O Caminhante, Sadhaka, Caminhando Seu Caminho da Bem-Aventurança através a Realização de seu Trabalho Espiritual, sua Sadhana



O Caminhante, Sadhaka,
Caminhando Seu Caminho da Bem-Aventurança
através a Realização de seu Trabalho Espiritual, sua Sadhana

Janine Milward

A partir do momento em que o Caminhante recebe sua Primeira Lição de Meditação, é iniciado em sua prática espiritual, sua Sadhana, torna-se um Sadhaka, um praticante e estará construindo seu Caminho de busca e de alcance à sua fusão com a Suprema Consciência.

A Primeira Iniciação já potencialmente traz ao Caminhante a aceitação da Consciência Cósmica como o ideal e meta da existência.




Alimentação Vegetariana

Ainda acompanhando os conceitos voltados para a Primeira Iniciação - que viemos conhecendo anteriormente, os preceitos mais básicos para o trabalho espiritual e a meditação -, estaremos encontrando as questões voltadas para a alimentação ideal do Caminhante, ou seja, em primeiríssimo lugar, abrir mão de qualquer tipo de carne, tornar-se vegetariano.

A carne é algo que faz parte de um extremo ato de crueldade do ser humano em relação aos animais. O Caminhante aprende que seu desejo de comer carne não pode ser maior do que sua compreensão, sua conscientização, de que, para tanto, estará trazendo a morte a um ser inofensivo, que não tem como se defender desse terrível e sem-sentido abate de sua vida, interrupção de sua vida.

Além disso, a carne é algo que é morto, putrefato e não pode fazer bem ao organismo. E existem várias outras possibilidades, dentro do mundo vegetal, de a carne ser substituída sem causar dano ou carência de proteína ao ser humano.

É preciso que também o Caminhante perceba que os alimentos fazem parte da cadeia, do ciclo de vida nomeado enquanto sutil, denso/mutativo/estático e seu retorno ao sutil. Ou seja, quanto mais o alimento se aproxima de seu momento cíclico de sutileza, de frescor, melhor - ainda tendo em boa conta o momento cíclico chamado de princípio mutativo. Qualquer alimento que já tenha ultrapassado o ciclo de duração máxima de sua densidade, de sua materialização (o princípio estático), não deve ser ingerido, deve ser descartado.

Srii Srii Anandamurti nos diz:

“Tanto quanto possível, os itens de alimentação devem ser selecionados entre aqueles em que o desenvolvimento da consciência é comparativamente pequeno, isto é, se houver vegetais disponíveis, os animais não devem ser sacrificados.
Em segundo lugar, sob qualquer circunstância, antes de matar um animal que possua consciência desenvolvida ou sub-desenvolvida, deve-se ponderar se seria possível viver com um corpo saudável sem sacrificar tais vidas.”

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward
FOTO: Sítio das Estrelas, Janine Milward
Texto extraído do meu livro O Caminhante Caminhando seu Caminho - http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/


As Lições de Meditação e as Seis Iniciações Espirituais



As Lições de Meditação e as Seis Iniciações Espirituais
Janine Milward
Os chacras – em sânscrito Cakras, "rodas" – são sete centros psíquicos: os chacras da base, da sexualidade, do plexo solar, do coração, da comunicação, do conhecimento e da coroa. São pontos onde existe uma correlação entre a energia psíquica e energia física em nosso corpo.
Existem outras Lições de Meditação que vão sendo ministradas com o tempo, juntamente com a prática do aspirante espiritual. A cada Lição, ou Iniciação, o Caminhante vai aprofundando mais e mais seus conhecimentos de espiritualidade e da própria meditação.
A Primeira Lição – ou Iniciação -, chamada de Iishavara Pranidhana, é mais dedicada a Muladhara Cakra, ao chacra básico situado na extremidade da espinha dorsal, aquele que nos liga mais diretamente ao Planeta Terra, á materialidade, à encarnação. É nesse chacra que está a Kundalini adormecida e que é despertada com a Iniciação.
Iishvara significa "o controlador de todas as vibrações (físicas, psíquicas e espirituais) do universo" e Pranidhana significa "compreender claramente" bem como "adotar algo como seu abrigo". Iishvara Pranidhana significa, então, a aceitação da Consciência Cósmica como o ideal e meta da existência.
Nesta Primeira Lição, aprende-se a retirar a mente do ambiente físico e do próprio corpo, elevando-a até alcançar a Consciência Cósmica e com ela se fundir. Se elevada apropriadamente, a mente alcança um estado de infinita bem-aventurança.
A Segunda Lição ou Iniciação – chamada de Madhuvidya ou Doce Conhecimento – traz ao Caminhante a libertação das ataduras do ego em suas ações bem como apresenta a qualidade do discernimento, Viveka. É a consciência constante de que tudo é manifestação da Suprema Consciência. É tempo de maior manifestação do chacra da sexualidade, da reprodução da vida – Svasdhisthana Cakra.
A Terceira Lição ou Iniciação ensina ao Caminhante os caminhos para o aprofundamento de sua concentração – Tattva Dharana, quando é possível identificar as características fundamentais de cada chacra em relação ao som, forma e cor. É um momento de regulação da fluência de energia no corpo e na mente. É tempo de maior manifestação do chacra do umbigo, aquele que nos liga da terra ao céu – Manipura Cakra.
A Quarta Lição ou Iniciação – Pranayama – mostra ao Caminhante a inter-relação entre o Pranah (a força vital) e a mente, a conexão entre a respiração e a mente. É tempo de maior manifestação do chacra do coração, da emoção e do sentimento expressos pela mente – Anahata Cakra.
A Quinta Lição traz ao Caminhante uma intensa purificação de todos os seus chacras, corpo e mente, através da entoação de mantras e da força da mente – Cakra Shodhana. É tempo de maior manifestação do chacra da expressão, da comunicação, da interação entre o ser e os outros seres e a natureza – Vishudda Cakra.
A Sexta Lição ou Iniciação é Dhyana, a pura contemplação. Nesta Lição tudo é canalizado em direção à meta espiritual, sendo o Amor Cósmico a maior força neste sentido. Neste momento, a meditação acontece simplesmente, naturalmente, sem qualquer esforço. É tempo de maior manifestação do chacra do Conhecimento – Ajna ou Jinana Cakra.
O Conhecimento, aliado à Ação e à Devoção (Jinana, Karma e Bhakti), perfazem o caminho perfeito para a realização da Liberação (Mukti). A realidade é que, neste estágio, é a Devoção que a tudo permeia.
A Kundalini já se encontra totalmente amadurecida espiritualmente trazendo purificação à mente e ao corpo de forma que a maior força mental é o grande amor ao Supremo, direcionando a mente à sua meta final, a fusão com a Consciência Suprema.
Sendo sete os chacras, a Iniciação após a sexta e última iniciação, é uma Lição a ser ministrada já diretamente por altas esferas hierárquicas, altas dimensões da Espiritualidade – por se tratar do chacra Coronário, a Flor de Lótus da Iluminação – Sahasrara Cakra. Esse é o lugar do Guru.
Também a Sexta Lição ou Iniciação, traz a completude da Estrela de Seis Pontas – assim no Céu como na Terra. Aqui, o homem torna-se Homem Sagrado, torna-se O Liberado.
A Sétima Lição ou Iniciação – que pode ser considerada como a Iniciação Solar -, traz a esse Homem Sagrado o verdadeiro exercício de seu Dharma e seu Livre-Arbítrio, ou seja, pode tornar-se uma Semente Queimada e não mais retornando à Terra através da Samsara, a Roda da Vida,... ou pode tornar-se verdadeiramente um Bodhisattva, um ser de compaixão que não ascenderá aos céus antes que todos os seres tenham encontrado seus Caminhos de Iluminação e de Liberação...
A vida humana é curta.
É aconselhável que tomemos todas as Lições
em relação à Sadhana o mais breve possível.
(Sadhana significa nosso trabalho do cotidiano no Planeta baseado na conscientização maior em relação à encarnação e sua Missão a ser cumprida, a meditação e o trabalho espiritual)
Assim nos aconselha Srii Srii Anandamurti, o Mestre do Tantra primordial e do Caminho da Bem-Aventurança.
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A Primeira Iniciação, no entanto, já prepara o Caminhante para iniciar seu caminho em direção à Iluminação e à Liberação, fornecendo-lhe todos os instrumentos necessários para a realização de sua jornada espiritual, podendo, portanto, trilhar seu caminho confiando em sua força pessoal e em sua forte determinação.
COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward
FOTO: Lugar de Meditação, no Sítio das Estrelas, Janine Milward
Texto extraído do meu livro O Caminhante Caminhando seu Caminho -http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/

Desde sempre, eu sou livre.


Este corpo não sou eu. Eu não sou limitado por este meu corpo.
E sou uma vida sem fronteiras.
Eu nunca nasci e nunca morrerei.
Olhe para o oceano e para o céu coberto de estrelas, manifestações de minha imensa e verdadeira mente.
Desde sempre, eu sou livre.
Nascimento e morte são apenas portas através as quais nós passamos, umbrais sagrados de nossa jornada.
Nascimento e morte são como o jogo de esconde-esconde.
Ria, então, de mim, segure minha mão, devemos dizer até logo: diga até logo – pois nos encontraremos novamente e em breve.
Nós nos encontramos hoje, nós nos encontraremos novamente amanhã.
Nós nos encontraremos na fonte primordial a cada momento.
Nós nos encontramos em todas as formas de vida.
Thich Nhat Hanh


This body is not me.
I am not limited by this body.
I am life without boundaries.
I have never been born,
and I have never died.
Look at the ocean and the sky filled with stars, manifestations from my wondrous true mind.
Since before time, I have been free.
Birth and death are only doors through which we pass, sacred thresholds on our journey.
Birth and death are a game of hide- and seek.
So laugh with me,
hold my hand,
let us say good-bye,
say good-bye, to meet again soon.
We meet today.
We will meet again tomorrow.
We will meet at the source every moment.
We meet each other in all forms of life.
~By Thich Nhat Hanh

FOTO: Sítio das Estrelas, Janine Milward

Praticamos a meditação e a consciência plena não somente para nós mesmos



Praticamos a meditação e a consciência plena não somente para nós mesmos: nós praticamos também para aliviar o sofrimento de todos os seres e da Terra.

Através o insight, a compreensão, do fato de que somos inerentemente interconectados com todos os demais seres, nós alcançamos a compreensão de quando outras pessoas sofrem menos, e então nós sofremos menos.

E quando nós sofremos menos, outras pessoas sofrem menos.

Thich Nhat Hanh em Good Citizens: Creating Elightened Society

We practice meditation and mindfulness not only for ourselves; we practice to relieve the suffering of all beings and of the Earth itself. 

With the insight of interbeing—that we are inherently interconnected with all other beings—we know that when other people suffer less, we suffer less. 
And when we suffer less, other people suffer less.

~Thich Nhat Hanh from Good Citizens: Creating Enlightened Society by Thich Nhat Hanh

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Foto: Sítio das Estrelas, Janine Milward

Não existe um caminho para a paz: a paz é o caminho.


“Cheguei. Estou em casa. No aqui e no agora. Estou sólido/ materializado. Sou livre. Na conclusão, eu habito.”
Quatro linhas nos guiam em nossa prática da meditação caminhando. Vamos praticar em conjunto, como uma Sandha, uma comunidade. Vamos fluir como um rio, gerando paz através cada passo que realizamos.
Não existe um caminho para a paz: a paz é o caminho.
Através do caminhar, nós geramos paz em nosso corpo, em nossa consciência. Nós abraçamos e curamos a dor, a tristeza, o medo existente em nós, e tudo isso é a estrutura para ajudar a paz se tornar uma realidade no mundo.
Thich Nhat Hanh
"I have arrived. I am home. In the here. In the now. I am solid. I am free. In the ultimate I dwell."
Four lines guiding us in our practice of walking meditation. Let us practice together as a Sangha, as a community. Let us flow like a river, generating peace with every step we make.
There is no walk for peace; peace is the walk.
By walking, we generate peace within our body, our consciousness. We embrace and heal the pain, the sorrow, the fear in us, and that is the ground for helping peace to be a reality in the world.
~Thich Nhat Hanh
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Foto: Sítio das Estrelas, Janine Milward

Quando você se senta em meditação, você deixa a Mãe Terra sentar-se em meditação por você.



Quando você se senta em meditação, você deixa a Mãe Terra sentar-se em meditação por você. Quando você respira, você deixa a Mãe Terra respirar por você. Quando você caminha, você deixa a Mãe Terra caminhar por você. Não faça qualquer esforço. Deixe que a Mãe Terra tudo faça – ela sabe como fazer.
Quando você está sentado em meditação, deixe que o ar entre em seus pulmões. Deixe que o ar saia de seus pulmões. Não precisamos tentar inspirar e não precisamos tentar expirar. Apenas deixamos que a natureza, deixamos que a Terra inspire e expire por nós. Apenas nos sentamos em meditação e nos privilegiamos pela inspiração e pela expiração. Não existe “você” quem está inspirando ou expirando – a inspiração e a expiração acontecem por si mesmas. Tente.
Nós deixamos que nosso corpo relaxe inteiramente, sem qualquer esforço. Devemos ser como o feto no ventre da mãe. Deixe que sua mãe faça tudo por você, respirar, comer, beber. Isso é possível se você sabe como se refugiar na Mãe Terra.
Refúgie-se na Mãe-Terra.
Thich Nhat Hanh

Thich Nhat Hanh gems
When you sit, allow Mother Earth to sit for you. When you
breathe, allow Mother Earth to breathe for you. When you walk,
allow Mother Earth to walk for you. Don’t make any effort. Allow
her to do it. She knows how to do it.
When you are sitting, allow the air to enter your lungs. Allow
the air to go out of your lungs. We don’t need to try to breathe in.
We don’t need to try to breathe out. We just allow nature, allow
the Earth to breathe in and out for us. We just sit there and enjoy
the breathing in and the breathing out. There is no “you” who is
breathing in and breathing out. The breathing in and the breathing
out happen by themselves. Try it.
We allow our body to relax totally, without striving or even
making an effort. Behave like the fetus in the womb of the mother.
Allow your mother to do everything for you, to breathe, to eat, to
drink. This is possible if you know how to take refuge in Mother
Earth.
Take Refuge in Mother Earth
~ Thich Nhat Hanh
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FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward - Moinho de Meditação

Temos Três Tesouros, os quais chamamos de Essência, Sopro e Espírito.



Capítulo 12
As cinco cores tornam os olhos do homem cegos
As cinco notas tornam os ouvidos do homem surdos
Os cinco sabores tornam a boca do homem insensível
Carreiras de caça no campo tornam o coração do homem enlouquecido
Os bens de difícil aquisição tornam a caminhada do homem prejudicada
Por isso,
O Homem Sagrado se realiza pelo ventre e não pelo olho
Assim,
Afasta aqueles e escolhe este
.........................................
Energia

Wu Jyh Cherng

Temos Três Tesouros, os quais chamamos de Essência, Sopro e Espírito.
O Espírito é a Consciência.
O Sopro é a energia vital do nosso corpo.
Essência são os fluídos do nosso corpo.

Quando toda a nossa consciência está ligada com as várias coisas externas, os fluidos evaporam para fora. As energias vitais vão abandonando o corpo. A consciência fica pressionada pelas formas externas; começa a se esvaziar interiormente e esse esvaziamento vai prejudicar a capacidade mental, vai alterar a capacidade emocional, e vai reduzir a capacidade física da pessoa. É um esvaziamento.
A prática da meditação é exatamente o contrário disso.
A visão é trazida para o interior, a audição e a respiração também. Dessa maneira, a energia toda é trazida para dentro.
Se a atenção está no ar em que respiramos, então a energia também virá através do ar que respiramos.
Quando estamos como uma estátua erguida em um lugar evidente, num lugar que todos vêem, a energia se volta para nós.
Quando olhamos uma imagem - como no Corcovado -, uma parte dessa energia - mesmo que seja minúscula e invisível -, vai para essa imagem.
Sendo a imagem colocada num local bem visível, ela sofre as energias advindas de todas as direções. E aquele local acaba se tornando um centro de forças.
São como os missionários que chegaram à América. Construíram cruzeiros e igrejas em lugares que chamavam a atenção. E o índio que não entendia nada daquilo, se sentia atraído; e quando olhava, sua energia se dirigia para o cruzeiro e para a igreja, criando, assim, força. Dessa maneira, isso é involuntário.
Estamos o tempo todo voltados para as coisas que nos chamam a atenção externamente. Mais ainda na sociedade moderna em que vivemos. Os meios de comunicação, o marketing, tudo isso chama sua atenção e retira sua energia.
O mesmo princípio de algo evidente que chame a atenção de todos, serve como meio de descarrego de energia.
Um vaso de flor numa mesa de trabalho em local muito tenso, atrai para si a energia dos olhares.
Existem Mestres Sábios que criam coisas em regiões de energia negativa e prejudicial, para trazerem o descarrego.
Como também existem pessoas espertas que usam as energias acumuladas nas imagens e se apropriam delas, para mau uso.
Tudo aquilo que se vê, absorve energia.
Algo extremamente evidente, atrai energia.
A medalha de proteção traz uma divindade, uma imagem, que representa uma crença sua. Pode ser uma crença filosófica ou religiosa. Traz um fortalecimento interior. Por outro lado, a medalha de proteção é um pára-raios: quando um ‘mau-olhado’ atingir a pessoa, ‘baterá’ na medalha de proteção e lá descarregará.
Normalmente, a medalha de proteção é colocada na altura do peito, do coração.
Normalmente, a energia ruim atinge a pessoa na altura do coração ou do umbigo, na altura do estomago ou na nuca.
Os maus-olhados nem sempre são conscientes.
A inveja pode ser inconsciente, incontrolável.
O descarrego pode ser feito através das forças móveis: vento, água, água corrente, fogo, banhos. Nunca se deve dormir sem banho. O banho antes de dormir descarrega o corpo de tudo o que ele teve que passar durante o dia.
Quando estamos lúcidos, a energia está muito mais ativa. Quando se relaxa, o campo de defesa fica menos ativo, portanto, toda aquela energia que está contida pela parte externa da aura, entra no corpo relaxado.
Durante o dia, num corpo ativo, a energia vai de dentro para fora. Ao dormir e relaxar, a energia retorna para dentro. Portanto, nessa hora, se o corpo não estiver descarregado, vai entrar toda a energia cumulada na periferia.
É bom comer bem, dormir bem, caminhar, tomar banho de sol, ter menos desgastes emocionais.
Os amuletos e as medalhas de proteção devem ser descarregados debaixo da torneira de água, com fumaça de incenso. Também na cachoeira, no mar.
No banho de sal grosso, como acontece no Brasil, deve-se depois tomar o banho normal.
Quando a pessoa fica todo o tempo voltada para o chamariz exterior, através da visão, do som, dos sabores, sua energia vai se desgastando.
Por isso, Lao Tse, no primeiro trecho, aconselha às pessoas a evitarem os excessos.
Os três portais podem ser de saída ou de entrada.
Quando se inspira, o ar entra.
Quando se come, a energia dos alimentos entra.
Quando se fecha a atenção para o interior, a energia entra dentro de nós.
Quando se deixa de ouvir o som externo para se ouvir o som interno, trazemos a energia para o interior e nos fortalecemos.
Quanto mais a consciência se interioriza, maior centralização de forças dentro de nós.
Isso é exatamente o que Lao Tse diz na última frase:
Por isso,
O Homem Sagrado se realiza pelo ventre e não pelo olho
Assim,
Afasta aqueles e escolhe este
Pergunta: Quando se olha para o altar, a energia da pessoa também está saindo?
Resposta de Cherng:
Sim. É por isso que o altar tem força. Mas tem uma diferença. Quando se faz um altar, concentra-se lá a força. Quando uma pessoa reverencia um altar, vai ali deixar sua força. No entanto, essa energia é uma concentração. É uma troca de energias porque se manda energia para o Tao e o Tao manda sua energia de volta.
Essa centralização de força no altar é feita com o sentimento de respeito, de reverência, de humildade. São energias boas.
Portanto, o altar acaba se tornando um campo, um centro de força que vai magnetizar quem perto dele chegue.
Nos aproximamos do altar de força positiva e nos sentimos trocando energias.
Nos meus tempos de aprendiz, há sete anos atrás, conheci uma moça que estava bem mais adiantada. Ela me ensinou a perceber o tipo de forças presentes em vários lugares. Energia boa ou não.
Para se reconhecer um Mestre, basta se prestar atenção no altar. Se o altar tiver muita força, o mestre tem muita força. Se o altar causar enjôo, dor-de-cabeça ou mal-estar, certamente a energia daquele mestre não está equilibrada para você. Sentindo uma força mais nítida, certamente é um sacerdote que trabalha com força de justiça, de exorcismo, de algo mais rígido. Sentindo uma sensação mais leve, ficando-se emocionado, certamente é uma pessoa mais devocional, que trabalha com força mais emotiva.
Conhece-se então a pessoa a partir da força de seu altar. O altar é o centro de vibração, a gente se aproxima do altar e o campo de vibração nos envolve.
Todos os altares recebem energia. Quando lá vamos rezar, orar, acender um incenso, estamos externando nossa energia em direção ao altar.
Parece um fundo, um clube de investimentos. Chega uma hora que concentrou tanta força, que todas as vezes que nos aproximamos nos sentimos re-equilibrados, re-energizados.
Essa é a função do altar.
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FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward

Este texto é extraído da transcrição da gravação da Aula ministrada por Wu Jyh Cherng, em agosto/setembro, sobre o Capítulo 12 do Tao Te Ching, o Livro do Caminho e da Virtude, de Lao Tse - com Tradução e Interpretação do Mestre Cherng.
Esta Aula foi transcrita e sintetizada por Janine Milward.
O Título deste texto
foi idealizado por Janine e não faz parte do texto original.
TAO TE CHING
O LIVRO DO CAMINHO E DA VIRTUDE
Lao Tse, o Mestre do Tao
Tradução e Interpretação do Capítulo 12
do Tao Te Ching, de Lao Tse,
por WU JYH CHERNG
Transcrição e Síntese de Aula Gravada na Sociedade Taoísta do Brasil,
Rio de Janeiro, em agosto/setembro de 1994
Transcrição e Síntese de Janine Milward
A tradução dos Capítulos do Tao Te Ching foi realizada por Wu Jyh Cherng,
do chinês para o português,
e foi primeiramente publicada pela Editora Ursa Maior,
sendo hoje publicada pela Editora Mauad, São Paulo, Brasil
Nesta mesma Editora, encontra-se
a realização da publicação das interpretações de Wu Jyh Cherng
acerca os 81 Capítulos da obra máxima de Lao Tse, o Tao Te Chin

Os bens de difícil aquisição tornam a caminhada do homem prejudicada




Os bens de difícil aquisição tornam a caminhada do homem prejudicada

Wu Jyh Cherng

Capítulo 12

As cinco cores tornam os olhos do homem cegos
As cinco notas tornam os ouvidos do homem surdos
Os cinco sabores tornam a boca do homem insensível
Carreiras de caça no campo tornam o coração do homem enlouquecido

Os bens de difícil aquisição tornam a caminhada do homem prejudicada
Por isso,
O Homem Sagrado se realiza pelo ventre e não pelo olho
Assim,
Afasta aqueles e escolhe este
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Um dos juramentos do monge Taoísta é o de não sacrificar a vida em função do prazer pessoal. Comer carne como espécie de busca do prazer, traz o sacrifício da vida.

Se não tivermos uma outra coisa para comer e se a carne for necessária para a sobrevivência..., então, sim.

O Taoísmo não trabalha com regras rígidas. O Taoísmo trabalha com a Consciência. O Taoísmo valoriza a vida: é preciso se estar vivo para se poder realizar o trabalho espiritual.

Se for vegetariano e um dia quiser comer peixe, ou simplesmente qualquer outra coisa, siga sua consciência e não deixe que a culpa faça surgirem indigestão ou mal-estar. É preciso se estar consciente das coisas, se ter consciência das coisas.

Essa é a diferença entre o Taoísmo e as outras doutrinas que enfatizam a rigidez do preceito em si - mesmo mais do que a conscientização.

O Taoísmo é uma Tradição que se preocupa muito com a saúde. O Chi Kun, o Tai Chi Chuan, a Acupuntura e outras terapias e artes são provenientes do Taoísmo.

O Taoísmo pensa que alimentação vegetariana é bem mais saudável para o organismo humano, mais fácil de ser digerida. O mito sobre as proteínas animais é um mito. O homem não precisa assim de gordura animal. O homem pode ser vegetariano e comer de tudo e não ter nenhum problema de saúde. Ao contrário. Não é preciso ficar se abastecendo de ovos e de laticínios. Eles também causam danos à saúde, quando em excesso.

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FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward

Este texto é extraído da transcrição da gravação da Aula ministrada por Wu Jyh Cherng, em agosto/setembro, sobre o Capítulo 12 do Tao Te Ching, o Livro do Caminho e da Virtude, de Lao Tse - com Tradução e Interpretação do Mestre Cherng.
Esta Aula foi transcrita e sintetizada por Janine Milward.
O Título deste texto
foi idealizado por Janine e não faz parte do texto original.

TAO TE CHING
O LIVRO DO CAMINHO E DA VIRTUDE
Lao Tse, o Mestre do Tao
Tradução e Interpretação do Capítulo 12
do Tao Te Ching, de Lao Tse,
por WU JYH CHERNG
Transcrição e Síntese de Aula Gravada na Sociedade Taoísta do Brasil,
Rio de Janeiro, em agosto/setembro de 1994
Transcrição e Síntese de Janine Milward
A tradução dos Capítulos do Tao Te Ching foi realizada por Wu Jyh Cherng,
do chinês para o português,
e foi primeiramente publicada pela Editora Ursa Maior,
sendo hoje publicada pela Editora Mauad, São Paulo, Brasil

Nesta mesma Editora, encontra-se
a realização da publicação das interpretações de Wu Jyh Cherng
acerca os 81 Capítulos da obra máxima de Lao Tse, o Tao Te Ching

Tudo em excesso é prejudicial às pessoas




Tudo em excesso é prejudicial às pessoas
Wu Jyh Cherng
Capítulo 12
As cinco cores tornam os olhos do homem cegos
As cinco notas tornam os ouvidos do homem surdos
Os cinco sabores tornam a boca do homem insensível
Carreiras de caça no campo tornam o coração do homem enlouquecido
Os bens de difícil aquisição tornam a caminhada do homem prejudicada
Por isso,
O Homem Sagrado se realiza pelo ventre e não pelo olho
Assim,
Afasta aqueles e escolhe este
Ao pé da letra, se diz que muitas cores fazem mal à vista. Aos olhos. Muito som prejudica a audição. Muitos sabores não fazem bem ao paladar. Muita euforia enlouquece a mente da pessoa. Excesso de desejo de valores, tornam o caminho do homem mais difícil, mais prejudicado.
Por isso,
O Homem Sagrado se realiza pelo ventre e não pelo olho
Ele se realiza voltado para dentro e não voltado para fora. E assim, afasta as cinco cores, os sons, os sabores, os bens de difícil obtenção para poder ficar com a tranqüilidade, poder se interiorizar, poder não se tornar sendo cego ou insensível.
À primeira vista, o conselho do Sábio é dessa natureza. As cinco cores, as cinco notas, os cinco sabores significam todas as cores, todas as notas, todos os sabores. Tradicionalmente, na China, as notas musicais são cinco em vez de sete.
Tudo isso corresponde ao conceito simbólico dos cinco elementos.
ELEMENTO COR NOTA SABOR
Madeira azul Mi ácido
Fogo vermelho Sol amargo
Terra amarelo Dó doce
Metal branco Ré picante
Água preto Lá salgado
Também correspondem às cinco direções: Leste Sul Centro Oeste Norte
Correspondem às quatro estações e mais o final de cada estação.
Simbolicamente, se fala de tudo.
As cinco cores tornam os olhos do homem cegos
As cinco notas tornam os ouvidos do homem surdos
Os cinco sabores tornam a boca do homem insensível
Quando uma pessoa é hiper estimulada pelos vários tipos de sabores, acaba perdendo a capacidade de saborear realmente os alimentos.
A pessoa perde a capacidade de perceber a fluidez e a harmonia da música e do som.
Tudo em excesso, é prejudicial nas pessoas.
Têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; têm boca e não saboreiam.
Dentro da prática Taoísta, se propõe às pessoas não usarem cores fortes, sabores fortes, sons fortes, para a vista não se desgastar com a excessividade das cores.
Evitar sons radicais como a música moderna. As passagens das notas devem ser mais suaves, mais moduladas. A audição sente um contraste muito grande.
Tudo com sabor muito forte acaba com o tempo entorpecendo o paladar. Quando se usa quase nenhum sal, ou pimenta, ou açúcar, basta ser a comida um pouco mais temperada, para se perceber logo.
Tanto as cores, como os sons, como os sabores devem ter sua freqüência de forma mais natural, menos carregada.
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FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward
Este texto é extraído da transcrição da gravação da Aula ministrada por Wu Jyh Cherng, em agosto/setembro, sobre o Capítulo 12 do Tao Te Ching, o Livro do Caminho e da Virtude, de Lao Tse - com Tradução e Interpretação do Mestre Cherng.
Esta Aula foi transcrita e sintetizada por Janine Milward.
O Título deste texto
foi idealizado por Janine e não faz parte do texto original.
TAO TE CHING
O LIVRO DO CAMINHO E DA VIRTUDE
Lao Tse, o Mestre do Tao
Tradução e Interpretação do Capítulo 12
do Tao Te Ching, de Lao Tse,
por WU JYH CHERNG
Transcrição e Síntese de Aula Gravada na Sociedade Taoísta do Brasil,
Rio de Janeiro, em agosto/setembro de 1994
Transcrição e Síntese de Janine Milward
A tradução dos Capítulos do Tao Te Ching foi realizada por Wu Jyh Cherng,
do chinês para o português,
e foi primeiramente publicada pela Editora Ursa Maior,
sendo hoje publicada pela Editora Mauad, São Paulo, Brasil
Nesta mesma Editora, encontra-se
a realização da publicação das interpretações de Wu Jyh Cherng
acerca os 81 Capítulos da obra máxima de Lao Tse, o Tao Te Chin
g

Assim, da existência vem o valor E da não-existência, a utilidade



Assim, da existência vem o valor
E da não-existência, a utilidade


Wu Jyh Cherng


Todo o trabalho de Lao Tse é extremamente sintético porém extremamente profundo.  

Ching significa síntese, mutação, mutável e imutável e transmutação.  A síntese representa a natureza do Tao Te Ching.  

O Tao Te Ching é um texto extremamente sintético onde não aparece um nome humano sequer, não tem nenhuma palavra referente a tempo ou lugar ou pessoa.  Foi escrito com apenas cinco mil ideogramas e se juntarmos todos os textos, teremos apenas vinte páginas.  É um texto sintético mas é através da síntese que nos ligamos com todas as coisas.  

Por isso, o Tao Te Ching, apesar de ter sido escrito há cerca de três mil anos, na China, no outro lado do mundo, pode ser pensado e aplicado em todos os países, em todas as civilizações.  Só a síntese pode fazer isso.

O simples não tem qualquer característica - diferente do acessório que é temporal e localizado.  

O simples é uma linguagem pura e o Caminho do Tao tem que começar pela linguagem pura sem se deter na barreira da cultura, do temperamento e da personalidade.  

Através do simples se dispara para a universalização.  Através da universalização, se encaminha para a infinitude e para o Absoluto.  

Dessa maneira, pode-se viver com naturalidade, leveza, abrangência e quietude.

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Capítulo 11
Trinta raios convergem ao Vazio do centro da roda
Através dessa não-existência
Existe a utilidade do veículo
A argila é trabalhada em forma de vasos
Através da não-existência
Existe a utilidade do objeto
Portas e janelas são abertas na construção da casa
Através da não-existência
Existe a utilidade da casa
Assim, da existência vem o valor
E da não-existência, a utilidade
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FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward

TAO TE CHING
O LIVRO DO CAMINHO E DA VIRTUDE
Lao Tse, o Mestre do Tao
Tradução e Interpretação do Capítulo 11
do Tao Te Ching, de Lao Tse,
por WU JYH CHERNG
TRECHO EXTRAÍDO DA
Transcrição e Síntese de Aula Gravada na Sociedade Taoísta do Brasil, 
Rio de Janeiro, em agosto de 1994
O Título do Texto acima foi realizado por Janine
Transcrição e Síntese de Janine Milward
A tradução dos Capítulos do Tao Te Ching foi realizada por Wu Jyh Cherng, 
do chinês para o português,
e foi primeiramente publicada pela Editora Ursa Maior,
sendo hoje publicada pela Editora Mauad, São Paulo, Brasil
Nesta mesma Editora, encontra-se a realização da publicação das interpretações de Wu Jyh Cherng
acerca os 81 Capítulos da obra máxima de Lao Tse, o Tao Te Ching