O ETERNO RETORNO
Janine Milward
A Infinitude acontece sempre e sempre nos apresentando suas constantes mutações. Tudo no mundo da manifestação é apresentado através a Infinitude porém sempre também através suas constantes mutações: é o Eterno Retorno. Somente o mundo da não-manifestação é efetivamente Infinito e não-mutável.
Em nosso Planeta Terra, nossa Mãe-Gaia, essa Infinitude - acolhendo suas constantes mutações - é realizada através o aparente Caminho do Sol ao longo de um ano, formando o Oito do Sol, o Revirão do Sol, o Analema.
Eu penso que uma forma de vivenciarmos a Infinitude em suas eternas mutações é através nossa prática espiritual, nossos Caminhos na Espiritualidade.
O conceito da Infinitude sendo vivenciado através a Mutação acontece todo o tempo, sempre tudo está em eterno movimento - Lao Tse nos diz, em seu Capítulo 40 do Tao Te Ching, que
O RETORNO É O MOVIMENTO DO CAMINHO.
O RETORNO É O MOVIMENTO DO CAMINHO.
Esta movimentação de eterno retorno do Sol pode ser compreendida enquanto uma mensagem importante para os seres da Terra que tentam, através suas observações diurnas e noturnas, compreenderem os céus e tudo aquilo que os céus queriam traduzir para a Terra.
Sempre que o Sol atinge um lugar mais ao alto na abóbada celeste no lugar onde os seres estão enraizados, este momento pode ser denominado enquanto Solstício de Verão, ou seja, um Tempo de Luz, de Calor, de Vida.
Porém, logo depois o Sol retorna... e continua sua jornada buscando o lado oposto e fica bem mais baixo no horizonte - ou mesmo desaparece (dependendo da latitude do lugar do enraizamento dos seres): este momento pode ser denominado enquanto Solstício de Inverno, ou seja, um Tempo de Não-Luz, de Frio, de encolhimento de vida.
Sempre foi preciso que os seres pudessem traduzir suas percepções através manifestações simbolizadas, de alguma maneira:
A Luz pode ser simbolizada/expressa enquanto Manifestação Yang.
A Não-Luz pode ser simbolizada/expressa enquanto Manifestação Yin.
A Luz pode ser simbolizada/expressa enquanto Manifestação Yang.
A Não-Luz pode ser simbolizada/expressa enquanto Manifestação Yin.
A figura do Oito do Sol pode ser simbolizada através os discos do Sol expressando tanto o momento Yang da Luz quanto o momento Yin da Não-Luz.
O Oito do Sol, o Revirão, o Eterno Retorno, é a viga-mestra de nossa compreensão sobre a natureza e, em continuidade, de todos os conhecimentos que, a meu ver podem simbolizar tanto a compreensão possível do mundo da não-manifestação quanto a compreensão possível do mundo da manifestação.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward
Janine Milward
Foto do Analema ou Oito do Revirão do Sol
Realizada por John Raffell combinando 52 exposições individuais, perto do Trópico de Câncer (latitude 23 1/2 norte)
Realizada por John Raffell combinando 52 exposições individuais, perto do Trópico de Câncer (latitude 23 1/2 norte)