As Violetas de minha Mãe



Olá! 

Algumas palavras sobre as violetas verdadeiras e de cor violeta (não são as violetas chamadas africanas):

Minha mãe sempre cultivou violetas verdadeiras em nosso belo jardim em minha casa natal, em Nova Friburgo.

Quando todos (cinco irmãos) deixamos nossa casa para o passado conservá-la em nossas lembranças - com mamãe e papai já no céu, felizes e contentes -, eu trouxe um bom punhado das violetas comigo...., além de outras mudinhas (glicínia, tangerineira, rosa singela, espada-de-são-jorge, etc) e as plantei em meu Sítio, em carrinhos já não mais usados e que servem de jardineiras encantadoras.

As violetas são flores tímidas, quase sempre escondidas, e gostam de Sol, sim, porém pouco sol e bastante sombra e frescura de tempo.

Ao buscarmos por estas florzinhas maravilhosas, vamos abrindo caminho através as folhas redondinhas e então um doce perfume chega até nosso coração: é o passado das lembranças queridas misturado ao presente das violetas que permanecem, quase como reencarnadas! Assim é a vida, penso.

O perfume que fica é assim também como o perfume que fica em nós mesmos/as e que é levado conosco, em nossa mente e em nosso coração, para nossas vidas vindouras e sucessivas: é a essência que permanece, tudo mais se vai, apenas a essência de nossa Alma permanece.

Somente levamos conosco a essência - assim é a Alma. Quando novamente retornamos à matéria, a Alma parece buscar sua espécie de flor de onde extraiu seu perfume, sua essência: nascemos, uma vez mais.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward


Algumas palavras sobre a ESSÊNCIA - por Wu Jyh Cherng, em sua interpretação do Capítulo 21 do Tao Te Ching, de Lao Tse - (transcrição da Aula por Janine)

Lao Tse nos explica, em seu Capítulo 21:

A abrangência da Virtude do Orifício é seguir apenas o Caminho
O Caminho enquanto existência é indistinguível e indescritível
Dentro do indistinguível e indescritível há uma existência 
Dentro do indistinguível e indescritível há uma imagem
E dentro dessa profunda obscuridade há uma essência
Essa essência é absolutamente autêntica
E dentro dela há uma prova.

Desde a antiguidade até hoje o seu nome nunca foi esquecido
E pode observar a beleza e a bondade de tudo

Como posso saber a causa da beleza e da bondade de tudo?
É através da prova.

Em sua tradução deste Capítulo, Wu Jyh Cherng nos diz que “Virtude do Orifício” significa a virtude do Vazio, da Não-Ação. CHIN: Essência do Universo Manifestado. HSIN: Prova; algo real e fiel à natureza do Caminho.

Wu Jyh Cherng, em sua aula de interpretação do Capítulo 21 (realizada em 22 de novembro de 1994 e transcrita pela autora), nos explica melhor sobre a Essência:

“Quando se chega a uma profundidade, percebe-se que a consciência está num estado de caos primordial, onde não há forma, não há linguagem, não há imagem, o que existe é uma absoluta quietude. E dentro desse estado, sentimos que somos algo que não pode ser definido, que está unido ao todo e que não está unido a nada. Nesse estado, existe uma força efervescente, algo pulsante dentro de nós, mesmo que não mais tenhamos a forma física.

Nessa hora, o que existe, é o que chamamos Essência. 
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É algo tão verdadeiro que somente a própria pessoa sabe que existe.”

Com um abraço estrelado, Janine Milward
Trecho extraído do meu livro O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO - http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br

ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com