O que vale na vida




"O que vale na vida não é o ponto de partida
 e sim a caminhada. 
Caminhando e semeando, 
no fim terás o que colher."

Cora Coralina


Foto: Sítio das Estrelas, Edson Anchieta

De tudo ficaram três coisas:



De tudo ficaram três coisas:
A certeza de que estamos começando
A certeza de que é preciso continuar
A certeza de que podemos ser interrompidos 
antes de terminar.

Façamos da interrupção um caminho novo
Da queda, um passo de dança
Do medo, uma escada
Do sonho, uma ponte.

Fernando Sabino (1923 - 2004) - Escritor, cronista e jornalista brasileiro.


Foto: Sítio das Estrelas, janine milward

Qual é seu endereço permanente?


http://www.jb.man.ac.uk/news/2010/PlanckFSM/PLANCK_FSM_03_Black.jpg



QUAL É SEU ENDEREÇO PERMANENTE?

Srii Srii Anandamurti

“What Is Your Permanent Address?”

Um margi Filipino recentemente viajou até a Índia e escutou muitas histórias sobre Baba e como este poderia revelar vidas passadas das pessoas. Ele estava muito ansioso para saber sobre sua vida passado e por diversas vezes, expressou este desejo junto a seus amigos: Eu gostaria que Baba me mostrasse minha vida passada – ele costumava dizer.

Baba disse ao margi filipino: Mr. P: qual é seu endereço permanente?

Mr. P. respondeu: Manila, Baba

Baba, então disse, rindo: É mesmo? (e chamou um Dada – literalmente um irmão mais velho, um professor espiritual para se sentar e meditar). Uma pessoa comum encontra-se sob três ataduras: tempo, espaço e pessoa (1), porém Mahapurusa (a grande ser humano elevado através a prática da yoga) pode remover estas ataduras. (Baba abaixou-se e segurou o Dada por detrás de seu pescoço e lhe disse: Olhe para a mente de Mr. P e retorne a 135 anos atrás. O que você vê?

Dada: Eu vejo um homem alto usando um dhoti e kurta. (2)

Baba: Pode nos dizer quem é este homem?

Dada: Ele é um Brahman no oeste de Bengala (3). Seu nome é Shankara Mishra.

Baba: Sim, e hoje este homem é Mr. P. - Voltando-se para Mr. P., Baba disse: Qual é seu endereço permanente, caro rapaz? – Baba continuou, rindo: É Manila ou Índia?

Mr. P. respondeu: Não, Baba

Baba: Qual é então?

Mr. P.: O universo, Baba.

Baba: Sim, o universo é seu endereço permanente.

Notas: 1. Atadura de pessoa, significando que uma pessoa é confinada à uma propria personalidade; atadura de tempo, significando que uma pessoa não pode saber sobre passado, presente e futuro; atadura de lugar, significando que uma pessoa pode estar apenas em um lugar por vez.
2. uma vestimenta tradicional da Índia do leste.
3 a mais alta casta na Índia, a qual tradicionalmente atua através funções sacerdotais ou vive como trabalhador intelectual.

1969, Rachi
Publicado em Ananda Vacanamrtam Parte 31

Tradução simples e literal de Janine a partir do original em ingles:

ILUSTRAÇÃO:  
A false-colour image of the whole sky as seen by Planck. The dust throughout the Galaxy is shown in blue, while hot gas can be seen as red regions across the centre of the image. In the background, the mottled yellow features are relic radiation, called the Cosmic Microwave Background, which contains information about the earliest stages of the Universe. This image is a low-resolution version of the full data set. 
Image Credits: ESA, LFI and HFI Consortia (2010)

http://www.jb.man.ac.uk/news/2010/PlanckFSM/



“What Is Your Permanent Address?”

[A Filipino Margi had recently come to India, and had heard many stories about how Bábá could reveal the past lives of individuals. He was very anxious to know his past life, and several times expressed this desire privately to his companions. “I wish Bábá would show me my past life,” he used to say.]

[Bábá said to the Filipino Margi:] Mr. P–, what is your permanent address?

[Mr. P–: “Manila, Bábá.”]

[Bábá said laughing:] Oh, is it so? [Bábá called one dádá (literally “elder brother”, a spiritual teacher) to sit and do meditation.] An ordinary person is under the three bondages of time, place and person.(1) But a mahápuruśa [a great human being elevated by the practice of yoga] can remove them. [Bábá reached down and held the dádá on the back of his neck. He said to the dádá:] Look into the mind of Mr. P– and go back 135 years. What do you see?

[Dádá: “I see a tall man wearing a dhoti and kurtá.”(2) ]

Can you tell who he is?

[Dádá: “He is a Brahman(3) in West Bengal. His name is Shankara Mishra.”]

Yes, and today that man is Mr. P–. [To Mr. P–:] What is your permanent address, my boy? [laughingly] Is it Manila or India?

[Mr. P–: “No, Bábá!”]

What is it then?

[Mr. P–: “ The universe, Bábá.”]

Yes, the universe is your permanent address.

Footnotes

(1) Bondage of person, meaning one is confined to one’s personality; bondage of time, meaning one cannot know all the past, present and future; bondage of place, meaning one can only be in one place at a time. –Eds.

(2) Traditional East Indian dress. –Eds.

(3) The uppermost caste in India, who traditionally perform priestly functions or live by intellectual labour. –Eds.

1969, Ranchi

Published in:
Ánanda Vacanámrtam Part 31

Nós somos uma maneira de o cosmos entender a si mesmo.




O COSMOS ESTÁ DENTRO DE NÓS, NÓS SOMOS FEITOS DE MATERIAL DE ESTRELAS. 

NÓS SOMOS UMA MANEIRA DE O COSMOS ENTENDER A SI MESMO.

CARL SAGAN


Foto: Sítio das Estrelas, janine milward

As coisas não são como parecem ser... E também não são como não parecem ser.




AS COISAS NÃO SÃO COMO PARECEM SER... 
E TAMBÉM NÃO SÃO COMO NÃO PARECEM SER.

"Things are not what they appear to be, 
nor are they otherwise."

~The Lankavatara Sutra

Foto: Sítio das Estrelas, janine milward

somos uma casa: nossa casa está para nós disponível aqui e agora.



O Cosmos é nossa casa
 e podemos tocá-lo através nossa conscientização 
sobre nosso corpo. 
Meditação significa estar parado; sentar parado, 
ficar parado, 
e andar com sentimento de estar parado.
 Meditação significa olhar profundamente,
 tocar profundamente 
de forma que possamos compreender 
que nós somos uma casa:
 nossa casa está para nós disponível
 aqui e agora.

The cosmos is our home, and we can touch it by being aware of our body. Meditation is to be still: to sit still, to stand still, and to walk with stillness. Meditation means to look deeply, to touch deeply so we can realize we are already home. Our home is available right here and now.
~Thich Nhat Hanh

Foto: Sítio das Estrelas, Janine Milward

Meditação: a Arte da Simplicidade




A Meditação pode ser compreendida como a Arte da Simplicidade - simplesmente sentar, simplesmente respirar e simplesmente ser.

"Meditation could be said to be the Art of Simplicity --simply sitting, simply breathing and simply being."

~ Dilgo Khyentse Rinpoche
 


Foto: Sítio das Estrelas, Janine Milward

O que é Dharma




O que é Dharma

Srii Srii Anandamurti

O texto foi extraído de Ananda Marga: Elementary Philosophy (publicado dentro do site www.anandamarga.org) e traduzido livremente por Janine Milward.
This is an excerpt from Ananda Marga: Elementary Philosophy by Shrii Shrii Anandamurti. Ananda Marga Publications, Kolkata, Published with permission of Ananda Marga Central Publications. © 1998 Ánanda Márga Pracáraka Sam’gha, all rights reserved.


Os seres humanos são os seres mais desenvolvidos. Eles (podem) possuir o desenvolvimento da consciência em seu mais alto nível e esse fato os torna diferenciados de todos os outros animais. Nenhum outro ser possui tal clareza de consciência. Os seres humanos podem distinguir entre o bem e o mal com a ajuda de sua consciência e quando em perigo, eles podem buscar uma saída – com a ajuda dessa consciência. Ninguém gosta de viver na miséria e no sofrimento – menos ainda os seres humanos que procuram, através da consciência, uma saída para tais vicissitudes. A vida sem tristeza nem sofrimento é uma vida de felicidade e de benção e é isso que as pessoas almejam. Todo mundo está em busca da felicidade – a verdade é que a natureza das pessoas é buscar a felicidade. Veremos então o que as pessoas devem fazer para alcançar a felicidade e se esta é alcançada através destas formas de busca.

Em sua busca pela felicidade, as pessoas são, a princípio, atraídas pelos divertimentos mundanos. Elas amam a riqueza e tentam atingir o poder e posições que satisfaçam seus desejos de felicidade. Aquele que possui muito dinheiro não está satisfeito apenas com isso e busca mais e mais dinheiro, e no entanto, mesmo possuindo muitíssimo dinheiro ainda não se acha satisfeito e ainda sai em busca de mais e mais.... Também uma pessoa que tenha influência numa cidade deseja estender esta influência sobre uma província, políticos estatais desejam se tornar políticos nacionais, e se assim conseguirem suas posições, estarão ambicionando uma posição de liderança mundial. A mera aquisição da riqueza, do poder e de posições não satisfaz uma pessoa. A aquisição de alguma coisa que possua seus limites simplesmente cria o desejo de mais e mais e a busca pela felicidade parece não ter fim... a fome de possuir não tem fim: é ilimitada e infinita.

Não importa o quão digno ou não é este alcance de felicidade, não ajuda a fazer com que as pessoas descansem em suas buscas por felicidade. Aqueles que lutam pela riqueza não ficam satisfeitos enquanto não obtiverem uma riqueza ilimitada. Também não aqueles que buscam por poder, posições e prestígio podem se sentir satisfeitos até que essas questões sejam atingidas em proporções ilimitadas – porque são objetos pertencentes ao mundo. O mundo por si mesmo é limitado e não pode prover objetos infinitos. Portanto, o quanto maior é a aquisição mundana – mesmo que seja o globo inteiro – não asseguraria qualquer coisa de permanente ou infinito. O que então é essa coisa infinita, eterna, que poderá prover felicidade constante?

A Suprema Consciência é por si mesma infinita e eterna. É por si mesma sem limite. E a eterna esperança dos seres humanos pelo alcance da felicidade pode ser apenas satisfeita pela realização da Infinitude. A natureza efêmera das possessões mundanas, poder e posições podem apenas levar uma pessoa à conclusão de que nada dessas questões do mundo finito e limitado podem trazer um descanso ao eterno desejo de alcançar a felicidade. Suas aquisições apenas dão lugar à outras aquisições, mais e mais. Somente a compreensão da Infinitude pode trazer a felicidade. A Infinitude pode ser apenas uma – é a Suprema Consciência. Assim, é somente a Suprema Consciência que pode prover a felicidade constante – cuja busca é a característica de cada ser humano. Na realidade, atrás dessa necessidade humana está escondido o desejo, a vontade de atingir a Suprema Consciência. Essa é a verdadeira natureza de cada ser vivente. Este é simplesmente o dharma de cada pessoa.

A palavra dharma significa “propriedade” (aquilo que é próprio, natural). Traduzindo do inglês, as palavras podem ser “natureza”, “característica” ou “propriedade”. A natureza do fogo é queimar ou produzir calor. É a característica ou propriedade do fogo e que também determina a natureza do fogo. Similarmente, o dharma ou a natureza dos seres humanos é alcançar a Suprema Consciência.

O grau de divindade nos seres humanos é indicado através da transparência de sua consciência. Cada ser humano, tendo se desenvolvido a partir dos animais, possui, portanto, dois aspectos: o aspecto animal e o aspecto da consciência que distingue uma pessoa do animal. Os animais mostram predominantemente sua animalidade, enquanto os seres humanos, em função de sua bem trabalhada consciência, também possuem a racionalidade. A animalidade nos seres humanos lhes dá uma tendência em direção à vida animal ou às alegrias físicas. Sob esta influencia, os seres humanos procuram por sua comida, sua bebida e as gratificações para seus desejos físicos. Eles são atraídos por estas questões e correm atrás delas sob a influencia de suas animalidades... porém estas questões não provêem felicidade – desde que se encontram dentro do conceito da infinitude.

Os animais são satisfeitos por estas alegrias limitadas – desde que sua necessidade não é infinita. Não importa quão grande seja a quantidade das coisas oferecidas ao um animal, ele pegará apenas aquilo que ele necessita e não se importará com aquilo que sobrar. Porém os humanos certamente agirão de maneira diferente sob estas condições. Isto estabelece, portanto, que os animais são satisfeitos dentro do limite, enquanto o desejo dos seres humanos é ilimitado, mesmo que o desejo de alegria para ambos seja proporcionado e governado pelo aspecto animal da vida. A diferença entre os dois é em função é que o ser humano possui uma consciência transparente, lúcida, clara – algo que os animais não possuem.

A natureza infinita do homem que clama por uma felicidade absoluta existe simplesmente em função de sua consciência. É essa mesma consciência que não é satisfeita com os prazeres físicos de posse, poder e posição – coisas que, mesmo apesar de suas altas proporções, são apenas transitórias . É a consciência que cria nos seres humanos sua ânsia pela Suprema Consciência.

As coisas do mundo – as alegrias físicas – não saciam a sede do coração humano por felicidade. No entanto, encontramos pessoas que são satisfeitas por estes objetos mundanos. A animalidade nas pessoas as leva em direção à gratificação dos seus desejos animais, porém a racionalidade de suas consciências permanece sem gratificação - desde que os objetos mundanos são transitórios e de vida curta e não são suficientes para dar um final à ilimitada e infinita fome da consciência humana. Existe, portanto, um constante duelo nos seres humanos entre sua animalidade e sua racionalidade. O aspecto animal os empurra em direção às alegrias terrenas, enquanto sua consciência, não satisfeita com estas alegrias mundanas, os leva em direção à Suprema Consciência – a Infinitude. Isto resulta numa luta entre o aspecto animal e a consciência. Se os prazeres carnais derivados do poder e da posição fossem infinitos e ilimitados, eles poderiam dar um final à eterna busca da consciência pela felicidade. Porém, isso não acontece e é exatamente por não acontecer é que a glória efêmera das alegrias temporais nunca podem assegurar uma paz duradoura na mente humana e levar as pessoas ao êxtase.

É somente a consciência transparente que diferencia os seres humanos dos animais. É então imperativo que os seres humanos façam uso de sua consciência. Se sua consciência está dormente atrás de sua animalidade, as pessoas podem se comportar como os animais. A verdade é que podem se tornar ainda pior do que os animais em função de possuírem uma consciência transparente e não fazerem uso da mesma. Estas pessoas não merecem o status de seres humanos. Elas são animais em forma de humanos.

A natureza da consciência é procurar pela Infinitude ou compreender a Suprema Consciência. Somente aquelas pessoas que fazem uso de sua consciência e seguem suas normas merecem ser chamados de seres humanos. Portanto, cada pessoa, ao fazer uso em sua plenitude de sua consciência transparente, ganha o direito de ser chamado de ser humano e encontra seu dharma ou natureza própria de ser aquela que busca pela Infinitude da Suprema Consciência. Este desejo pela Infinitude é uma qualidade inata ou dharma que caracteriza o status de humano ás pessoas.

A felicidade é derivada de se obter aquilo que se deseja. Se uma pessoa não consegue obter aquilo que deseja, não pode ser feliz. A pessoa se torna triste. A consciência transparente nas pessoas, que é a única a distingui-las dos animais, procura pela Consciência Cósmica ou pela Infinitude. Dessa forma, as pessoas conseguem a real felicidade somente quando elas podem atingir a Consciência Cósmica ou entrar no processo para alcançar essa meta. A Consciência não quer as alegrias mundanas em função dessas serem finitas e não poderem trazer satisfação à essa Consciência. A conclusão que chegamos é que o dharma da humanidade é compreender a Infinitude ou a Consciência Cósmica. Somente através desse dharma que as pessoas podem usufruir da eterna felicidade e benção.

..................................


Foto: Sítio das Estrelas, Janine Milward - meu gato Vincent tomando sol dentro do escorredor de macarrão.
.................................................................................................................

(*) Srii Srii Anandamurti é o Mestre, é o Guru, é o Guia Espiritual de muitos Caminhantes que Caminham seus Caminhos sob a proteção e luz de um Homem Sagrado. Carinhosamente chamado de Baba (cuja tradução é Pai Amado), sua força vem provando ser radiosa, grandiosa, não apenas para o momento presente do Planeta mas, fundamentalmente, para o futuro - quando a solidariedade e comunitarismo entre os Caminhantes e os Povos serão não apenas uma necessidade, mas, certamente, um desejo intenso advindo de uma consciência expandida e iluminada

O desejo do Guru é iniciar seus discípulos
dentro do Caminho da Iluminação e da Liberação.

(Guru - preceptor espiritual, mestre, literalmente “aquele que dispersa a escuridão”)

Srii Srii Anandamurti criou a organização espiritual e social chamada Ananda Marga, cuja tradução é Caminho da Bem-Aventurança.

Pequeno glossário (a partir do original inglês):
clearly-reflected consciousness – consciência transparente
Cosmic Entity – Suprema Consciência, Consciência Cósmica
Infinite – Infinitude
Dharma – propriedade, característica, natureza, aquilo que é próprio, natural – sua própria natureza - dever; a característica essencial de uma entidade; a capacidade de prestar serviço, que é a qualidade essencial do ser vivo.




What is Dharma?
by Shrii Shrii Anandamurti

Human beings are the highest-evolved beings. They possess clearly-reflected consciousness, and this makes them superior to animals. No other being has such a clear reflection of consciousness. Human beings can distinguish between good and bad with the help of their consciousness, and when in trouble they can find a way out, with its help. No one likes to live in misery and suffering, far less human beings, whose consciousness can find means of relief. Life without sorrow and suffering is a life of happiness and bliss, and that is what people desire. Everyone is in quest of happiness; in fact it is people's nature to seek happiness. Now let us see what one does to achieve it and whether it is achieved by those means.

In their search for happiness people are first attracted towards physical enjoyments. They amass wealth and try to achieve power and position to satisfy their desires for happiness. One who has a hundred rupees is not satisfied with it, one strives for a thousand rupees, but even possessing thousands of rupees does not satisfy. One wants a million, and so on. Then it is seen that a person having influence in a district wants to extend it over a province, provincial leaders want to become national leaders, and when they have achieved that there creeps in a desire for world leadership. Mere acquisition of wealth, power and position does not satisfy a person. The acquisition of something limited only creates the want for more, and the quest for happiness finds no end. The hunger for possessing is unending. It is limitless and infinite.

However dignified or lofty the achievement, it fails to set at rest people's unlimited quest for happiness. Those who hanker after wealth will not be satisfied until they can obtain unlimited wealth. Nor will the seeker of power, position and prestige be satisfied until he or she can get these in limitless proportions, as all these are objects of the world. The world itself is finite and cannot provide infinite objects. Naturally, therefore, the greatest worldly acquisition, even if it be the entire globe, would not secure anything of an infinite and permanent character. What then is that infinite, eternal thing which will provide everlasting happiness? 
 

The Cosmic Entity alone is infinite and eternal. It alone is limitless. And the eternal longing of human beings for happiness can only be satiated by realization of the Infinite. The ephemeral nature of worldly possessions, power and position can only lead one to the conclusion that none of the things of the finite and limited world can set at rest the everlasting urge for happiness. Their acquisition merely gives rise to further longing. Only realization of the Infinite can do it. The Infinite can be only one, and that is the Cosmic Entity.
 

Hence it is only the Cosmic Entity that can provide everlasting happiness – the quest for which is the characteristic of every human being. In reality, behind this human urge is hidden the desire, the longing, for attainment of the Cosmic Entity. It is the very nature of every living being. This alone is the dharma of every person. 
 

The word dharma signifies "property". The English word for it is "nature", "characteristic" or "property". The nature of fire is to burn or produce heat. It is the characteristic or property of fire and is also termed the nature of fire. Similarly, the dharma or nature of a human being is to seek the Cosmic Entity. 
 

The degree of divinity in human beings is indicated by their clearly-reflected consciousness. Every human being, having evolved from animals, has, therefore, two aspects – the animal aspect, and the conscious aspect which distinguishes a person from animals. Animals display predominantly the animality, while human beings due to a well-reflected consciousness also possess rationality. The animality in human beings gives them a leaning towards animal life or physical enjoyment. They, under its influence, look to eating, drinking and gratification of other physical desires. They are attracted towards these and run after them under the influence of their animality but these do not provide happiness as their longing for it is infinite. Animals are satisfied with these limited enjoyments as their urge is not infinite. However large the quantity of things offered to an animal may be, it will take only those which it needs and will not bother for the rest. But humans will certainly act differently in these conditions. This only establishes that animals are satisfied with the limited, while the desire of human beings is limitless, although the desire for enjoyment in both is prompted and governed by the animal aspect of life. The difference in the two is due to the possession by the human being of a clearly-reflected consciousness, something which animals lack. The infinite nature of the human urge for absolute happiness is due to their consciousness alone. It is this consciousness alone which is not satisfied with the physical pleasure of possession, power and position – things which in spite of their huge proportions, are only transitory in character. It is their consciousness which creates in human beings the longing for the Cosmic Entity. 
 

The objects of the world – the physical enjoyments – do not quench the thirst of the human heart for happiness. Yet we find that people are attracted by them. The animality in people draws them towards gratification of animal desires, but the rationality of their consciousness remains ungratified since all these are transitory and short-lived. They are not enough to set at rest the unending and unlimited hunger of the human consciousness. There is, thus, a constant duel in humans between their animality and rationality. The animal aspect pulls them towards instant earthly joys, while their consciousness, not being satisfied with these, draws them towards the Cosmic Entity – the Infinite. This results in the struggle between the animal aspect and consciousness. Had the carnal pleasures derived from power and position been infinite and endless, they would have set at rest the eternal quest of consciousness for happiness. But they do not, and that is why the fleeting glory of temporal joys can never secure a lasting peace in the human mind and lead people to ecstasy. 
 

It is only the well-reflected consciousness which differentiates human beings from animals. Is it then not imperative for human beings to make use of their consciousness? If their consciousness lies dormant behind their animality, people are bound to behave like animals. They in fact become worse than animals as, even though endowed with well-reflected consciousness, they do not make use of it. Such people do not deserve the status of human beings. They are animals in human form. 
 

The nature of consciousness is to seek for the Infinite or realize the Cosmic Entity. Only those who make use of their consciousness and follow its dictates deserve to be called human beings. Therefore, every person, by making full use of his or her reflected consciousness, earns the right to be called a human being and finds his or her dharma or nature to be only the search for the Infinite or Cosmic Entity. This longing for the Infinite is the innate quality or dharma which characterizes the human status of people. 
 

Happiness is derived by getting what one desires. If one does not get what one desires, one cannot be happy. One becomes sad and miserable. The clearly-reflected consciousness in people, which alone distinguishes them from animals, seeks the Cosmic Entity or the Infinite. And so people derive real happiness only when they can attain the Cosmic Entity or get into the process of attaining It. Consciousness does not want earthly joys because being finite none of them satisfy it. The conclusion we arrive at is that the dharma of humanity is to realize the Infinite or the Cosmic Entity. It is only by means of this dharma that people can enjoy eternal happiness and bliss.

Milhares de velas podem ser acesas a partir de uma única vela



Milhares de velas podem ser acesas a partir de uma única vela 
e a vida desta única vela não será encurtada. 
A alegria nunca diminui quando compartilhada.

Thousands of candles can be lit from a single candle, and the life of the candle will not be shortened. Happiness never decreases by being shared.~ Buddha
Foto: Sítio das Estrelas, Janine Milward

Uma vez possamos compreender que a estrada é a meta



Uma vez possamos compreender que a estrada é a meta 
e que sempre estaremos na estrada
 não para alcançar uma meta 
e sim para usufruir sua beleza e sua sabedoria, 
então a vida cessa de ser árdua 
e torna-se natural e simples, um êxtase em si mesmo.

"Once you realize that the road is the goal and that you are always on the road, not to reach a goal, but to enjoy its beauty and its wisdom, life ceases to be a task and becomes natural and simple, in itself an ecstasy."
~ Sri Nisargadatta Maharaj ~

Foto: Sítio das Estrelas, Janine Milward 

Pequenas Boas Ações



Não se preocupe se você sentir 
que pode fazer somente uma pequena boa ação
 em um pequeno pedaço do cosmos... 
Seja um Buda neste mesmo lugar.

Don’t worry if you feel you can only do one tiny good thing in one small corner of the cosmos. Just be a Buddha body in that one place.
~ Thích Nhất Hạnh

Foto: Sítio das Estrelas, Janine Milward - abrindo a casca das sementes do Urucum.

O Universo é o Sonho de um Sonhador Infinito




O Universo é o Sonho de um Sonhador Infinito


1. Não conhecemos senão as nossas sensações. O universo é pois um simples conceito nosso. 


2. O universo porém - ao contrário de e em contraste com, as nossas fantasias e os nossos sonhos - revela, ao ser examinado, que tem uma ordem, que é regido por regras sem excepção a que chamamos leis.


3. Àparte isso, o universo, ou grande parte dele, é um «conceito» comum a todos os que são constituídos como nós: isto é, é um conceito do espírito humano. 


4. O universo é considerado objectivo, real - por isso e pela própria constituição dos nossos sentidos. 


5. Como objectivo, o universo é pois o conceito de um espírito infinito, único que pode sonhar de modo a criar. O universo é o sonho de um sonhador infinito e omnipotente. 


6. Como cada um de nós, ao vê-lo, ouvi-lo, etc., cria o universo, esse espírito infinito existe em todos nós. 


7. Como cada um de nós é parte do universo, esse espírito infinito, ao mesmo tempo que existe em nós, cria-nos a nós. Somos distintos e indistintos dele. 


8. A «Causa imanente», como é definida, tem que, ao criar, criar infinitamente. Em si mesma é infinita como uma, extra-numericamente; nos seres é infinita como inúmera, numericamente. Num caso é o indivisível, no outro infinitamente divisível. As almas são pois em número infinito. 


9. Tudo o que é criado é infinito, pois a Causa Infinita não pode criar senão infinito. Por isso tudo material, se tudo de natureza oposta à Causa Infinita, é infinitamente divisível e multiplicável (eternidade do tempo, infinidade do espaço). Só pode criar finitos em número infinito. Por isso tudo espiritual, isto é, não-espacial, como é da natureza da Causa, é indivisível. É portanto imortal.

Fernando Pessoa, ' Textos Filosóficos'


foto: Sítio das Estrelas, janine milward

Ação e Reação em potencial, Conhecimento e Devoção (Karma, Jinana e Bhakti)



Ação e Reação em potencial, Conhecimento e Devoção
(KarmaJinana e Bhakti)

Janine Milward 

Nos é dito pelos Mestres que alcançaram o Portal entre o Mundo da Manifestação e o Mundo da Não-Manifestação, que existem três etapas para que nos seja possível nos colocarmos em nosso Caminho da Iluminação, ou seja, a infinitude e iluminação eterna de nossa consciente, de nossa mente: nossa ação totalmente despida de reações em potencial negativas; o conhecimento verdadeiro; e finalmente, nossa devoção.

A ação – Karma – sempre pressupõe uma reação em potencial – Samskara. No momento em que realmente estivermos em nosso Caminho da Iluminação, nos propomos viver e agir sempre de forma que nossa mente atue dentro do bom discernimento, deixando os julgamentos errôneos ou preconceituosos de lado. Dessa forma, não criaremos reações negativas em relação às nossas ações e nos tornaremos aquilo que poderemos chamar de Semente Queimada, ou seja, a semente que não mais nasce dentro desse estágio de mundo mental em que nos encontramos agora e que nos leva a vida, morte, vida, morte, vida, morte, numa roda quase que infinita e quase que sem sentido.....

O verdadeiro conhecimento (aquele que advém do Mundo da Não-Manifestação), mesmo que traduzindo a verdade da Mente Cósmica, essa tradução já é uma realização dentro do Mundo da Manifestação, ou seja, tornou-se uma manifestação de Prakrti, a ilusão criativa, objetiva ou subjetivamente.

Assim, existe também um momento em que até do conhecimento abrimos mão, nos desapegamos: é o desapego final... para o encontro com a Mente Pura e Cósmica.

A devoção atua como o combustível para o desenvolvimento dessas duas questões anteriores, ação e reação em potencial e conhecimento. A devoção é a pureza da mente que nos instiga a nos movermos em direção à Consciência Suprema, à Mente Cósmica, ao Tao. É o mapa do caminho de volta ao lar, por assim dizer. É a ferramenta mais precisa e certeira para que possamos transpor o portal entre o Mundo da Manifestação (deixando assim Maya e Prakrti para trás) e o Mundo da Não-Manifestação (nos fusionando com a Mente Suprema, o Tao).

A devoção é a mente em seu momento de maior refinamento dentro do Mundo da Manifestação. 
Podemos realmente dizer o que é a devoção? Penso que não. Creio que a devoção é algo interiorizado, íntimo, pertencente a nosso coração e mente individualizados, não é mesmo?

E é por isso mesmo que a devoção tanto se assemelha ao Tao, a Deus, à Suprema Consciência: possui apenas interiorização.

Quando é necessário que a devoção demonstre ao exterior sua extrema interiorização, é preciso que a mente crie formas para expressar a devoção.... assim como Prakrti realiza a Criação dentro do Mundo da Manifestação, sendo inspirada sempre pelo Mundo da Não-Manifestação.


Com um abraço estrelado,
Janine Milward

Foto: Sítio das Estrelas, janine milward

O texto acima é de autoria de Janine Milward  e extraído de seu livro O Caminhante Caminhando seu Caminho - http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/

Você pode copiar ou reproduzir 
desde que sempre na íntegra 
e mencionando sua autoria e seus créditos.

A Libertação das Amarras da Ignorância


Nenhum texto alternativo automático disponível.



A Libertação das Amarras da Ignorância

Janine Milward

É absolutamente imperativo que tomemos cada vez mais o total controle de nossa mente individual no sentido de canalizá-la em seu caminho de expansão da consciência a níveis infinitos e ilimitados. Este é o Caminho da Iluminação.

Assim fazendo, estaremos cada vez mais nos libertando das amarras da ignorância. Este é o significado primordial do Tantra.

A libertação das amarras da ignorância significa a amplitude da mente, a expansão da consciência, a compreensão do Mundo da Não-Manifestação e do Mundo da Manifestação, a compreensão da Consciência Suprema e da Criação, a realização plenamente consciente da mente.

É a mente – por ser o Absoluto – a única questão que levamos de uma vida a uma morte e a uma outra vida, ao longo de nossa passagem e mutação dentro do Mundo da Manifestação. É a mente, dentro de sua capacidade de formalizar a Luz e a Não-Luz, a única questão que realmente nos une à Mente Cósmica, à Suprema Consciência.

....................

Ampliar a mente, realizar a expansão infinita e iluminada de nossa consciência, não significa necessariamente nos atermos ao conhecimento, ao intelecto, a isso, a aquilo outro.... não. Todo o conhecimento do universo pode abarcar apenas aquilo que é manifestação da Prakrti, a Energia Cósmica, chamada de ‘universo’... Pensando assim, o intelecto é apenas uma ferramenta a mais criada por Prakrti. O intelecto é apenas um aspecto do prisma do espelho da mente, assim como a totalidade do conhecimento.

......................

Importante é sermos retos e transparentes em nossas ações e em nossos pensamentos. Podemos fazer isso exercendo tarefas complicadíssimas que exijam muitíssimo de nosso intelecto ou podemos fazer isso exercendo tarefas simples, apenas sentindo e vivenciando a natureza em seu todo, sem qualquer ajuda do intelecto.

Certamente o conhecimento nos ajuda a nos libertar da escuridão da ignorância. Porém nem sempre encontramos esse conhecimento nos livros. Nem sempre esse conhecimento é voltado para as questões do Mundo da Não-Manifestação. Nem sempre esse conhecimento é aquele que passa a verdade sobre a Criação. Nem sempre esse conhecimento é despido de preconceitos ou pretensos conceitos consensuais entre os seres chamados pensantes dentro do Mundo da Manifestação. Nem sempre esse conhecimento nos amplia a mente, nos expande a consciência.

Todo o conhecimento existente dentro do Mundo da Manifestação é importante: vivemos esse mundo, em parte maior ou menor de nós mesmos, com intensidade maior ou menor de nossa mente.

No entanto, o verdadeiro conhecimento é aquele que advém do Mundo da Não-Manifestação e que pode ser alcançado através da plenitude e infinitude e iluminação da consciência, da mente.

O grande aprendizado, a grande realização de nossa mente, é saber diferenciar as questões que podem ser imajadas por estes dois mundos.... Vivenciar o Mundo da Manifestação em mesmo patamar de consciência que nos leva a vivenciar o Mundo da Não-Manifestação é a verdadeira Yoga, a verdadeira fusão entre a mente coletivizada adquirida através da realização objetivada da energia cósmica de Prakrti e a mente individualizada que consegue visualizar o mundo criado por Prakrti como uma expressão (Maya) manifestada advinda da Mente Cósmica, que por sua vez é advinda da Suprema Consciência.

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
JANINE MILWARD

Foto: Sítio das Estrelas, Janine Milward

TEXTO EXTRAÍDO DO MEU LIVRO
O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO
http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/

Sementes que nascem de novo e Sementes Queimadas

A imagem pode conter: planta, flor, árvore, atividades ao ar livre e natureza



Sementes que nascem de novo e Sementes Queimadas


Janine Milward

O Retorno à Fonte Original realizado pela mente expansionada buscando sua iluminação e infinitude, acontece quando o homem decide caminhar seu Caminho da Iluminação.

O Caminho da Iluminação alcança sua plenitude quando o homem torna-se Homem Sagrado, com mente iluminada e infinita.

No entanto, esse homem tornado sagrado, ainda é considerado Semente que nasce de novo, ainda pertence à Roda da Vida, a Samsara, na medida que, ao morrer parte para verdadeiros Nirvanas, sim, porém ainda precisa retornar à encarnação, à materialização, para poder bem realizar seu Caminho da Liberação, ou seja, vida iluminada e infinita e então, finalmente, tornar-se a Semente Queimada, já tendo conquistado plenamente a finalização de sua Samsara, a Roda das Encarnações, assim como a conhecemos.

O homem sempre se encontra diante de duas possibilidades em relação ao fato dele, o homem, como tudo no universo, ser uma semente. Num primeiro momento, poderíamos pensar que é bom "ficar para semente". Certamente também esse ponto de vista é correto quando quer significar deixar bom trabalho e bons exemplos como herança na Terra...

Mas, por outro lado, a sabedoria do Tantra (Tantra significa libertação da escuridão da ignorância) e revelada por seu mestre, Srii Srii Anandamurti, nos diz que existem homens e Homens Sagrados, ou seja, existem as sementes que voltam a produzir (re-encarnarem novamente na Terra ou em outros planetas do mesmo nível) ou existem as sementes "queimadas", aquelas que não mais precisam voltar - ou que não mais voltam - a encarnar dentro dos parâmetros que conhecemos e compreendemos como ‘encarnação’.

Assim o homem é aquele que é a semente que nasce de novo e o Homem Sagrado é aquele que representa a "semente queimada", Dagdhabiija.

A "semente queimada" existe a partir da queima total de todos os Samskaras, provido o fato de que também não existem mais criações de Karmas - sempre a ação é correta não produzindo, dessa maneira, sua reação em potencial.

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
JANINE MILWARD

Foto: Sítio das Estrelas, Janine Milward

TEXTO EXTRAÍDO DO MEU LIVRO
O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO
http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/

Consciência e Discernimento

A imagem pode conter: planta, árvore, atividades ao ar livre e natureza

Consciência e Discernimento

Janine Milward

Sabedores que, para não mais fazermos parte da Samsara, a Roda das Encarnações assim como a conhecemos, temos que realizar a total queima de todas as reações, negativas ou positivas – os Samskaras – para nos tornamos Sementes Queimadas e plenamente realizarmos nosso Caminho da Iluminação e Caminho da Liberação..., nos vem à mente a questão fundamental:


- Como então podemos ir além dos Karmas e Samskaras?

Esse é o papel da consciência. O que é consciência? Consciência é discernimento – Viveka.

Essa consciência discriminativa, esse discernimento, sempre está entre a escolha de realizar uma ação boa ou uma ação ruim – existe então um julgamento.

Quando se age corretamente, Vidya, temos a consciência regendo a mente e podemos retornar à Consciência Suprema. A ação incorreta leva à degradação, Avidya.

O bom discernimento, Viveka, precisa muito bem definir a diferença entre aquilo que é eterno, Sat, e aquilo que é transitório, Asat. Também é importante discernir entre a dualidade e a unidade. O mundo da coletividade, Jiiva, acolhe o transitório e a dualidade. Somente a Suprema Consciência é a própria eternidade, é a própria unidade, Shiva.

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
JANINE MILWARD

Foto: Sítio das Estrelas, Janine Milward

TEXTO EXTRAÍDO DO MEU LIVRO
O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO

http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/

Ação, conhecimento e Devoção Karma, Jinana e Bhakti

Nenhum texto alternativo automático disponível.



Ação, conhecimento e Devoção
Karma, Jinana e Bhakti


Janine Milward

Compreendemos que o homem é aquele que funciona sua mente através do intelecto – que é extremamente limitado... Quando a mente consegue ultrapassar a limitação do intelecto, ela atinge a plenitude do Conhecimento.

O Conhecimento, Jinana, é muito importante porque é o instrumento que nos ajuda a identificar nossa meta e como alcançá-la.

Conhecendo nossa meta, é preciso a Ação, Karma, para se chegar até a ela. A Ação, sem reação, sem Samskara, é Karma. Apenas agir o Karma, a Ação, mecanicamente, não nos leva ao aprofundamento em nossa essência espiritual – é preciso então, Bhakti, a Devoção.

Uma vez tenhamos obtido a plenitude do Conhecimento, podemos jogá-lo fora, prescindir dele, porque o mais importante em nosso Caminho para a Liberação é a Ação plena de Devoção. Assim, o Conhecimento apenas não é suficiente para se alcançar a Suprema Consciência, o Tao da Criação.

O Conhecimento tem que ser aliado à Ação, Karma, e fundamentalmente, à Devoção, Bhakti. Dessa forma, a Devoção, Bhakti, é a meta final a ser atingida para que o aspirante espiritual possa vivenciar e ultrapassar seus Samskaras adquiridos.

Em suma, a essência de tudo é conseguirmos usar nossa mente, nossa consciência discriminativa, nosso discernimento, nosso julgamento – Viveka – para irmos além do intelecto, que é extremamente limitado. Assim fazendo, conseguimos realizar os três princípios fundamentais – Conhecimento, Ação e Devoção – de maneira plena para alcançarmos nossa meta, a Consciência Suprema . Esse é o Caminho da Liberação.

Assim, a conclusão é: enquanto existirem Samskaras, não existe Liberação. Qualquer ação, seja boa ou seja ruim, cria Samskaras. Se praticamos uma boa ação, trazemos boas reações, bons Samskaras para nossa vida: se praticamos uma má ação, trazemos Samskaras ruins para nossa vida....

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
JANINE MILWARD

Foto: Sítio das Estrelas, Janine Milward

TEXTO EXTRAÍDO DO MEU LIVRO
O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO
http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/

homem, Homem-Sagrado, a Semente Queimada, Dagdhabiija, e o Bodhisattva

A imagem pode conter: planta, árvore, ponte, céu, atividades ao ar livre, água e natureza


homem, Homem-Sagrado,
a Semente Queimada, Dagdhabiija, e o Bodhisattva


Janine Milward

Ao final do Caminho da Iluminação, já como Homens-Sagrados-a-virem-a-ser, temos em frente a nós um momento absolutamente decisivo em relação à maneira como vivenciamos nosso Dharma e como agimos nosso Livre-Arbítrio.... A pergunta se faz: vamos continuar, seguir em frente, ou vamos parar? Ou seja, vamos nos colocar em nosso Caminho da Liberação realmente nos tornarmos Homens-Sagrados com a transmutação plena de nosso corpo físico em Corpo de Luz – com mente e vida infinitas e iluminadas?

E, em seguindo nosso Caminho da Liberação, conseguimos finalmente – após tantas e tantas encarnações – nos tornarmos uma estrela, um Homem-Sagrado.... qual deverá ser nosso caminho?

..... Devemos nos tornar a Semente Queimada, Dagdhabiija, que sai da Roda das Encarnações assim como a conhecemos e nos lançarmos como mentores ou guardiões da vida em desenvolvimento da Mente Cósmica dentro desse nosso Sistema Solar.... ou em outro lugar da Galáxia... ou em outra galáxia, quem sabe em outro universo, ou ainda além, quem sabe dar berço a um novo universo?

..... Ou devemos nos tornar um Bodhisattva, um ser de compaixão, que ainda prefere continuar atado à Roda da Vida, encarnando no Planeta Terra – correndo o risco de praticar Karmas negativos e colher Samskaras negativos (embora sua mente infinita e iluminada – e sua vida infinita e iluminada - o orientem quanto a isto) – para ajudar a levar a luz da consciência a todos os seres que aqui vivem... até o último deles conseguir sua Iluminação (e Liberação)?
....................

Como vemos, Karma e Samskara, Ação e Reação em potencial, e Dharma e Livre-Arbítrio caminham juntos, todo o tempo, tecendo uns aos outros: o Dharma nos fazendo vivenciar nossos atos a partir do nosso Livre-Arbítrio, sempre estruturados no ser essencial que existe dentro de nós e que vai sendo elaborado - em ações e reações em potencial, Karmas e Samskaras - construindo a ampliação de nossa mente em consciência coletiva, inicialmente, e posteriormente, em consciência unitária – à semelhança da Consciência Cósmica, a Suprema Consciência.

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
JANINE MILWARD

Foto: Sítio das Estrelas, Janine Milward

TEXTO EXTRAÍDO DO MEU LIVRO
O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO
http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/

O Caminho da Iluminação: Mente Iluminada e Infinita

A imagem pode conter: planta, atividades ao ar livre e natureza


O Caminho da Iluminação: Mente Iluminada e Infinita

Janine Milward

Quando o Caminhante, após um longo tempo de trabalho espiritual através do exercício do Tao, o Caminho e do Te, a Virtude, e do aprofundamento na meditação, alcança, finalmente, a infinitude e iluminação da mente, já não mais existe retorno ou mesmo estacionamento neste mesmo Caminho, não.

A infinitização e a iluminação da mente pressupõem que o Caminhante – já Homem Sagrado – possa se tornar o co-autor de sua própria criação bem como de todo o restante da Criação. Isso porque ele já realizou a fusão de sua mente coletivizada, Jiiva, com a Mente Unitária, a Mente Cósmica, Shiva.

Porém, a infinitização e a iluminação da mente não retiram o Caminhante da Samsara, a Roda da Vida, as encarnações em um Planeta de materialização plena, assim como a Terra, porque é ainda dentro da vida encarnada que a preservação do Elixir da Vida pode ser amadurecido e processado – questões que serão tratadas quando o Caminhante se colocar no Caminho da Imortalidade ou Iluminação.

No entanto, o fato de possuir a mente infinita e iluminada e o Elixir da Vida em sua essência já fazendo parte da mente, certamente leva o Caminhante, neste estágio, a compreender que não existe outro caminho a ser realizado dentro da encarnação!

Se acontecer do Caminhante ainda dentro da mesma encarnação tiver tempo para trabalhar o seu Elixir da Vida realizando seu Caminho da Imortalidade ou Liberação, ótimo. Se não, o Caminhante sai desta vida carregando em sua mente a essência do Elixir da Vida e na encarnação seguinte, ‘desperta’ para a vida espiritual já com sua base plenamente bem estruturada – porque já traz consigo a infinitização e iluminação da mente bem como a essência do Elixir da Vida bem preservada.

Dessa forma, o Caminhante, após seu jovem ‘despertar’, já como mestre, possivelmente conseguirá, em sua nova encarnação, realizar plenamente o processamento da essência do Elixir da Vida em real vida – a Alquimia do Caldeirão, a transmutação de seu corpo físico em Corpo de Luz – o Caminho da Imortalidade ou Liberação, que lhe trará também a iluminação e a infinitização de seu corpo físico, transformando o Caminhante – já como Homem Sagrado – em uma Estrela de Seis Pontas, aquela que bem realiza a fusão entre o céu e a terra, entre mente e vida e Mente e Vida Cósmicas.

É por isso, então, que o alcance da mente iluminada e infinita – o que já significa uma longa viagem espiritual, certamente, não retira o Caminhante da Roda da Vida, a Samsara, ao contrário, exatamente por possuir a expansão plena de sua mente, este compreende que é somente dentro da encarnação, da materialização que a vida advinda do seu Elixir da Vida poderá realmente acontecer.

No entanto, entre uma encarnação e outra, o Caminhante, o mestre, já poderá usufruir e compartilhar da companhia de seres mais elevados e isso faz com que a mente iluminada e infinita não se perca da essência do Elixir da Vida e permaneça ativa, aguardando o momento adequado para uma nova descida à materialização do corpo físico.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward
FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward