A MORTE NÃO EXISTE

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A MORTE NÃO EXISTE

DA CANÇÃO CELESTIAL DO BHAGAVAD GITA

Os sábios não se lamentam, nem por causa dos vivos,
nem por causa dos mortos.
Nunca houve tempo em que não existíssemos,
nem eu, nem tu, nem qualquer outro ser.
E também nunca haverá tempo
em que algum de nós deixe de existir.
Tudo que vive, vive eternamente!

Assim como o corpo material passa pelos estados
de infância, mocidade e velhice,
assim também a alma, no devido tempo,
toma e abandona sucessivamente diversas moradas físicas.
Os sábios conhecem esta verdade e nada temem.

Saiba!
Que a vida existe, é indestrutível e se expande em tudo.
Ela não pode, de modo algum e em lugar nenhum
ser encurtada, protelada ou modificada.
Os corpos são efêmeros e morrem,
mas as almas que se abrigam neles são imortais, eternas e infinitas.

Aquele que diz: “Eu matei!”
Aquele que diz: “Eu posso morrer!”
Ambos nada sabem,
porque a vida não pode matar e a vida não pode ser morta!
O espírito não nasce nem morre.
O espírito sempre existiu e sempre existirá.
Começo e fim são sonhos.

Imutável, sem nascimento nem morte, o Espírito permanece para sempre.
A morte não o atinge, apesar de o corpo ter morrido.
Eu afirmo que o espírito não pode ser ferido pelas armas,
nem queimado pelo fogo.
A água não o afoga, o vento seco não o enfraquece.
Ele é impenetrável, impermeável, inatacável, indestrutível,
intocável, indissolúvel, inalterável,
imortal, eterno, invisível e inefável.
Não é limitado pela palavra, nem pelo pensamento.
Assim é a alma.

Sabendo disto,
como pode você então – chorar quando não deve chorar?
Como pode chorar –
sabendo que aquele que acaba de morrer,
como aquele que acaba de nascer,
vivem ainda no mesmo espírito existente?

Assim como os homens abandonam as roupas usadas
e adquirem outras novas, dizendo:
“Estas eu usarei hoje!”
Também o espírito se desfaz alegremente
de sua vestimenta de carne.
E passa a ter uma nova roupagem.