de Luz e assim, podendo entrar no Caminho da Liberação e nos fusionarmos à Suprema Consciência.

A fusão com a Suprema Consciência é a fusão com a totalidade do Criador e da Criação, é o ingresso no Mundo da Não-Manifestação – aquele que dá berço ao Mundo da Manifestação.

O Mundo da Manifestação, Criação e Criador, encontra-se dentro da semente do universo a vir-a-ser, a explodir e a jorrar vida através do espaço e tempo que voltam a existir.  É a mutação do universo, é o Eterno Retorno, é o Revirão da Criação e do Criador.

Criador e Criação simbolizam o Mundo da Manifestação, a natureza que se revela. No entanto, é a natureza que não se revela, o Mundo da Não-Manifestação, que cria o Mundo da Manifestação.

Srii Srii Anandamurti, Baba, o Mestre do Tantra primordial, nos revela:

A força que guia as estrelas, guia você também


A Suprema Consciência dá berço à Mente Cósmica que por sua vez faz nascer a Criação, assim como a conhecemos e a ela pertencemos.

No entanto, por possuirmos, privilegiadamente, a expansão da mente, somos aqueles dentro da Criação que possuem o dom e a oportunidade de tecermos cada vez mais a expansão de nossa consciência até torná-la Consciência: real espelho da Mente Cósmica e certamente, da Suprema Consciência: é o Retorno à Fonte Original – essa é a meta de nossa vida.


 Com um abraço estrelado,
Janine Milward

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Extraído do meu livro
O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO
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Livre-Arbítrio






Livre-Arbítrio

Janine Milward


O verdadeiro Livre-Arbítrio é aquele que chega até nós quando finalmente estamos vivenciando nosso Dharma em toda sua plenitude, ou seja, quando já nos encontramos em nosso Caminho da Iluminação, com vistas a também posteriormente trilharmos nosso Caminho da Imortalidade ou Liberação – mente e vida infinitas e iluminadas.

Certamente que também o Livre-Arbítrio nos acompanha desde sempre, a cada passo nesta longa estrada que viemos caminhando, desde o começo desse universo do qual fazemos parte atuante e constante e sempre em mutação.

Porém, como já vimos anteriormente, temos que aprender a trabalhar nossa mente de maneira tal que eliminemos todos os Karmas e Samskaras negativos. Talvez esse seja o maior aprendizado em relação ao bom uso do nosso Livre-Arbítrio.


O melhor Livre-Arbítrio é aquele que nos orienta no sentido da eternidade e nos elucida em relação a tudo aquilo que é apenas efêmero, transitório. A própria escolha entre o vivenciar um tema ou outro faz parte de nossa maneira essencial de ser, nosso Dharma.

 Com um abraço estrelado,
Janine Milward

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Dharma




Dharma

Janine Milward


Podemos  entender o Dharma como sendo a característica essencial de nosso ser, nossa natureza essencial, nossa própria maneira de ser.

Também Dharma nos remete à alegria de fazermos parte de uma coletividade dentro da Criação – Jiiva - e, com a plena consciência em relação à nossa natureza essencial, prestarmos nossos serviços a todos os seres – no entanto, sempre voltados para nossa Unidade essencial, Shiva.

Dessa forma, quando falamos sobre o Dharma, nos lembramos da consciência coletiva e da consciência unitária:

- A consciência coletiva, Jiiva, é a própria Criação, em sua multiplicidade infinita e sempre em eterna mutação, em seus ciclos infinitos de vida, morte, vida, morte..., bem como a interiorização e fundamentalmente, a exteriorização.

- A consciência unitária, Shiva, é advinda da Mente Cósmica que faz brotar a Criação, nela manifestando a unicidade absoluta da Suprema Consciência, o Tao da Criação, que representa a plenitude da não-mutação... e certamente, apenas interiorização.

A consciência coletiva nos leva à realização de nosso Trabalho de Encarnação.

A consciência unitária nos leva ao nosso Caminho da Iluminação e posteriormente, ao Caminho da Liberação ou Imortalidade: o Retorno à Fonte Primordial.

Assim, Dharma revela nossa alegria imensa de retornarmos à nossa Fonte Primordial, de nos fusionarmos à Suprema Consciência, de nos tornarmos unos com a Consciência Una.

Através do tempo e do espaço, do Vazio e da Luz, vamos vivenciando cada vez mais a ampliação de nossa mente até que se torne mente iluminada e infinita. E é através da forma com a qual vamos vivenciando este processo dentro da Samsara, a Roda da Vida, as encarnações junto à mutação da Criação, vamos elaborando nossa natureza essencial, nosso Dharma.

Então, assim como acontece com Karmas e Samskaras – ações e reações em potencial – o Dharma é também algo que vamos construindo ao longo de nossas vidas: o ser essencial, a natureza própria que existe em cada um de nós, é como uma longa estrada caminhada passo a passo – com consciência a cada passo. É o Livre-Arbítrio.

  Com um abraço estrelado,
Janine Milward

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Concluindo o Ciclo da Karmas e Samskaras...



Concluindo o Ciclo da Karmas e Samskaras...

Janine Milward


Se enquanto existirem Samskaras (as reações imediatas ou em potencial em relação às ações praticadas), o homem não pode tornar-se Homem-Sagrado em sua plenitude..., como podemos ir além desse ciclo de Samskaras? Qual é a saída?

Primeiramente, temos que compreender que devemos realizar nossas ações pela sua realização intrínseca e não pelos seus resultados.

Assim, não procurar pelos resultados de nossas ações é a primeira saída para irmos além do ciclo de Samskaras, sejam bons ou ruins.

A ação correta certamente trará o resultado correto – mas isso não deverá fazer parte de nossa preocupação, de nossa intenção. Quando existe a preocupação ou intenção, o esforço não é completo.

A ação deve sempre ser realizada sem expectativas de seus resultados.  É a Não-Ação.

Em segundo lugar, devemos abandonar o ego, o autor das ações realizadas.  É o Não-Desejo.

Apenas realizar a ação correta sem manter expectativas quanto ao resultado, não é ainda o suficiente: é preciso também abandonar o eu, o ego, a expectativa do reconhecimento do trabalho realizado.

Se compreendermos que nossa mente é, na verdade, uma manifestação, um espelhamento, da Mente Cósmica advinda da Suprema Consciência, e nos conscientizando que sua maneira natural de ser a coloca no caminho de trazê-la da deformidade à perfeição absoluta..., certamente entenderemos o que nos diz Srii Srii Anandamurti, o Mestre do Tantra, em relação ao Princípio Primordial da Criação, a força vital:

Você nunca está sozinho ou abandonado...
A força que guia as estrelas, guia você também.


Finalmente, devemos oferecer tudo em nossa vida ao Tao da Criação, à Suprema Consciência. Esse oferecimento acontece através da realização de nosso Dharma, ou seja, da realização plena de nossa essência primordial.

 Com um abraço estrelado,
Janine Milward

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Extraído do meu livro
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Ação, conhecimento e Devoção - Karma, Jinana e Bhakti



Ação, conhecimento e Devoção
Karma, Jinana e Bhakti

Compreendemos também que o homem é aquele que funciona sua mente através do intelecto – que é extremamente limitado... Quando a mente consegue ultrapassar a limitação do intelecto, ela atinge a plenitude do Conhecimento.

O Conhecimento, Jinana, é muito importante porque é o instrumento que nos ajuda a identificar nossa meta e como alcançá-la.

Conhecendo nossa meta, é preciso a Ação, Karma, para se chegar até a ela. A Ação, sem reação, sem Samskara, é Karma. Apenas agir o Karma, a Ação, mecanicamente, não nos leva ao aprofundamento em nossa essência espiritual – é preciso então, Bhakti, a Devoção.

Uma vez tenhamos obtido a plenitude do Conhecimento, podemos jogá-lo fora, prescindir dele, porque o mais importante em nosso Caminho para a Liberação é a Ação plena de Devoção. Assim, o Conhecimento apenas não é suficiente para se alcançar a Suprema Consciência, o Tao da Criação.

O Conhecimento tem que ser aliado à Ação, Karma, e fundamentalmente, à Devoção, Bhakti. Dessa forma, a Devoção, Bhakti, é a meta final a ser atingida para que o aspirante espiritual possa vivenciar e ultrapassar seus Samskaras adquiridos.

Em suma, a essência de tudo é conseguirmos usar nossa mente, nossa consciência discriminativa, nosso discernimento, nosso julgamento – Viveka – para irmos além do intelecto, que é extremamente limitado. Assim fazendo, conseguimos realizar os três princípios fundamentais – Conhecimento, Ação e Devoção – de maneira plena para alcançarmos nossa meta, a Consciência Suprema . Esse é o Caminho da Liberação.

Assim, a conclusão é: enquanto existirem Samskaras, não existe Liberação. Qualquer ação, seja boa ou seja ruim, cria Samskaras. Se praticamos uma boa ação, trazemos boas reações, bons Samskaras para nossa vida: se praticamos uma má ação, trazemos Samskaras ruins para nossa vida....


 Com um abraço estrelado,
Janine Milward

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