O Caminhante, Sadhaka,
Caminhando Seu Caminho da Bem-Aventurança
através a Realização de seu Trabalho Espiritual, sua Sadhana
Janine Milward
A partir do momento em que o Caminhante recebe sua Primeira Lição de Meditação, é iniciado em sua prática espiritual, sua Sadhana, torna-se um Sadhaka, um praticante e estará construindo seu Caminho de busca e de alcance à sua fusão com a Suprema Consciência.
A Primeira Iniciação já potencialmente traz ao Caminhante a aceitação da Consciência Cósmica como o ideal e meta da existência.
Alimentação Vegetariana
Ainda acompanhando os conceitos voltados para a Primeira Iniciação - que viemos conhecendo anteriormente, os preceitos mais básicos para o trabalho espiritual e a meditação -, estaremos encontrando as questões voltadas para a alimentação ideal do Caminhante, ou seja, em primeiríssimo lugar, abrir mão de qualquer tipo de carne, tornar-se vegetariano.
A carne é algo que faz parte de um extremo ato de crueldade do ser humano em relação aos animais. O Caminhante aprende que seu desejo de comer carne não pode ser maior do que sua compreensão, sua conscientização, de que, para tanto, estará trazendo a morte a um ser inofensivo, que não tem como se defender desse terrível e sem-sentido abate de sua vida, interrupção de sua vida.
Além disso, a carne é algo que é morto, putrefato e não pode fazer bem ao organismo. E existem várias outras possibilidades, dentro do mundo vegetal, de a carne ser substituída sem causar dano ou carência de proteína ao ser humano.
É preciso que também o Caminhante perceba que os alimentos fazem parte da cadeia, do ciclo de vida nomeado enquanto sutil, denso/mutativo/estático e seu retorno ao sutil. Ou seja, quanto mais o alimento se aproxima de seu momento cíclico de sutileza, de frescor, melhor - ainda tendo em boa conta o momento cíclico chamado de princípio mutativo. Qualquer alimento que já tenha ultrapassado o ciclo de duração máxima de sua densidade, de sua materialização (o princípio estático), não deve ser ingerido, deve ser descartado.
Srii Srii Anandamurti nos diz:
“Tanto quanto possível, os itens de alimentação devem ser selecionados entre aqueles em que o desenvolvimento da consciência é comparativamente pequeno, isto é, se houver vegetais disponíveis, os animais não devem ser sacrificados.
Em segundo lugar, sob qualquer circunstância, antes de matar um animal que possua consciência desenvolvida ou sub-desenvolvida, deve-se ponderar se seria possível viver com um corpo saudável sem sacrificar tais vidas.”
COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward
FOTO: Sítio das Estrelas, Janine Milward
Texto extraído do meu livro O Caminhante Caminhando seu Caminho - http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/