Mortalidade e Imortalidade – Iluminação e Liberação
Janine Milward
O céu é constante, a terra é duradoura
O que permite a constância e a duração do céu e da terra
É o não criar para si
Por isso são constantes e duradouros
A questão é: enquanto formos apenas pertencentes a este Mundo da Manifestação, na qualidade de Criação do céu e da terra em suas constância e duração e que não reclamam esta Criação para si mesmos -, tudo aquilo que ‘criarmos ou re-criarmos’ estará contido dentro do eterno retorno, dentro do ciclo de nascimento, vida e morte, dentro do Mundo da Manifestação. E mais, enquanto homens e mentes pensantes e até mesmos infinitamente conscientizadas e iluminadas, nossa criação também fará parte do ter e do não-ter.
Não nos esqueçamos que Lao Tsé nos diz que céu e terra criam, sim, mas não querem esta Criação para si, apenas criam, porque essa é a naturalidade do Tao, apenas ser.
Quando o homem cria e re-cria, essa ‘Criação" lhe pertence, ou seja, pertence ao Mundo da Manifestação – que já é por si mesmo, uma criação, já é criado... Dessa forma, não apenas o homem imita a Criação como também se apega a ela na medida que são todos parte de uma mesma e original Criação... Dessa forma, o homem cria para si – por isso apenas possui a duração – a mortalidade. Diferente do céu e da terra que não criam para si – por isso possuem constância e duração - Imortalidade.
Assim, a verdadeira Imortalidade – a constância do céu – pode ser alcançada, sim, certamente. No entanto, para tanto, é preciso haver o desapego. Que desapego é esse? O desapego da própria Criação em sua duração.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward
Foto: Sítio das Estrelas, janine milward
O texto acima é de autoria de Janine Milward e extraído de seu livro O Caminhante Caminhando seu Caminho - http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/
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