Os Eclipses Solares na Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento






Os Eclipses Solares
na Astrologia da Alma 
e do Auto-Conhecimento


Janine Milward



O momento de um eclipse solar é sempre um instante de interiorização, de contacto com o Vazio que existe dentro de nós, demonstrado pelo Vazio que preenche a Luz do Sol, que simboliza a Criação e o Poder da Criação. 

No entanto, é o Vazio aquele que estrutura a Criação e o Poder da Criação... Dessa maneira, sempre o evento de um eclipse do Sol é importante para que cada um de nós busquemos a Criação e o Vazio dentro de nós - o Yang e o Yin.

É tempo de presenciarmos dentro de nossos corações o verdadeiro enlace do Grande Pai e da Grande Mãe que existe dentro de nós, em nossa encarnação e também em nosso Espírito e em nossa Alma. 

É o grande encontro entre o Céu e a Terra, tendo a nós, os homens com mentes atuantes, como aqueles que podem realizar e compreender esse Encontro Celeste.

Na Meditação, o momento do êxtase pleno não é simplesmente o momento do ingresso na Grande Luz do Sublime Yang.... é fundamentalmente o momento do ingresso na Grande Não-Luz do Sublime Yin, o Vazio Supremo, a fusão com a Suprema Consciência, com o Tao da Criação.

Também dentro de nosso Mapa Astral Natal é interessante observamos o ponto onde cai o eclipse do Sol em relação à Casa e seus aspectos com outras Casas e outros Planetas e estrelas fixas. 

Não devemos nos esquecer que nosso Mapa é o Risco do Bordado tecido por nossa alma ao ingressar na matéria, na Terra. Sendo assim, todos esses eventos celestes importantes sem dúvida alguma colocam suas marcas em nossa vida.

Arquetipicamente, o Sol é a imagem do Grande Pai, do Sublime Yang, e a Lua é a imagem da Mãe, do Sublime Yin. 

No momento do encontro do Sol e da Lua, acontece a verdadeira simbiose, a verdadeira fusão, o maravilhante casamento do Yang e do Yin. Tudo cessa, para tudo novamente re-começar.

O Eclipse do Sol sempre marca algo que vai terminar e algo que vai começar. E entre este término e seu novo começo existe um hiato, um vazio.

Portanto, dentro de nosso Mapa Astral, o ponto do encontro do Sol e da Lua nos revela o lugar aonde tudo tem um final para dar lugar a um novo começo. 

É um ponto de compreensão, de sabedoria, de fusão com o Céu e a Terra, com o pai e com a mãe, com o Yang e com o Yin.


O Eclipse Solar acontecendo junto à Cabeça do Dragão
e a Mãe-Gaia, a Terra/Homem, acontecendo junto à Cauda do Dragão:

O Nodo Norte, a Cabeça do Dragão, vem nos falar de tudo aquilo que é futuro a partir do nosso momento presente. É sempre o aqui-e-agora voltado para o futuro, é o salto do Guerreiro Espiritual para vivenciar suas outras vidas vindouras neste aqui e agora de sua encarnação. É a outra face da moeda, o revirão da vida, o recomeço, o renascimento. Para melhor viver o futuro, é sempre bom entrar no Vazio, esvaziar tudo, tudo, abrir-se para o Tudo, o Nada e o Todo.  

Portanto, estando o Sol e a Lua encenando o momento cíclico mensal da Lua Nova e ambos atuando de forma inteiramente equilibrada dentro da linha dos Nodos em relação às suas órbitas e à órbita da terra, podemos compreender que esse momento deve trazer ao Planeta Terra a possibilidade de abertura de seus novos caminhos em termos de sua evolução, apontando para as questões divisadas dentro do leque de arquétipos contidos no signo onde o essa cena se encontra!

O Nodo Sul, a Cauda do Dragão, por outro lado, vem nos falar de tudo aquilo que é passado. E, em sendo passado, não deve retornar, não deve ser retido, apenas lembrado.... Então, o melhor a ser feito é deixar aquilo que não mais tem sentido ou valor, para trás, pertencendo ao passado.  Aqui encontraremos a Terra, nossa Mãe-Gaia, atuando no sentido de ainda conservar para si uma série de assimilações e des-assimilações realizadas pelo Sol e pela Lua no Nodo Norte, e cabe à Terra conservar para si tudo aquilo que é aconselhável permanecer ainda em cena e deixar para trás tudo aquilo que deve ser deixado para trás.

O Eclipse Solar acontecendo junto à Cauda do Dragão
e a Mãe-Gaia, a Terra/Homem, acontecendo junto à Cabeça do Dragão:

Sol e Lua conjugados à Cauda do Dragão, estarão possivelmente podendo restaurar  tudo aquilo que é passado em termos de concretização e de trabalho e de serviço no Planeta Terra e que serve para ser reorientado para o futuro e sua renovação;  a Terra estará plenamente adentrada e conjugada à Cabeça do Dragão, olhando para o caminho que segue para o futuro e sua renovação.

Sendo a Lua Nova um momento de conclusão plena do ciclo anterior e de abertura dos novos começos do ciclo a-vir-a-ser, o Sol e a Lua conjugados à Cauda do Dragão tendem a expelir, deixar ir, considerar real passado, tudo aquilo que não mais deverá pertencer ao novo ciclo.  E as questões que estão sendo atualizadas e assimiladas para assumirem um novo contexto de ciclo, são atuadas pela Terra/Homem dentro da Cabeça do Dragão.


O Trem da Vida é a memória da alma sobre si mesma, seus registros, suas lembranças, suas afinidades e não-afinidades. Quando a alma escolhe aquele determinado momento para a sua materialização nesse planeta - o mapa astral, seu Risco do Bordado - esse momento do código universal e divino revelado pelas estrelas e pelos planetas é, sem dúvida alguma, a história da alma condensada e concentrada naqueles arquétipos, revelando tudo o que a alma necessita para cumprir seus Karmas e Samskaras - ações e reações em potencial - e seu Dharma - sua maneira natural e essencial de ser - durante sua passagem nesta Estação, nesse seu momento do aqui-e-agora.

E não podemos nos esquecer que um arquétipo contém em si mesmo uma infinidade de possibilidades de formas de manifestação. É como um leque contendo todas as gradações de cores, do branco ao preto, passando por todas as possibilidades das cores que conhecemos em nosso mundo de terceira dimensão e também aquelas que podemos intuir no mundo das quarta ou da quinta dimensões. O arquétipo simplesmente existe a partir da possibilidade da mente compreendê-lo e a partir disso, vivenciá-lo. É por isso, então, que um enorme número de pessoas pode nascer sob um mesmíssimo mapa astral e cada alma/mente vai vivenciar seu mapa e sua vida de maneira diferente sem, no entanto, estar fugindo ao mesmo arquétipo....

O Trem da Vida traz o número de vagões de locomotivas que a alma necessita para cumprir sua evolução Kármica e Dharmica. E quando estamos em frente ao mapa astral composto pela alma fusionada à matéria, temos que entender que tudo o que realmente importa é o aqui-e-agora revelado por esse momento de nascimento. Tudo o que temos que trabalhar é com o instrumento do aqui-e-agora, porque primeiramente, os arquétipos revelados pelo código celeste cristalizado no mapa astral correspondem idealmente ao desejo da alma em sua materialização nesse planeta e nesse momento; e, em segundo lugar, sabemos que passado, presente e futuro estão sempre entrelaçados no aqui-e-agora.

Nosso mapa astral natal, nosso Risco do Bordado, expressa nosso hoje mas também certamente expressa nosso ontem e nosso amanhã. Trocando em miúdos: expressa nossa encarnação atual, um bom conjunto de encarnações anteriores e o potencial das próximas encarnações!

Dentro do Trem da Vida não tem espaço para a imutabilidade plena. Aliás, não existe imutabilidade plena - com exceção ao Tao da Criação! A única lei fundamental da Criação em si é que tudo sempre está em transmutação, dentro do Eterno Retorno.

Sendo assim, o Trem da Vida vem todo o tempo nos lembrar dessa verdade fundamental sobre a vida: somos hoje a síntese daquilo que viemos sendo no passado e o potencial daquilo que poderemos vir-a-ser, no futuro.


Com um abraço estrelado,
Janine Milward

TEXTO EXTRAÍDO de minha obra SEU LIVRO DE VIDA
Volume 09 – INTERAÇÕES ENTRE TERRA/HOMEM E LUA E SOL



Em tempo de Eclipses Lunar e Solar, entenda mais SOBRE NODOS LUNARES, ECLIPSES E SAROS


Saiba mais sobre o Trem da Vida 
acessando

Foto do sol totalmente eclipsado acoplado á pintura do dragão Rahu, da mitologia hindú.  Foto realizada por Jacques Guertin e pintura por I.M. Siidigrta. Publicação de capa da revista Sky & Telescope, edição de março de 1996, anunciando o artigo “When Rahu Devoured the Sun” sobre o eclipse total acontecido na Asia em 24 de outubro de 1995. Artigo assinado por M. Barlow Pepin – Sky publishing Co., Ma., USA.


Sobre os Eclipses do Sol e da Lua na Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento





Sobre os Eclipses do Sol e da Lua
na Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento

Janine Milward

Sol: Espírito, o Sublime Yang, a Luz
Lua: Alma, o Sublime Yin, a Não-Luz
Terra e Homem: Trabalho e Iluminação plenamente materializados


Dentro do processo de evolução da Alma e do Espírito - rumo ao seu fusionamento com o Tao da Criação -, nosso Sistema Solar atua como um lugar onde existe a vida em sua plenitude de materialização, assim como a conhecemos.

Estamos nós encarnados aqui, no Planeta Terra - lugar de plenitude de materialização, Estação de Trabalho e de Iluminação.  O Trabalho é algo que deve ser realizado a partir da capacidade de cada um de nós, e da fusão entre nosso Dharma, nosso índole essencial, e de nossos Karmas e Samskaras - ações e reações em potencial - que deverão ser resgatados em nossa vida. 

 A plenitude da materialização no Planeta Terra nos possibilita realizarmos todas essas nossas intenções de evolução pois Luz é Matéria: é somente dentro de um Planeta que acolha a encarnação assim como a conhecemos é que existe a possibilidade de podermos realizar nosso Trabalho e fundamentalmente e em igual tempo, nossos Caminhos da Iluminação e, posteriormente, da Liberação.

Para que a natureza possa realizar sua evolução dentro do Planeta Terra, vemos que existe uma longa caminhada.  Aliás, Lao Tse, o Mestre do Tao, nos diz sempre que uma longa jornada começa com o primeiro passo.  E o primeiro passo, eu diria, é relacionado ao Sol, a manifestação do Sublime Yang; o segundo passo à Terra, a manifestação da mente suprema através a Criação; e o terceiro passo é relacionado à Lua, o Sublime Yin - sendo que os passos segundo e terceiro são inter-relacionados, certamente.  Tudo isso compõe a Trindade Primordial: pai, mãe e filho.

A Lua, o Sublime Yin, antes de mais nada, vem imajar nossa Alma que traz em seu bojo, nosso Espírito - que por sua vez será imajado por nosso Sol. 

A Lua, ou melhor, a Alma, vem encarnando e se materializando ao longo da vida do nosso Universo.  Esse sentido de histórico de encarnação e de enraizamento da Alma nos é imajado através da Lua.

O Sol, o Sublime Yang, é a imagem mais semelhante ao nosso Espírito - que se aloja dentro da Alma que se encarna no Planeta Terra.  

Nosso Espírito é ligado ao Tao da Criação e se materializa através nossa Alma nesse Planeta Terra, lugar de Trabalho e de Iluminação.  Nosso Espírito é um pedacinho do Absoluto do Tao da Criação.

A Lua é o arquétipo da mãe - tanto em seu sentido divino como principalmente, em seu sentido materializado.  Portanto, é através da Lua que nos enraizamos no Planeta Terra, que fundamentamos nossas raízes planetárias, que encontramos nossa família, nosso lar, nosso abrigo.

O Sol é tudo aquilo que nos reflete a idéia primordial de Deus, do Tao da Criação, da Suprema Consciência. A Lua é tudo aquilo que reflete a idéia da concretização em materialização da idéia primordial de Deus, do Tao da Criação, da Suprema Consciência.

Não podemos nos esquecer que sempre a Terra/Homem estará em posicionamento oposto e complementar ao Sol - e certamente assim compreendemos porquanto estamos nós aqui encarnados e é dentro do ponto de vista geocêntrico que podemos descrever os eventos acontecidos dentro da Trilogia contenedora da Terra/Homem e Sol e Lua!  Somos sempre a platéia, o grande público do Espetáculo da Vida atuado pelo Sol e pela Lua.

Sempre a sombra projetada no disco da Lua ou no disco do Sol será pertencente à Terra/Homem: no caso do Eclipse da Lua, essa sombra é a própria Terra/Homem que se coloca entre o Sol e a Lua.  No caso do Eclipse do Sol, a sombra da Terra/Homem é projetada contra o disco da Lua, que por sua vez, está passando diante do  disco do Sol.

Portanto, sempre a Sombra da Terra/Homem será a possibilidade máxima que temos de nos projetarmos astronomicamente e visivelmente em nosso Pai Sol e em nossa Mãe Lua - em tempos de Eclipses Solar e Lunar!  É a confirmação de nossa existência!    

Haverá um momento, em longínquo futuro, quando não mais acontecerão Eclipses Totais do Sol, infelizmente, e sim apenas Eclipses Parciais e Anulares - porque existe um afastamento discretíssimo da Lua em relação à Terra e chegará o tempo em que o disco da Lua não mais esconderá plenamente o disco do Sol.

Portanto, em tempos de Eclipses do Sol ou da Lua, sempre estaremos vivenciando de forma extremamente visível e objetivada nossa Trilogia fundamental de Vida: Terra/Homem e sua inter-relação com a Lua (o Dragão do Céu em sua Cauda e em sua Cabeça, os Nódulos Lunares, o Trem da Vida em seus Vagões e em sua Locomotiva e nossa movimentação em relação ao Sol!

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

TEXTO EXTRAÍDO de minha obra SEU LIVRO DE VIDA
Volume 09 – INTERAÇÕES ENTRE TERRA/HOMEM E LUA E SOL


Em tempo de Eclipses Lunar e Solar, 

entenda mais 

SOBRE NODOS LUNARES, ECLIPSES E SAROS

Sol, Lua, Terra/Homem e a Mandala Astrológica

Olá!

Nestes momentos em que sabemos
 que nesta segunda-feira, dia 21 de agosto, 
estará acontecendo 
um eclipse total do Sol
eu gostaria de poder trazer a você, 
Caro Leitor,
 textos meus comentando sobre os simbolismos 
de Sol, Lua 
e Terra/Homem 
(onde nos encontramos) 
e ainda todas estas questões primordiais 
podendo ser apresentadas 
através nosso Risco do Bordado,
 nossa Mandala Astrológica, 
nossa carteira de identidade cósmica 
que registra nosso momento exato 
de encarnação na Terra, 
Planeta de Trabalho e de Iluminação.







SOL, LUA, TERRA/HOMEM 
E A MANDALA ASTROLÓGICA

Janine Milward


Sol: 
Espírito, o Sublime Yang, a Luz

Lua: 
Alma, o Sublime Yin, a Não-Luz

Terra e Homem:
Trabalho e Iluminação plenamente materializados

Ascendente: 
a Mandala Astrológica, nosso Risco do Bordado, nosso mapa astral natal, vem nos apresentar o entrecruzamento entre tempo e espaço delineados, tecidos como melhor momento e como melhor lugar para que nossa Alma e nosso Espírito possam se expressar através nosso Ego encarnado: é formada nossa Personalidade, nossa Persona, nossa Máscara e nosso corpo físico, nosso envoltório, digamos assim, no Planeta Terra.



A Criação acontece a partir da Suprema Consciência, Paramapurusa, Tao, inteiramente interiorizado e somente pode vir a ser expresso através de o Tao da Criação.  A Suprema Consciência está para ainda além do Mundo da Não-Manifestação e o Tao da Criação já se encontra no Portal entre os Mundos da Não-Manifestação e da Manifestação, e o elo de ligação realizado através a Mente. 

A Mente da Criação,  por sua vez, faz nascer de si o ciclo de Brahma (Deus Supremo), ou seja, do sutil ao denso e seu retorno ao sutil, do mundo da não-manifestação ao mundo da manifestação e seu retorno ao mundo da não-manifestação. 

O Ciclo de Brahma pode acontecer somente através da inter-ação entre a Não-Luz e a Luz (Sublime Yin e Sublime Yang) que são operadas através da mente construtora - aquilo que denominamos de Prakrti, o princípio operativo que realiza a possibilidade da Criação dentro do Mundo da Manifestação - e a mente projetora da possibilidade da Criação - aquilo que denominamos de Maya, a Criação projetada (assim como se fosse um filme sendo projetado em sala escura, contra a tela branca).

O Espírito é nossa parte da energia fusionada com o Tao da Criação.  Portanto, é eterno e pode ser expresso dentro do tempo e do espaço através a Alma. 

A Alma é nossa parte da energia do Espírito e sua função é a de expressar a energia do Espírito, que é eterno, dentro do tempo e do espaço e por isso mesmo, possui duração, começo meio e fim... que é o Ourobouros que vai religando a vida e a não-vida - assim como a cobra morde a cauda, formando o Oito do processo de interação entre vida e morte, entre as encarnações propriamente ditas e os tempos in-between, entre uma encarnação e outra (no Planeta Terra ou em outros Planetas de plenitude de materialização e dentro do nível da escalada espiritual da Alma e do Espírito).

Essa longa escalada espiritual e encarnada da Alma e do Espírito tem como única premissa nosso fusionamento pleno ao Tao da Criação - assim nos dizem os grandes Mestres espirituais.  Para que esse fusionamento possa vir a acontecer em sua plenitude e em sua consciência, existe um longo processo de evolução da Alma e do Espírito dentro da matéria e através os reinos mineral, vegetal, animal e humano.  Segundo Srii Srii Anandamurti, a meta da vida humana é se fusionar a Paramapurusa, ao Tao.

Dentro do processo de evolução da Alma e do Espírito - rumo ao seu fusionamento com o Tao da Criação -, nosso Sistema Solar atua como um lugar onde existe a vida em sua plenitude de materialização, assim como a conhecemos.  Sendo assim, tudo aquilo que faz parte de nosso Sistema Solar possui sua Alma própria que contém em si mesmo, em seu bojo, seu Espírito - que, por sua vez, é parte constante da grande multiplicidade que advém da Unicidade Absoluta do Tao da Criação.

Estamos nós encarnados aqui, no Planeta Terra - lugar de plenitude de materialização, Estação de Trabalho e de Iluminação.  O Trabalho é algo que deve ser realizado a partir da capacidade de cada um de nós, e da fusão entre nosso Dharma, nosso índole essencial, e de nossos Karmas e Samskaras - ações e reações em potencial - que deverão ser resgatados em nossa vida. 

O Planeta Terra permite que toda a natureza - assim como nós a conhecemos - vá realizando seu processo de transmutação dentro do Eterno Retorno da Luz e da Não-Luz, do entrelaçamento entre o Sublime Yang e o Sublime Yin.  São necessárias bilhões e bilhões de reencarnações - de vivências sucessivas - para que possamos evoluir juntamente com o Planeta e nos tornarmos seres humanos: aqueles que estão a caminho de se tornarem co-criadores da Criação, ao se fusionarem ao Tao da Criação, através os Caminhos do Trabalho, da Iluminação e da Liberação.

A plenitude da materialização no Planeta Terra nos possibilita realizarmos todas essas nossas intenções de evolução pois Luz é Matéria: é somente dentro de um Planeta que acolha a encarnação assim como a conhecemos é que existe a possibilidade de podermos realizar nosso Trabalho e fundamentalmente e em igual tempo, nossos Caminhos da Iluminação e, posteriormente, da Liberação.

No momento em que o homem assume seu desenvolvimento de mente e alcança sua consciência, ele se torna Homem e se aglutina à própria Terra.

Portanto, podemos dizer que toda a natureza da Terra é igual à própria Terra em si.  Podemos dizer que toda a natureza pode ser sintetizada dentro da palavra Homem. Podemos, portanto, inferir que Terra = Homem.

Sendo assim, ao nos posicionarmos por sobre o Planeta Terra, estamos ao mesmo tempo, nos posicionando entre o Bailado do Sublime Yang e do Sublime Yin, do Sol e da Lua - ambos em relação a nós, como um todo, toda a natureza que povoa o Planeta Terra e o próprio planeta em si.

E por isso mesmo, o homem estará fazendo parte constante do Bailado do Sol e da Lua nos céus.  E certamente, estará fazendo parte constante do Bailado da Lua e da Terra.  E o Bailado realizado entre a Lua e a Terra - acolhendo o homem, sempre - estará também realizando o integração do Homem com a Terra e da Terra/Homem com a Lua e com o Sol).Bailado Lua/Terra e Sol, ao longo dos nossos movimentos de rotação e de translação e de precessão de equinócios, sem dúvida alguma!

Nossa Mandala Astrológica, nosso Risco do Bordado, nosso mapa astral natal, vem expressar não somente essa Trilogia Terra/Homem, Lua e Sol como também o inter-relacionamento dessa Trilogia fundamental com nossa família instaurada em nosso Sistema Solar, apresentando nossos irmãos-Planetas demais familiares nossos (Asteróides e Planetóides) e os Pontos.

Sabemos que dentro do Mundo da Manifestação existe a inter-relação entre o Sublime Yang e o Sublime Yin - a Luz e a Não-Luz - sendo realizada através o Tempo e o Espaço.  Essa inter-relação tanto acontece de forma macro quanto acontece de forma micro, ou seja, é expressada através a formatação original de nosso Risco do Bordado, ou seja, nossa encarnação no Planeta Terra sendo realizada em um determinado momento cósmico, reunindo Espaço (Planeta Terra) e Tempo dentro do Mundo da Manifestação.

Esse tempo acontece, então, através nosso momento de primeira inspiração e de primeira expiração, já no Planeta Terra, nosso espaço que nos acolhe nessa encarnação que traz em seu bojo nossa Alma aliada ao nosso Espírito e tudo isso acontecendo através nosso corpo físico.

Portanto, nosso mapa astral natal vem nos apresentar o entrecruzamento entre tempo e espaço delineados, tecidos como melhor momento e como melhor lugar para que nossa Alma e nosso Espírito possam se expressar através nosso Ego encarnado: é formada nossa Personalidade, nossa Persona, nossa Máscara e nosso corpo físico, nosso envoltório, digamos assim, no Planeta Terra.

E tudo isso é formalizado a partir do Ascendente - o lugar apontando para o leste dos céus e da terra no momento de nossa encarnação propriamente dita.  A partir do Ascendente, todo o Risco do Bordado vai sendo tecido, acolhendo nosso Sol e nossa Lua e nossos irmãos e demais parentes e pontos, formando nossa fotografia do céu em relação à latitude e à longitude na Terra, onde estamos nascendo!

Com um abraço estrelado,
Janine Milward
TEXTO EXTRAÍDO de minha obra SEU LIVRO DE VIDA
Volume 09 – INTERAÇÕES ENTRE TERRA/HOMEM E LUA E SOL



O Caminho da Iluminação



O Caminho da Iluminação

Janine Milward 

É absolutamente imperativo que tomemos cada vez mais o total controle de nossa mente individual no sentido de canalizá-la em seu caminho de expansão da consciência a níveis infinitos e ilimitados. Este é o Caminho da Iluminação.

Assim fazendo, estaremos cada vez mais nos libertando das amarras da ignorância. Este é o significado primordial do Tantra.

A libertação das amarras da ignorância significa a amplitude da mente, a expansão da consciência, a compreensão do Mundo da Não-Manifestação e do Mundo da Manifestação, a compreensão do Tao e da Criação, a realização plenamente consciente da mente.

É a mente – por ser o Absoluto – a única questão que levamos de uma vida a uma morte e a uma outra vida, ao longo de nossa passagem e mutação dentro do Mundo da Manifestação. É a mente, dentro de sua capacidade de formalizar a Luz e a Não-Luz, a única questão que realmente nos une ao Tao – que é a Mente Cósmica, a Suprema Consciência.

...............................................

Ampliar a mente, realizar a expansão infinita e iluminada de nossa consciência, não significa necessariamente nos atermos ao conhecimento, ao intelecto, a isso, a aquilo outro.... não. Todo o conhecimento do universo pode abarcar apenas aquilo que é manifestação da Prakrti chamada de ‘universo’... Pensando assim, o intelecto é apenas uma ferramenta a mais criada por Prakrti. O intelecto é apenas um aspecto do prisma do espelho da mente, assim como a totalidade do conhecimento.

..................................................

Importante é sermos retos e transparentes em nossas ações e em nossos pensamentos. Podemos fazer isso exercendo tarefas complicadíssimas que exijam muitíssimo de nosso intelecto ou podemos fazer isso exercendo tarefas simples, apenas sentindo e vivenciando a natureza em seu todo, sem qualquer ajuda do intelecto.

Certamente o conhecimento nos ajuda a nos libertar da escuridão da ignorância. Porém nem sempre encontramos esse conhecimento nos livros. Nem sempre esse conhecimento é voltado para as questões do Mundo da Não-Manifestação. Nem sempre esse conhecimento é aquele que passa a verdade sobre a Criação.

 Nem sempre esse conhecimento é despido de preconceitos ou pretensos conceitos consensuais entre os seres chamados pensantes dentro do Mundo da Manifestação. Nem sempre esse conhecimento nos amplia a mente, nos expande a consciência.

Certamente que todo o conhecimento existente dentro do Mundo da Manifestação é importante: vivemos esse mundo, em parte maior ou menor de nós mesmos, com intensidade maior ou menor de nossa mente.


No entanto, o verdadeiro conhecimento é aquele que advém do Mundo da Não-Manifestação e que pode ser alcançado através da plenitude e infinitude e iluminação da consciência, da mente.

O grande aprendizado, a grande realização de nossa mente, é saber diferenciar as questões que podem ser imajadas por estes dois mundos.... Vivenciar o Mundo da Manifestação em mesmo patamar de consciência que nos leva a vivenciar o Mundo da Não-Manifestação é a verdadeira Yoga, a verdadeira fusão entre a mente coletivizada adquirida através da realização objetivada da energia cósmica dePrakrti e a mente individualizada que consegue visualizar o mundo criado por Prakrti como uma ‘ilusão (Maya) necessária, porém não a verdadeira realidade’.


Com um abraço estrelado,
Janine Milward

Foto: Sítio das Estrelas, janine milward


O texto acima é de autoria de Janine Milward  e extraído de seu livro O Caminhante Caminhando seu Caminho - http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/

Você pode copiar ou reproduzir 
desde que sempre na íntegra 
e mencionando sua autoria e seus créditos.

Mente e Luz




Mente e Luz

Janine Milward 


A mente é manifestada através da Luz. Tudo é Luz. Toda a Criação advinda do Mundo da Manifestação (que é oriundo do Mundo da Não-Manifestação) é o exercício da mente através da formalização da Luz.

No entanto, essa energia mental formalizada através da Luz é tão somente uma manifestação mental. Toda a Criação é tão somente uma manifestação mental formalizada através da Luz.

Poderemos, então, dizer que a Criação, por ser uma manifestação mental formalizada através da Luz, é tão somente uma ilusão, Maya. Essa ilusão porém, dentro do Mundo da Manifestação, é realizada através de sua própria capacidade de expressão dentro da Criação através da Energia Cósmica, Prakrti. A natureza como um todo é uma formalização dessa ilusão expressada no Mundo da Manifestação.

A Luz portanto é como uma ferramenta usada por Prakrti (a ilusão com capacidade de expressão de criação através da Energia Cósmica). Não apenas a Luz é a ferramenta como também é a própria matéria prima da Criação, tanto em seu sentido de objetividade quanto em seu sentido de subjetividade.

Luz é matéria. Sendo a Criação uma realização da Mente Cósmica, essa manifestação de criação é realizada através da Luz.

Dessa forma, tudo aquilo que vemos na natureza, eu, você e o todo, são composições de Luz. Da mesma forma, tudo aquilo que não podemos ver na natureza também são composições de Luz. Apenas que, objetivamente, aquilo que podemos considerar como pertencente ao Mundo da Não-Manifestação e à Constância, é composto pela Luz manifestada, o Sublime Yang. Enquanto que, subjetivamente, aquilo que podemos considerar como pertencente ao Mundo da Manifestação e à Eterna Mutação, é composto pela Não-Luz manifestada, o SublimeYin.

Sendo a Mente manifestada através da Luz e da Não-Luz, o tudo e o todo e o nada da natureza, eu e você e a Criação, somos uma coletividade de expressão de criação sim, tanto de maneira objetiva quanto subjetiva, mas somos uma unicidade com o Princípio Primordial, a Suprema Consciência, a Mente Cósmica, o Tao.

Dentro da ilusão e de sua realização objetiva e subjetiva para a manifestação da Criação através da Energia Cósmica, Maya e Prakrtiatuam como canalizadores, digamos assim, da Mente Cósmica.

Nós somos a própria Mente Cósmica espelhada em natureza. Nós somos o Criador espelhado em Criação.

Sendo nós a própria Mente Cósmica espelhada em natureza, vivenciamos essa mesma natureza (manifestada em Criação através dePrakrtide acordo com a forma e magnitude em que usamos nossa mente.

Portanto, podemos inferir que toda a Criação que conhecemos é apenas e tão somente a criação daquilo que nossa mente consegue formalizar e manifestar - através de nossa própria Prakrti individualizada, digamos assim – ao mesmo tempo que coletivizada (já que vivenciamos essa Criação de forma coletiva).

Trocando em miúdos, esse universo que conhecemos e vivemos é uma manifestação da Maya criativa e da Prakrti em sua energia cósmica e que pode ser mentalmente reconhecido e vivenciado por toda a natureza nesse mesmo nível de desenvolvimento e ação da mente...

Se pensarmos assim, podemos entender que possivelmente existirão outros universos e níveis de Criação paralelos a este que vivemos e reconhecemos e que poderão ser vivenciados e reconhecidos pela natureza e seres afeitos mentalmente de acordo com estes outros universos, ou mundos.

Obviamente, ao ampliarmos mais e mais nossa mente, teremos a possibilidade de alcançarmos e compreendermos alguns desses tantos outros níveis da Criação.

Avançando neste campo de compreensão, também podemos inferir que, se estamos mentalmente adequados a este universo que vivemos e conhecemos durante a nossa chamada "vida".... também certamente será através da nossa evolução mental – ou não – que estaremos vivenciando e conhecendo o universo ou mundo quando de nossa chamada "morte".

Ou seja, ao efetuarmos nossa passagem, ao deixarmos a vida, ao entrarmos na morte, estaremos nos colocando em alguma situação ou lugar aonde nossa circunstância mental adquirida em vida realizou, criou, manifestou. Possivelmente, não estaremos sozinhos não, estaremos, sim, juntos aos seres e à natureza adequada à manifestação daquele determinado estado mental.



E novamente, todas estas vivências e todos estes conhecimentos, seja dentro da Luz ou seja dentro da Não-Luz, seja dentro da chamada vida ou seja dentro da chamada morte, seja dentro do Sublime Yang ou seja dentro do Sublime Yin ou Vazio....., são criações realizadas pela energia cósmica de Prakrti, a ilusão (Maya) que manifesta a Criação dentro do Mundo da Manifestação.



Com um abraço estrelado,

Janine Milward


Foto: Sítio das Estrelas, janine milward



O texto acima é de autoria de Janine Milward  e extraído de seu livro O Caminhante Caminhando seu Caminho - http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/

Você pode copiar ou reproduzir 
desde que sempre na íntegra 
e mencionando sua autoria e seus créditos.

O Tao, em suas várias designações





O Tao, em suas várias designações

Janine Milward 

A Suprema Consciência, o Tao, o Princípio Primordial, o Absoluto, Paramapurusa, a Mente Cósmica, a Mente Suprema, Deus, Alah, e tantas outras designações manifestadas ou não-manifestadas (apenas pressentidas) falam da energia absolutamente pura e primordial da natureza: a mente. 

Assim, as palavras ou designações acima podem significar algo plenamente impessoal para ocupar o status de Criador bem como algo plenamente pessoal – porém divino. Penso que a designação Tao bem preenche este sentimento de impessoalidade enquanto Deus, por outro lado, a mim me parece a designação do Homem Divino, a perfeição da pessoalidade do Criador. Assim como Brahma ou Alah. A meu ver, Tao – O Caminho - bem preenche a qualidade de impessoalidade advinda do Mundo da Não-Manifestação, bem como Princípio Primordial, Paramapurusa, a Suprema Consciência, a Suprema Mente, a Consciência Cósmica, a Mente Cósmica.

Acredito também que algumas designações, principalmente aquelas mais impessoais, estejam contidas dentro do Mundo da Não-Manifestação enquanto outras designações, principalmente aquelas mais pessoais, estejam contidas dentro do Mundo da Manifestação.

Existem circunstâncias que expressam o Tao como absolutamente indefinível ou nomeável e outras aonde o Tao seja expresso de maneira mais objetivada – dentro da interação constante entre os Mundos da Não-Manifestação e da Manifestação.

A questão que permanece, seja dentro da impessoalidade absoluta ou seja dentro da pessoalidade do ser divino, é que tudo é apenas mente.

Dessa forma, podemos inferir a mente que cabe no Mundo da Não-Manifestação e a mente que é espelhada para ser realizada dentro do Mundo da Manifestação.

Neste aspecto, estarei usando quase todas as designações acima, sendo que algumas estarão mais bem colocadas dentro do Céu Anterior, ou Mundo da Não-Manifestação, e outras dentro do Céu Posterior, ou Mundo da Manifestação. (Possivelmente também o caro leitor poderá contribuir com suas próprias designações).


Com um abraço estrelado,
Janine Milward

Foto: Sítio das Estrelas, janine milward


O texto acima é de autoria de Janine Milward  e extraído de seu livro O Caminhante Caminhando seu Caminho - http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/

Você pode copiar ou reproduzir 
desde que sempre na íntegra 
e mencionando sua autoria e seus créditos.

Eu Sou: Eu Farei, Eu Faço, Eu Fiz



Eu Sou: Eu Farei, Eu Faço, Eu Fiz

Janine Milward 


 O que for a profundeza do teu SER, assim será teu DESEJO
O que for teu DESEJO, assim será a tua VONTADE
O que for tua VONTADE assim serão teus ATOS
O que forem teus ATOS, assim será teu DESTINO.
(Upanishad IV ,V)



O SER é a Consciência Cósmica, o Tao, Paramapurusa, a Suprema Mente: Eu Sou não-manifestado
O DESEJO é aquele que manifesta o Ser Primordial: Eu Sou manifestado
A VONTADE é aquela que idealiza a realização do movimento da Criação: Eu Farei
Os ATOS são aqueles que realizam o movimento da Criação: Eu Faço
O DESTINO é aquele que manifesta o movimento da Criação: Eu Fiz


O Ser é a mente: Mente Cósmica em sua Unicidade, Shiva, e mente cósmica em sua coletividade, Jiva.

O Desejo é manifestado através de Prakrti – o Princípio Operativo, a Energia Cósmica formada através do Mundo da Não-Manifestação e concretizada através do Mundo da Manifestação.

Prakrti, a energia cósmica, é concretizada, então, através de uma triangulação de forças que manifestam o ciclo de Brahma -Brahmacakra:

Força Sutil – Sattvaguna –: Eu Farei; a realização voltada para o futuro - A VONTADE
Força Mutativa – Rajoguna; força que causa movimento, atividade, agitação – Eu Faço; a realização voltada para o presente - Os ATOS
Força Estática – Tamoguna – Eu Fiz; a realização voltada para o passado - O DESTINO

Podemos ver, dessa maneira, a mente manifestada através da Criação advinda do Mundo da Manifestação como espelhamento do Tao do Mundo da Não-Manifestação.


A mente em sua qualidade de unicidade, Shiva, é a Mente Cósmica. 

A mente em sua qualidade de coletividade, Jiva, é a mente da Criação que vai deslizando e condensando dentro do Mundo da Manifestação até expandir-se em sua plenitude de infinitude e de iluminação, através da eterna mutação da Criação até retornar à sua sutileza essencial dentro do Mundo da Não-Manifestação, quando volta a ser Shiva, a Mente Cósmica.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

Foto: Sítio das Estrelas, janine milward


O texto acima é de autoria de Janine Milward  e extraído de seu livro O Caminhante Caminhando seu Caminho - http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/

Você pode copiar ou reproduzir 
desde que sempre na íntegra 
e mencionando sua autoria e seus créditos.