ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA


Este é um galinho cego.  Graças aos céus, ele nasceu aqui em meu Sítio, pois, do contrário, se tivesse nascido em algum lugar de pessoas que matam galinhas e, principalmente, galos, não teria tido a sorte de viver o tempo que os céus assim quiserem!  Quando ele era novinho, nós o mantínhamos num cercadinho - como a foto mostra -, mas agora que está bem desenvolvido, mora no quintal do galinheiro.  Não o misturamos com o outro galo do Sítio porque poderiam acontecer brigas e, com toda a certeza, este galinho cego poderia vir a morrer.

ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA

Janine Milward

A carne é algo que faz parte de um extremo ato de crueldade do ser humano em relação aos animais.

No Caminho da Espiritualidade, o Caminhante aprende que seu desejo de comer carne não pode ser maior do que sua compreensão, sua conscientização, de que, para tanto, estará trazendo a morte a um ser inofensivo, que não tem como se defender desse terrível e sem-sentido abate de sua vida, interrupção de sua vida.

Além disso, a carne é algo que é morto, putrefato e não pode fazer bem ao organismo. E existem várias outras possibilidades, dentro do mundo vegetal, de a carne ser substituída sem causar dano ou carência de proteína ao ser humano.

É preciso que também o Caminhante perceba que os alimentos fazem parte da cadeia, do ciclo de vida nomeado enquanto sutil, denso/mutativo/estático e seu retorno ao sutil – aquilo que conhecemos como o Ciclo de Brahma, o Ciclo da Vida.

Ou seja, quanto mais o alimento se aproxima de seu momento cíclico de sutileza, de frescor, melhor - ainda tendo em boa conta o momento cíclico chamado de princípio mutativo. Qualquer alimento que já tenha ultrapassado o ciclo de duração máxima de sua densidade, de sua materialização (o princípio estático), não deve ser ingerido, deve ser descartado.

Srii Srii Anandamurti nos diz:

“Tanto quanto possível, os itens de alimentação devem ser selecionados entre aqueles em que o desenvolvimento da consciência é comparativamente pequeno, isto é, se houver vegetais disponíveis, os animais não devem ser sacrificados.
Em segundo lugar, sob qualquer circunstância, antes de matar um animal que possua consciência desenvolvida ou sub-desenvolvida, deve-se ponderar se seria possível viver com um corpo saudável sem sacrificar tais vidas.”


Com um abraço estrelado,
Janine Milward

Extraído do meu Livro O Caminhante Caminhando seu Caminho http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com/