O que é Dharma

"O que é Dharma

Srii Srii  Anandamurti

O texto foi extraído de Ananda Marga: Elementary Philosophy (publicado dentro do site www.anandamarga.org) e traduzido livremente por Janine Milward.
This is an excerpt from Ananda Marga: Elementary Philosophy by Shrii Shrii Anandamurti. Ananda Marga Publications, Kolkata, Published with permission of Ananda Marga Central Publications. © 1998 Ánanda Márga Pracáraka Sam’gha, all rights reserved.

Os seres humanos são os seres mais desenvolvidos. Eles (podem) possuir o desenvolvimento da consciência em seu mais alto nível e esse fato os torna diferenciados de todos os outros animais. Nenhum outro ser possui tal clareza de consciência. Os seres humanos podem distinguir entre o bem e o mal com a ajuda de sua consciência e quando em perigo, eles podem buscar uma saída – com a ajuda dessa consciência. Ninguém gosta de viver na miséria e no sofrimento – menos ainda os seres humanos que procuram, através da consciência, uma saída para tais vicissitudes. A vida sem tristeza nem sofrimento é uma vida de felicidade e de benção e é isso que as pessoas almejam. Todo mundo está em busca da felicidade – a verdade é que a natureza das pessoas é buscar a felicidade. Veremos então o que as pessoas devem fazer para alcançar a felicidade e se esta é alcançada através destas formas de busca.

Em sua busca pela felicidade, as pessoas são, a princípio, atraídas pelos divertimentos mundanos. Elas amam a riqueza e tentam atingir o poder e posições que satisfaçam seus desejos de felicidade. Aquele que possui muito dinheiro não está satisfeito apenas com isso e busca mais e mais dinheiro, e no entanto, mesmo possuindo muitíssimo dinheiro ainda não se acha satisfeito e ainda sai em busca de mais e mais.... Também uma pessoa que tenha influência numa cidade deseja estender esta influência sobre uma província, políticos estatais desejam se tornar políticos nacionais, e se assim conseguirem suas posições, estarão ambicionando uma posição de liderança mundial. A mera aquisição da riqueza, do poder e de posições não satisfaz uma pessoa. A aquisição de alguma coisa que possua seus limites simplesmente cria o desejo de mais e mais e a busca pela felicidade parece não ter fim... a fome de possuir não tem fim: é ilimitada e infinita.

Não importa o quão digno ou não é este alcance de felicidade, não ajuda a fazer com que as pessoas descansem em suas buscas por felicidade. Aqueles que lutam pela riqueza não ficam satisfeitos enquanto não obtiverem uma riqueza ilimitada. Também não aqueles que buscam por poder, posições e prestígio podem se sentir satisfeitos até que essas questões sejam atingidas em proporções ilimitadas – porque são objetos pertencentes ao mundo. O mundo por si mesmo é limitado e não pode prover objetos infinitos. Portanto, o quanto maior é a aquisição mundana – mesmo que seja o globo inteiro – não asseguraria qualquer coisa de permanente ou infinito. O que então é essa coisa infinita, eterna, que poderá prover felicidade constante?

A Suprema Consciência é por si mesma infinita e eterna. É por si mesma sem limite. E a eterna esperança dos seres humanos pelo alcance da felicidade pode ser apenas satisfeita pela realização da Infinitude. A natureza efêmera das possessões mundanas, poder e posições podem apenas levar uma pessoa à conclusão de que nada dessas questões do mundo finito e limitado podem trazer um descanso ao eterno desejo de alcançar a felicidade. Suas aquisições apenas dão lugar à outras aquisições, mais e mais. Somente a compreensão da Infinitude pode trazer a felicidade. A Infinitude pode ser apenas uma – é a Suprema Consciência. Assim, é somente a Suprema Consciência que pode prover a felicidade constante – cuja busca é a característica de cada ser humano. Na realidade, atrás dessa necessidade humana está escondido o desejo, a vontade de atingir a Suprema Consciência. Essa é a verdadeira natureza de cada ser vivente. Este é simplesmente o dharma de cada pessoa.

A palavra dharma significa “propriedade” (aquilo que é próprio, natural). Traduzindo do inglês, as palavras podem ser “natureza”, “característica” ou “propriedade”. A natureza do fogo é queimar ou produzir calor. É a característica ou propriedade do fogo e que também determina a natureza do fogo. Similarmente, o dharma ou a natureza dos seres humanos é alcançar a Suprema Consciência.

O grau de divindade nos seres humanos é indicado através da transparência de sua consciência. Cada ser humano, tendo se desenvolvido a partir dos animais, possui, portanto, dois aspectos: o aspecto animal e o aspecto da consciência que distingue uma pessoa do animal. Os animais mostram predominantemente sua animalidade, enquanto os seres humanos, em função de sua bem trabalhada consciência, também possuem a racionalidade. A animalidade nos seres humanos lhes dá uma tendência em direção à vida animal ou às alegrias físicas. Sob esta influencia, os seres humanos procuram por sua comida, sua bebida e as gratificações para seus desejos físicos. Eles são atraídos por estas questões e correm atrás delas sob a influencia de suas animalidades... porém estas questões não provêem felicidade – desde que se encontram dentro do conceito da infinitude.

Os animais são satisfeitos por estas alegrias limitadas – desde que sua necessidade não é infinita. Não importa quão grande seja a quantidade das coisas oferecidas ao um animal, ele pegará apenas aquilo que ele necessita e não se importará com aquilo que sobrar. Porém os humanos certamente agirão de maneira diferente sob estas condições. Isto estabelece, portanto, que os animais são satisfeitos dentro do limite, enquanto o desejo dos seres humanos é ilimitado, mesmo que o desejo de alegria para ambos seja proporcionado e governado pelo aspecto animal da vida. A diferença entre os dois é em função é que o ser humano possui uma consciência transparente, lúcida, clara – algo que os animais não possuem.

A natureza infinita do homem que clama por uma felicidade absoluta existe simplesmente em função de sua consciência. É essa mesma consciência que não é satisfeita com os prazeres físicos de posse, poder e posição – coisas que, mesmo apesar de suas altas proporções, são apenas transitórias . É a consciência que cria nos seres humanos sua ânsia pela Suprema Consciência.

As coisas do mundo – as alegrias físicas – não saciam a sede do coração humano por felicidade. No entanto, encontramos pessoas que são satisfeitas por estes objetos mundanos. A animalidade nas pessoas as leva em direção à gratificação dos seus desejos animais, porém a racionalidade de suas consciências permanece sem gratificação - desde que os objetos mundanos são transitórios e de vida curta e não são suficientes para dar um final à ilimitada e infinita fome da consciência humana. Existe, portanto, um constante duelo nos seres humanos entre sua animalidade e sua racionalidade. O aspecto animal os empurra em direção às alegrias terrenas, enquanto sua consciência, não satisfeita com estas alegrias mundanas, os leva em direção à Suprema Consciência – a Infinitude. Isto resulta numa luta entre o aspecto animal e a consciência. Se os prazeres carnais derivados do poder e da posição fossem infinitos e ilimitados, eles poderiam dar um final à eterna busca da consciência pela felicidade. Porém, isso não acontece e é exatamente por não acontecer é que a glória efêmera das alegrias temporais nunca podem assegurar uma paz duradoura na mente humana e levar as pessoas ao êxtase.

É somente a consciência transparente que diferencia os seres humanos dos animais. É então imperativo que os seres humanos façam uso de sua consciência. Se sua consciência está dormente atrás de sua animalidade, as pessoas podem se comportar como os animais. A verdade é que podem se tornar ainda pior do que os animais em função de possuírem uma consciência transparente e não fazerem uso da mesma. Estas pessoas não merecem o status de seres humanos. Elas são animais em forma de humanos.

A natureza da consciência é procurar pela Infinitude ou compreender a Suprema Consciência. Somente aquelas pessoas que fazem uso de sua consciência e seguem suas normas merecem ser chamados de seres humanos. Portanto, cada pessoa, ao fazer uso em sua plenitude de sua consciência transparente, ganha o direito de ser chamado de ser humano e encontra seu dharma ou natureza própria de ser aquela que busca pela Infinitude da Suprema Consciência. Este desejo pela Infinitude é uma qualidade inata ou dharma que caracteriza o status de humano ás pessoas.

A felicidade é derivada de se obter aquilo que se deseja. Se uma pessoa não consegue obter aquilo que deseja, não pode ser feliz. A pessoa se torna triste. A consciência transparente nas pessoas, que é a única a distingui-las dos animais, procura pela Consciência Cósmica ou pela Infinitude. Dessa forma, as pessoas conseguem a real felicidade somente quando elas podem atingir a Consciência Cósmica ou entrar no processo para alcançar essa meta. A Consciência não quer as alegrias mundanas em função dessas serem finitas e não poderem trazer satisfação à essa Consciência. A conclusão que chegamos é que o dharma da humanidade é compreender a Infinitude ou a Consciência Cósmica. Somente através desse dharma que as pessoas podem usufruir da eterna felicidade e benção.

..................................

(*) Srii Srii Anandamurti  é o Mestre, é o Guru, é o Guia Espiritual de muitos Caminhantes que Caminham seus Caminhos sob a proteção e luz de um Homem Sagrado. Carinhosamente chamado de Baba (cuja tradução é Pai Amado), sua força vem provando ser radiosa, grandiosa, não apenas para o momento presente do Planeta mas, fundamentalmente, para o futuro - quando a solidariedade e comunitarismo entre os Caminhantes e os Povos serão não apenas uma necessidade, mas, certamente, um desejo intenso advindo de uma consciência expandida e iluminada

O desejo do Guru é iniciar seus discípulos 
dentro do Caminho da Iluminação e da Liberação.

(Guru - preceptor espiritual, mestre, literalmente “aquele que dispersa a escuridão”)

Srii Srii  Anandamurti criou a organização espiritual e social chamada Ananda Marga, cuja tradução é Caminho da Bem-Aventurança. 

Pequeno glossário (a partir do original inglês):
clearly-reflected consciousness – consciência transparente
Cosmic Entity – Suprema Consciência, Consciência Cósmica
Infinite – Infinitude
Dharma – propriedade, característica, natureza, aquilo que é próprio, natural – sua própria natureza - dever; a característica essencial de uma entidade; a capacidade de prestar serviço, que é a qualidade essencial do ser vivo.

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward

FOTO; SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward"

O que é Dharma
Srii Srii Anandamurti

O texto foi extraído de Ananda Marga: Elementary Philosophy (publicado dentro do site www.anandamarga.org) e traduzido livremente por Janine Milward.
This is an excerpt from Ananda Marga: Elementary Philosophy by Shrii Shrii Anandamurti. Ananda Marga Publications, Kolkata, Published with permission of Ananda Marga Central Publications. © 1998 Ánanda Márga Pracáraka Sam’gha, all rights reserved.

Os seres humanos são os seres mais desenvolvidos. Eles (podem) possuir o desenvolvimento da consciência em seu mais alto nível e esse fato os torna diferenciados de todos os outros animais. Nenhum outro ser possui tal clareza de consciência. Os seres humanos podem distinguir entre o bem e o mal com a ajuda de sua consciência e quando em perigo, eles podem buscar uma saída – com a ajuda dessa consciência. Ninguém gosta de viver na miséria e no sofrimento – menos ainda os seres humanos que procuram, através da consciência, uma saída para tais vicissitudes. A vida sem tristeza nem sofrimento é uma vida de felicidade e de benção e é isso que as pessoas almejam. Todo mundo está em busca da felicidade – a verdade é que a natureza das pessoas é buscar a felicidade. Veremos então o que as pessoas devem fazer para alcançar a felicidade e se esta é alcançada através destas formas de busca.

Em sua busca pela felicidade, as pessoas são, a princípio, atraídas pelos divertimentos mundanos. Elas amam a riqueza e tentam atingir o poder e posições que satisfaçam seus desejos de felicidade. Aquele que possui muito dinheiro não está satisfeito apenas com isso e busca mais e mais dinheiro, e no entanto, mesmo possuindo muitíssimo dinheiro ainda não se acha satisfeito e ainda sai em busca de mais e mais.... Também uma pessoa que tenha influência numa cidade deseja estender esta influência sobre uma província, políticos estatais desejam se tornar políticos nacionais, e se assim conseguirem suas posições, estarão ambicionando uma posição de liderança mundial. A mera aquisição da riqueza, do poder e de posições não satisfaz uma pessoa. A aquisição de alguma coisa que possua seus limites simplesmente cria o desejo de mais e mais e a busca pela felicidade parece não ter fim... a fome de possuir não tem fim: é ilimitada e infinita.

Não importa o quão digno ou não é este alcance de felicidade, não ajuda a fazer com que as pessoas descansem em suas buscas por felicidade. Aqueles que lutam pela riqueza não ficam satisfeitos enquanto não obtiverem uma riqueza ilimitada. Também não aqueles que buscam por poder, posições e prestígio podem se sentir satisfeitos até que essas questões sejam atingidas em proporções ilimitadas – porque são objetos pertencentes ao mundo. O mundo por si mesmo é limitado e não pode prover objetos infinitos. Portanto, o quanto maior é a aquisição mundana – mesmo que seja o globo inteiro – não asseguraria qualquer coisa de permanente ou infinito. O que então é essa coisa infinita, eterna, que poderá prover felicidade constante?

A Suprema Consciência é por si mesma infinita e eterna. É por si mesma sem limite. E a eterna esperança dos seres humanos pelo alcance da felicidade pode ser apenas satisfeita pela realização da Infinitude. A natureza efêmera das possessões mundanas, poder e posições podem apenas levar uma pessoa à conclusão de que nada dessas questões do mundo finito e limitado podem trazer um descanso ao eterno desejo de alcançar a felicidade. Suas aquisições apenas dão lugar à outras aquisições, mais e mais. Somente a compreensão da Infinitude pode trazer a felicidade. A Infinitude pode ser apenas uma – é a Suprema Consciência. Assim, é somente a Suprema Consciência que pode prover a felicidade constante – cuja busca é a característica de cada ser humano. Na realidade, atrás dessa necessidade humana está escondido o desejo, a vontade de atingir a Suprema Consciência. Essa é a verdadeira natureza de cada ser vivente. Este é simplesmente o dharma de cada pessoa.

A palavra dharma significa “propriedade” (aquilo que é próprio, natural). Traduzindo do inglês, as palavras podem ser “natureza”, “característica” ou “propriedade”. A natureza do fogo é queimar ou produzir calor. É a característica ou propriedade do fogo e que também determina a natureza do fogo. Similarmente, o dharma ou a natureza dos seres humanos é alcançar a Suprema Consciência.

O grau de divindade nos seres humanos é indicado através da transparência de sua consciência. Cada ser humano, tendo se desenvolvido a partir dos animais, possui, portanto, dois aspectos: o aspecto animal e o aspecto da consciência que distingue uma pessoa do animal. Os animais mostram predominantemente sua animalidade, enquanto os seres humanos, em função de sua bem trabalhada consciência, também possuem a racionalidade. A animalidade nos seres humanos lhes dá uma tendência em direção à vida animal ou às alegrias físicas. Sob esta influencia, os seres humanos procuram por sua comida, sua bebida e as gratificações para seus desejos físicos. Eles são atraídos por estas questões e correm atrás delas sob a influencia de suas animalidades... porém estas questões não provêem felicidade – desde que se encontram dentro do conceito da infinitude.

Os animais são satisfeitos por estas alegrias limitadas – desde que sua necessidade não é infinita. Não importa quão grande seja a quantidade das coisas oferecidas ao um animal, ele pegará apenas aquilo que ele necessita e não se importará com aquilo que sobrar. Porém os humanos certamente agirão de maneira diferente sob estas condições. Isto estabelece, portanto, que os animais são satisfeitos dentro do limite, enquanto o desejo dos seres humanos é ilimitado, mesmo que o desejo de alegria para ambos seja proporcionado e governado pelo aspecto animal da vida. A diferença entre os dois é em função é que o ser humano possui uma consciência transparente, lúcida, clara – algo que os animais não possuem.

A natureza infinita do homem que clama por uma felicidade absoluta existe simplesmente em função de sua consciência. É essa mesma consciência que não é satisfeita com os prazeres físicos de posse, poder e posição – coisas que, mesmo apesar de suas altas proporções, são apenas transitórias . É a consciência que cria nos seres humanos sua ânsia pela Suprema Consciência.

As coisas do mundo – as alegrias físicas – não saciam a sede do coração humano por felicidade. No entanto, encontramos pessoas que são satisfeitas por estes objetos mundanos. A animalidade nas pessoas as leva em direção à gratificação dos seus desejos animais, porém a racionalidade de suas consciências permanece sem gratificação - desde que os objetos mundanos são transitórios e de vida curta e não são suficientes para dar um final à ilimitada e infinita fome da consciência humana. Existe, portanto, um constante duelo nos seres humanos entre sua animalidade e sua racionalidade. O aspecto animal os empurra em direção às alegrias terrenas, enquanto sua consciência, não satisfeita com estas alegrias mundanas, os leva em direção à Suprema Consciência – a Infinitude. Isto resulta numa luta entre o aspecto animal e a consciência. Se os prazeres carnais derivados do poder e da posição fossem infinitos e ilimitados, eles poderiam dar um final à eterna busca da consciência pela felicidade. Porém, isso não acontece e é exatamente por não acontecer é que a glória efêmera das alegrias temporais nunca podem assegurar uma paz duradoura na mente humana e levar as pessoas ao êxtase.

É somente a consciência transparente que diferencia os seres humanos dos animais. É então imperativo que os seres humanos façam uso de sua consciência. Se sua consciência está dormente atrás de sua animalidade, as pessoas podem se comportar como os animais. A verdade é que podem se tornar ainda pior do que os animais em função de possuírem uma consciência transparente e não fazerem uso da mesma. Estas pessoas não merecem o status de seres humanos. Elas são animais em forma de humanos.

A natureza da consciência é procurar pela Infinitude ou compreender a Suprema Consciência. Somente aquelas pessoas que fazem uso de sua consciência e seguem suas normas merecem ser chamados de seres humanos. Portanto, cada pessoa, ao fazer uso em sua plenitude de sua consciência transparente, ganha o direito de ser chamado de ser humano e encontra seu dharma ou natureza própria de ser aquela que busca pela Infinitude da Suprema Consciência. Este desejo pela Infinitude é uma qualidade inata ou dharma que caracteriza o status de humano ás pessoas.
A felicidade é derivada de se obter aquilo que se deseja. Se uma pessoa não consegue obter aquilo que deseja, não pode ser feliz. A pessoa se torna triste. A consciência transparente nas pessoas, que é a única a distingui-las dos animais, procura pela Consciência Cósmica ou pela Infinitude. Dessa forma, as pessoas conseguem a real felicidade somente quando elas podem atingir a Consciência Cósmica ou entrar no processo para alcançar essa meta. A Consciência não quer as alegrias mundanas em função dessas serem finitas e não poderem trazer satisfação à essa Consciência. A conclusão que chegamos é que o dharma da humanidade é compreender a Infinitude ou a Consciência Cósmica. Somente através desse dharma que as pessoas podem usufruir da eterna felicidade e benção.
..................................

(*) Srii Srii Anandamurti é o Mestre, é o Guru, é o Guia Espiritual de muitos Caminhantes que Caminham seus Caminhos sob a proteção e luz de um Homem Sagrado. Carinhosamente chamado de Baba (cuja tradução é Pai Amado), sua força vem provando ser radiosa, grandiosa, não apenas para o momento presente do Planeta mas, fundamentalmente, para o futuro - quando a solidariedade e comunitarismo entre os Caminhantes e os Povos serão não apenas uma necessidade, mas, certamente, um desejo intenso advindo de uma consciência expandida e iluminada
O desejo do Guru é iniciar seus discípulos
dentro do Caminho da Iluminação e da Liberação.
(Guru - preceptor espiritual, mestre, literalmente “aquele que dispersa a escuridão”)
Srii Srii Anandamurti criou a organização espiritual e social chamada Ananda Marga, cuja tradução é Caminho da Bem-Aventurança.
Pequeno glossário (a partir do original inglês):
clearly-reflected consciousness – consciência transparente
Cosmic Entity – Suprema Consciência, Consciência Cósmica
Infinite – Infinitude
Dharma – propriedade, característica, natureza, aquilo que é próprio, natural – sua própria natureza - dever; a característica essencial de uma entidade; a capacidade de prestar serviço, que é a qualidade essencial do ser vivo.

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward
FOTO; SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward

Dharma

"Dharma

Janine Milward

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Caminho (o Tao)
E o Tao se orienta por sua própria natureza

Lao Tsé, o Mestre do Tao, assim nos orienta a respeito do Dharma primordial, ou seja, o Tao se orienta por sua própria natureza..... Podemos, então, entender o Dharma como sendo a característica essencial de nosso ser, nossa natureza essencial, nossa própria maneira de ser.

Essa característica essencial – Dharma - pertence ao nosso Espírito, desde sempre, e vai sendo trabalhada ao longo de nossas vivências sucessivas, por nossa Alma, desde sempre.

Também Dharma nos remete à alegria de fazermos parte de uma coletividade dentro da Criação – Jiiva - e, com a plena consciência em relação à nossa natureza essencial, prestarmos nossos serviços a todos os seres – no entanto, sempre voltados para nossa Unidade essencial, Shiiva. 

Dharma é, portanto, plenitude de alegria, a alegria que reside no fundo de nosso coração.

Através dos tempos e do espaço, do Vazio e da Luz, de nossas Vivências Sucessivas (re-encarnações), vamos vivenciando cada vez mais a ampliação de nossa mente até que se torne mente iluminada e infinita. E é através da forma com a qual vamos vivenciando este processo dentro da Samsara, a Roda da Vida, as encarnações junto à mutação da Criação, que vamos elaborando nossa natureza essencial, nosso Dharma.

Então, assim como acontece com Karmas e Samskaras – ações e reações em potencial – o Dharma é também algo que vamos construindo ao longo de nossas vidas sucessivas: o ser essencial, a natureza própria que existe em cada um de nós, é como uma longa estrada caminhada passo a passo – com consciência a cada passo. É o Livre-Arbítrio.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward

- Tao Te Ching, O Livro do Caminho e da Virtude - Lao Tsé - Capítulo 25
tradução de Wu Jyh Cherng – Editora Ursa Maior, SP"

Dharma

Janine Milward

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Caminho (o Tao)
E o Tao se orienta por sua própria natureza

Lao Tsé, o Mestre do Tao, assim nos orienta a respeito do Dharma primordial, ou seja, o Tao se orienta por sua própria natureza..... Podemos, então, entender o Dharma como sendo a característica essencial de nosso ser, nossa natureza essencial, nossa própria maneira de ser.

Essa característica essencial – Dharma - pertence ao nosso Espírito, desde sempre, e vai sendo trabalhada ao longo de nossas vivências sucessivas, por nossa Alma, desde sempre.

Também Dharma nos remete à alegria de fazermos parte de uma coletividade dentro da Criação – Jiiva - e, com a plena consciência em relação à nossa natureza essencial, prestarmos nossos serviços a todos os seres – no entanto, sempre voltados para nossa Unidade essencial, Shiiva.

Dharma é, portanto, plenitude de alegria, a alegria que reside no fundo de nosso coração.

Através dos tempos e do espaço, do Vazio e da Luz, de nossas Vivências Sucessivas (re-encarnações), vamos vivenciando cada vez mais a ampliação de nossa mente até que se torne mente iluminada e infinita. E é através da forma com a qual vamos vivenciando este processo dentro da Samsara, a Roda da Vida, as encarnações junto à mutação da Criação, que vamos elaborando nossa natureza essencial, nosso Dharma.

Então, assim como acontece com Karmas e Samskaras – ações e reações em potencial – o Dharma é também algo que vamos construindo ao longo de nossas vidas sucessivas: o ser essencial, a natureza própria que existe em cada um de nós, é como uma longa estrada caminhada passo a passo – com consciência a cada passo. É o Livre-Arbítrio.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward
- Tao Te Ching, O Livro do Caminho e da Virtude - Lao Tsé - Capítulo 25
tradução de Wu Jyh Cherng – Editora Ursa Maior, SP


A Liberação das Ataduras da Mente


"A Liberação das Ataduras da Mente

“”Qual é o propósito da vida e como atingir esse propósito?

A meta da vida humana é alcançar a Consciência Suprema e para isso é preciso trilhar o Caminho da Liberação, Mukti.

Os vários seres do universo, o coletivo, são denominados, Jiiva, em sânscrito.  O Uno, a Suprema Consciência, é Shiva...  Quando estamos sob as limitações, em nossa mente, somos Jiiva.  Quando ultrapassamos essas limitações e alcançamos a liberação da mente, somos Shiva

A mente humana é a causa das limitações bem como a causa da Liberação.  Então existem técnicas para que esta mente possa realizar a meta de sua vida.

É a mente que realiza a ação – assim é a mente que desfruta das  vicissitudes e das virtudes das ações realizadas

A mente não pode existir sem o pensamento, sem que esteja ocupada, sem estar em constante movimentação... como exemplo temos uma bola de assoprar, que mesmo cheia, quando pressionada, se torna deformada... no entanto, sua tendência é voltar ao normal...  Assim acontece também com a mente – sua tendência é retornar à sua normalidade - sua Liberação.

Ação é Karma e o resultado das ações se chama Samskara.  Samskara é a tendência da mente a retornar à sua forma original, a Shiva, à Suprema Consciência.  Quando todos os Samskaras são exauridos, neste momento Jiiva retorna a Shiva.

A meditação  cotidiana faz com que os Samskaras se manifestem intensamente: bem como a Iniciação Espiritual também amadurece os Samskaras mais profundamente. Na verdade, faz parte do Caminho Espiritual o fato de o aspirante se defrontar mais intensamente com seus Samskaras...

Qual é a causa de nossas limitações?  A mente.  A mente é limitada pelos Samskaras.

Os Samskaras se apresentam de três formas: os inatos, os adquiridos e os impostos.

Os Samskaras inatos são reações de ações já acontecidas anteriormente a esse nosso nascimento, a essa nossa vida de agora.

Os Samskaras adquiridos são as reações de ações acontecidas nessa vida de agora.

Como então podemos nos liberar desses dois tipos de Samskaras? – através do desenvolvimento da consciência.

            Consciência é discernimento, Viveka.

 Esta consciência discriminativa, esse discernimento, sempre está entre a escolha de realizar uma ação boa ou ruim.  Quando faz a coisa certa, a consciência está regendo a mente  - Vidya.  Quando fazemos a coisa erra, isso causa degradação – Avidya.

O Karma, a Ação, tem dois aspectos:

O karma onde se tem independência se chama `ação original ´.

O Karma onde não se tem independência se chama `ação reativa’.

O sofrimento, por exemplo, é o resultado de uma ação original.  Como aspirantes espirituais temos que ser sábios para utilizarmos o discernimento em nossa vida.

A consciência discriminativa, o discernimento – Viveka – traz em si cinco aspectos:

.  O eterno e o transitório. – na vida apenas uma coisa é eterna – é a Suprema Consciência – todo o resto é transitório.

.  A dualidade e a singularidade – a escolha da singularidade nos leva ao eterno, á Suprema Consciência.  A dualidade nos leva apenas ao transitório.

.  Atma e Anatma   - todas nossas ações devem sempre ser direcionadas para Atma, a Suprema Consciência.

-  As cinco camadas da mente – durante a realização do Caminho Espiritual, o aspirante pode ficar iludido, embevecido, enganado pelos poderes que vai conhecendo e desenvolvendo em sua mente... é preciso ultrapassar todos esses obstáculos para tornar-se Uno com Paramapurusa.

-  Finalmente, Conhecimento, Ação e Devoção – Jinana, Karma e Bhakti. Nas quatro etapas iniciais a mente funcionou através do intelecto. O conhecimento, Jinana, é muito importante porque é o instrumento que nos ajuda a identificar nossa meta e como alcançá-la.

Conhecendo nossa meta é preciso a Ação, Karma.  A ação, sem reação, sem Samskara – é Karma.  No entanto, apenas a ação por si só não nos leva ao aprofundamento de nossa essência espiritual – é preciso então, Bhakti,  A Devoção.

Uma vez tenhamos obtido a plenitude do Conhecimento, podemos jogá-lo fora, prescindir dele, porque o mais importante em nossa Caminho para a Liberação é a Ação plena de Devoção.  Dessa forma, A Devoção, Bhakti, é a meta final a ser atingida para que o aspirante espiritual possa vivenciar e ultrapassar seus Samskaras inatos e adquiridos.

  Devemos ir além do intelecto, então, que é extremamente limitado e realizar os três princípios fundamentais : Conhecimento, Ação e Devoção.  Este é o Caminho da Liberação.

Os Samskaras impostos nos acontecem independente de nossa vontade ou ação porque são manifestados através da sociedade em que vivemos...  Eles são:

-  A mundanidade – nosso inter-relacionamento com a vida social como um todo.

- O ambiente – tudo aquilo que nos envolve, seja físico mental ou espiritual.  A criação de ambientes neo-humanistas e espiritualizados deve ser a meta dos aspirantes espirituais...

- A educação e a  profissão e os deveres.  Desenvolvermos uma boa educação para conseguirmos uma boa profissão e realizar nossos deveres sociais e pessoais também são pontos fundamentais.

-  Finalmente, existem as propensões psíquicas – quando as etapas anteriores mostram muitas dificuldades, a pessoa poderá desviar-se mental e psiquicamente, trazendo-lhe conseqüências difíceis para sua vida pessoal, social e espiritual.  Dessa maneira, devemos nos desenvolver e fortalecer espiritualmente de forma individual primeiramente para então também fortalecermos a sociedade em seu desenvolvimento espiritual.

Assim, a conclusão é: enquanto existirem Samskaras, não existe Liberação.

            Qualquer  ação, boa ou ruim, cria Samskaras.  Uma pomba presa em uma gaiola – seja uma gaiola de ouro ou de ferro – mesmo assim a pomba está presa!.

Se praticamos uma boa ação, trazemos boas reações, bons Samskaras para nossa vida: se praticamos uma má ação, trazemos Samskaras ruins para nossa vida... 

Qual é a saída?

- Primeiramente, temos que entender que devemos realizar nossas ações pela sua realização intrínseca e não pelos seus resultados.  A ação deve ser sempre realizada sem expectativas de seus resultados.

- Em segundo lugar, devemos abandonar o ego, o autor das ações realizadas.

-  Finalmente, devemos oferecer tudo em nossa vida à Paramapurusa, ao Supremo.

Agindo assim, estaremos em nosso caminho de ir além o ciclos dos Samskaras para alcançarmos a Liberação, Mukti, e nos fundirmos à Suprema Consciência, Atma, e nos tornamos Unos com Paramapurusa.” ”

.............................................

Síntese da palestra matinal realizada em 20 de julho de 2001 durante o Retiro Espiritual da Ananda Marga na Fazenda Ananda Kiirtan em Belmiro Braga, MG.
Palestra gravada e sintetizadamente transcrita por Janine

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward

FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward"

A Liberação das Ataduras da Mente

“”Qual é o propósito da vida e como atingir esse propósito?

A meta da vida humana é alcançar a Consciência Suprema e para isso é preciso trilhar o Caminho da Liberação, Mukti.

Os vários seres do universo, o coletivo, são denominados, Jiiva, em sânscrito. O Uno, a Suprema Consciência, é Shiva... Quando estamos sob as limitações, em nossa mente, somos Jiiva. Quando ultrapassamos essas limitações e alcançamos a liberação da mente, somos Shiva

A mente humana é a causa das limitações bem como a causa da Liberação. Então existem técnicas para que esta mente possa realizar a meta de sua vida.

É a mente que realiza a ação – assim é a mente que desfruta das vicissitudes e das virtudes das ações realizadas

A mente não pode existir sem o pensamento, sem que esteja ocupada, sem estar em constante movimentação... como exemplo temos uma bola de assoprar, que mesmo cheia, quando pressionada, se torna deformada... no entanto, sua tendência é voltar ao normal... Assim acontece também com a mente – sua tendência é retornar à sua normalidade - sua Liberação.

Ação é Karma e o resultado das ações se chama Samskara. Samskara é a tendência da mente a retornar à sua forma original, a Shiva, à Suprema Consciência. Quando todos os Samskaras são exauridos, neste momento Jiiva retorna a Shiva.

A meditação cotidiana faz com que os Samskaras se manifestem intensamente: bem como a Iniciação Espiritual também amadurece os Samskaras mais profundamente. Na verdade, faz parte do Caminho Espiritual o fato de o aspirante se defrontar mais intensamente com seus Samskaras...

Qual é a causa de nossas limitações? A mente. A mente é limitada pelos Samskaras.

Os Samskaras se apresentam de três formas: os inatos, os adquiridos e os impostos.

Os Samskaras inatos são reações de ações já acontecidas anteriormente a esse nosso nascimento, a essa nossa vida de agora.

Os Samskaras adquiridos são as reações de ações acontecidas nessa vida de agora.

Como então podemos nos liberar desses dois tipos de Samskaras? – através do desenvolvimento da consciência.

Consciência é discernimento, Viveka.

Esta consciência discriminativa, esse discernimento, sempre está entre a escolha de realizar uma ação boa ou ruim. Quando faz a coisa certa, a consciência está regendo a mente - Vidya. Quando fazemos a coisa erra, isso causa degradação – Avidya.

O Karma, a Ação, tem dois aspectos:

O karma onde se tem independência se chama `ação original ´.

O Karma onde não se tem independência se chama `ação reativa’.

O sofrimento, por exemplo, é o resultado de uma ação original. Como aspirantes espirituais temos que ser sábios para utilizarmos o discernimento em nossa vida.

A consciência discriminativa, o discernimento – Viveka – traz em si cinco aspectos:

. O eterno e o transitório. – na vida apenas uma coisa é eterna – é a Suprema Consciência – todo o resto é transitório.

. A dualidade e a singularidade – a escolha da singularidade nos leva ao eterno, á Suprema Consciência. A dualidade nos leva apenas ao transitório.

. Atma e Anatma - todas nossas ações devem sempre ser direcionadas para Atma, a Suprema Consciência.

- As cinco camadas da mente – durante a realização do Caminho Espiritual, o aspirante pode ficar iludido, embevecido, enganado pelos poderes que vai conhecendo e desenvolvendo em sua mente... é preciso ultrapassar todos esses obstáculos para tornar-se Uno com Paramapurusa.

- Finalmente, Conhecimento, Ação e Devoção – Jinana, Karma e Bhakti. Nas quatro etapas iniciais a mente funcionou através do intelecto. O conhecimento, Jinana, é muito importante porque é o instrumento que nos ajuda a identificar nossa meta e como alcançá-la.

Conhecendo nossa meta é preciso a Ação, Karma. A ação, sem reação, sem Samskara – é Karma. No entanto, apenas a ação por si só não nos leva ao aprofundamento de nossa essência espiritual – é preciso então, Bhakti, A Devoção.

Uma vez tenhamos obtido a plenitude do Conhecimento, podemos jogá-lo fora, prescindir dele, porque o mais importante em nossa Caminho para a Liberação é a Ação plena de Devoção. Dessa forma, A Devoção, Bhakti, é a meta final a ser atingida para que o aspirante espiritual possa vivenciar e ultrapassar seus Samskaras inatos e adquiridos.

Devemos ir além do intelecto, então, que é extremamente limitado e realizar os três princípios fundamentais : Conhecimento, Ação e Devoção. Este é o Caminho da Liberação.

Os Samskaras impostos nos acontecem independente de nossa vontade ou ação porque são manifestados através da sociedade em que vivemos... Eles são:

- A mundanidade – nosso inter-relacionamento com a vida social como um todo.
- O ambiente – tudo aquilo que nos envolve, seja físico mental ou espiritual. A criação de ambientes neo-humanistas e espiritualizados deve ser a meta dos aspirantes espirituais...
- A educação e a profissão e os deveres. Desenvolvermos uma boa educação para conseguirmos uma boa profissão e realizar nossos deveres sociais e pessoais também são pontos fundamentais.
- Finalmente, existem as propensões psíquicas – quando as etapas anteriores mostram muitas dificuldades, a pessoa poderá desviar-se mental e psiquicamente, trazendo-lhe conseqüências difíceis para sua vida pessoal, social e espiritual. Dessa maneira, devemos nos desenvolver e fortalecer espiritualmente de forma individual primeiramente para então também fortalecermos a sociedade em seu desenvolvimento espiritual.
Assim, a conclusão é: enquanto existirem Samskaras, não existe Liberação.
Qualquer ação, boa ou ruim, cria Samskaras. Uma pomba presa em uma gaiola – seja uma gaiola de ouro ou de ferro – mesmo assim a pomba está presa!.

Se praticamos uma boa ação, trazemos boas reações, bons Samskaras para nossa vida: se praticamos uma má ação, trazemos Samskaras ruins para nossa vida...

Qual é a saída?
- Primeiramente, temos que entender que devemos realizar nossas ações pela sua realização intrínseca e não pelos seus resultados. A ação deve ser sempre realizada sem expectativas de seus resultados.
- Em segundo lugar, devemos abandonar o ego, o autor das ações realizadas.
- Finalmente, devemos oferecer tudo em nossa vida à Paramapurusa, ao Supremo.

Agindo assim, estaremos em nosso caminho de ir além o ciclos dos Samskaras para alcançarmos a Liberação, Mukti, e nos fundirmos à Suprema Consciência, Atma, e nos tornamos Unos com Paramapurusa.” ”
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Síntese da palestra matinal realizada em 20 de julho de 2001 durante o Retiro Espiritual da Ananda Marga na Fazenda Ananda Kiirtan em Belmiro Braga, MG.
Palestra gravada e sintetizadamente transcrita por Janine
COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward
FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward

KARMA E SAMSKARA

"KARMA E SAMSKARA

Ação e sua Reação imediata ou em potencial
Ação é Karma. O resultado de nossas ações se chama Samskara.

Janine Milward

Estamos sempre ouvindo – ou mesmo falando – sobre tal evento ou situação ou pessoa que representam aquilo que (erroneamente) entendemos como nosso Karma..., na expectativa de que, com isso, estamos nos referindo ao peso, ao obstáculo, à situação desagradável ou penosa que temos que enfrentar em nossas vidas...

No entanto, não necessariamente Karma quer significar peso, obstáculo, situação desagradável ou penosa.... Não. A verdade é que Karma significa ação. Nossas ações de vida, todas, são denominadas de nossos Karmas.

E certamente, compreendemos que toda ação traz uma reação, Samskara – seja ela uma reação mais imediata (podendo acontecer ainda dentro da mesma vida quando a ação, Karma, tenha sido praticada); ou seja ela em seu sentido de reação em potencial (podendo acontecer ainda na mesma vida bem como sendo a reação de ações praticadas em outras vidas anteriores - ou em próximas vidas) e não exatamente através das mesmas pessoas ou situações aos quais os atos foram realizados e intencionados. E certamente, também podemos pensar que determinadas reações, Samskaras, sejam lançadas para serem vivenciadas em vidas sucessivas ainda-a-virem, para o futuro.

Portanto, ações positivas trazem reações positivas, ações negativas trazem reações negativas, perpassando através das vidas.... 

Usamos dizer que Karmas são pesados porque apenas sentimos mais intensamente nossas vicissitudes..., quando as coisas são fáceis e agradáveis não pensamos que estamos vivenciando nossos Samskaras – mas estamos sim.

E mais, somente a conscientização real e plena sobre o ato em si é que pode abrandar a sua reação em potencial (em seu sentido de negatividade).  É quase como uma sala que vem sendo mantida escura por cem anos e que, ao receber uma vela ou uma lâmpada acesa, brilha, súbita e vigorosamente, em sua iluminação!

Tudo na Criação é apenas mente e luz e não-luz.

Assim, é muito importante que nós tenhamos uma boa consciência  sobre nossos atos – tema principal de nossas vidas.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward"

KARMA E SAMSKARA
Ação e sua Reação imediata ou em potencial
Ação é Karma. O resultado de nossas ações se chama Samskara.

Janine Milward

Estamos sempre ouvindo – ou mesmo falando – sobre tal evento ou situação ou pessoa que representam aquilo que (erroneamente) entendemos como nosso Karma..., na expectativa de que, com isso, estamos nos referindo ao peso, ao obstáculo, à situação desagradável ou penosa que temos que enfrentar em nossas vidas...

No entanto, não necessariamente Karma quer significar peso, obstáculo, situação desagradável ou penosa.... Não. A verdade é que Karma significa ação. Nossas ações de vida, todas, são denominadas de nossos Karmas.

E certamente, compreendemos que toda ação traz uma reação, Samskara – seja ela uma reação mais imediata (podendo acontecer ainda dentro da mesma vida quando a ação, Karma, tenha sido praticada); ou seja ela em seu sentido de reação em potencial (podendo acontecer ainda na mesma vida bem como sendo a reação de ações praticadas em outras vidas anteriores - ou em próximas vidas) e não exatamente através das mesmas pessoas ou situações aos quais os atos foram realizados e intencionados. E certamente, também podemos pensar que determinadas reações, Samskaras, sejam lançadas para serem vivenciadas em vidas sucessivas ainda-a-virem, para o futuro.

Portanto, ações positivas trazem reações positivas, ações negativas trazem reações negativas, perpassando através das vidas....

Usamos dizer que Karmas são pesados porque apenas sentimos mais intensamente nossas vicissitudes..., quando as coisas são fáceis e agradáveis não pensamos que estamos vivenciando nossos Samskaras – mas estamos sim.

E mais, somente a conscientização real e plena sobre o ato em si é que pode abrandar a sua reação em potencial (em seu sentido de negatividade). É quase como uma sala que vem sendo mantida escura por cem anos e que, ao receber uma vela ou uma lâmpada acesa, brilha, súbita e vigorosamente, em sua iluminação!

Tudo na Criação é apenas mente e luz e não-luz.

Assim, é muito importante que nós tenhamos uma boa consciência sobre nossos atos – tema principal de nossas vidas.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward
FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward

TUDO É MENTE (Manifestada através da Luz e Não-Luz - A Criação)

"TUDO É MENTE
(Manifestada através da Luz e Não-Luz - A Criação)

Janine Milward

Srii Srii Anandamurti, o Mestre do Tantra, nos diz:

A meta de nossa vida é nos fusionarmos com Paramapurusa, o Tao, a Suprema Consciência.

E por que? A realidade é que tudo, tudo, tudo é simplesmente o Tao, a Suprema Consciência. Baba Nam Kevalam.

A Suprema Consciência dá berço à Mente Cósmica que por sua vez faz nascer a Criação, assim como a conhecemos e a ela pertencemos.

No entanto, por possuirmos, privilegiadamente, a expansão da mente, somos aqueles dentro da Criação que possuem o dom e a oportunidade de tecermos cada vez mais a expansão de nossa consciência até torná-la Consciência: real espelho da Mente Cósmica e certamente, da Suprema Consciência: é o Retorno à Fonte Original – essa é a meta de nossa vida.

Assim, a mente nos leva a compreendermos mais profundamente a respeito de nossas ações – direcionadas a partir de nossa consciência – e das reações à essas mesmas ações – mais imediatas ou em potencial (ainda numa mesma encarnação ou em seguimento de encarnações).

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward

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TUDO É MENTE
(Manifestada através da Luz e Não-Luz - A Criação)

Janine Milward

Srii Srii Anandamurti, o Mestre do Tantra, nos diz:
A meta de nossa vida é nos fusionarmos com Paramapurusa, o Tao, a Suprema Consciência.

E por que? A realidade é que tudo, tudo, tudo é simplesmente o Tao, a Suprema Consciência. Baba Nam Kevalam.

A Suprema Consciência dá berço à Mente Cósmica que por sua vez faz nascer a Criação, assim como a conhecemos e a ela pertencemos.

No entanto, por possuirmos, privilegiadamente, a expansão da mente, somos aqueles dentro da Criação que possuem o dom e a oportunidade de tecermos cada vez mais a expansão de nossa consciência até torná-la Consciência: real espelho da Mente Cósmica e certamente, da Suprema Consciência: é o Retorno à Fonte Original – essa é a meta de nossa vida.

Assim, a mente nos leva a compreendermos mais profundamente a respeito de nossas ações – direcionadas a partir de nossa consciência – e das reações à essas mesmas ações – mais imediatas ou em potencial (ainda numa mesma encarnação ou em seguimento de encarnações).

Com um abraço estrelado,
Janine Milward
FOTO: SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward
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Intenções e Realizações da Alma quando da elaboração de seu Mapa Astral Eu Sou: Eu Farei, Eu Faço, Eu Fiz

"Intenções e Realizações da Alma
quando da elaboração de seu Mapa Astral
Eu Sou: Eu Farei, Eu Faço, Eu Fiz

Janine Milward de Azevedo

De uma maneira geral, sempre que eu vou realizar a leitura de um mapa astral, eu faço um prólogo de alguns minutos, quando eu tento explicar ao meu ouvinte meu ponto de vista sobre a questão da Alma e sua elaboração de seu mapa astral. Sempre deixo claro que o mapa sempre vai representar o desejo da Alma para sua vivência na Terra, esta Estação de Trabalho e de Iluminação e que, no entanto, é certamente um dever e um direito do ego - fusionado à sua alma e ao seu espírito - expandir sua mente e sua consciência a tal ponto de iluminação que possa exercer esse mapa em seus níveis arquetípicos mais elevados, espiritualmente falando.

Então, o mapa astral revela o Eu Sou dessa Alma que pertence à totalidade deste nosso universo e de outros universos também - sob o Tao da Criação dentro do Mundo da Manifestação advindo do Mundo da Não-Manifestação.

O momento da primeira inspiração e primeira expiração é o instante universal do EU FAREI. Todas as posteriores inspirações e expirações marcam o instante universal do EU FAÇO. O momento da última inspiração e última expiração é o instante universal do EU FIZ.

O espaço entre o céu e a terra assemelha-se a um fole
É um vazio que não distorce
Seu movimento é a contínua criação.

A própria respiração do universo – o fole – murmura o Mantra: Eu Sou e esse movimento é realizado através dessas três afirmações: Eu Farei, Eu Faço, Eu Fiz.

Nosso mapa astral é algo que nossa alma ansiou realizar, o Eu Farei. Enquanto vivenciamos nossa vida na matéria e vamos conscientemente realizando nossa Missão, é o Eu Faço. E no momento de nossa passagem para uma outra dimensão, será o Eu Fiz....

Ao mesmo tempo que nosso mapa astral natal é apenas uma fotografia do céu no momento de seu nascimento.... Tudo continuou a se movimentar desde então... Em um dado momento, existe a inter-relação do ontem, do hoje e do amanhã, formando uma outra inter-relação no minuto seguinte, e outra, e mais outra, e outra mais, infinitamente.

A meta de nossa vida é nos fusionarmos com o Tao da Criação - é algo que nunca podemos nos esquecer, é preciso todo o tempo estarmos conscientes do que realmente significa nossa vida, nossa materialização aqui, no Planeta Terra, Estação de Trabalho e de Iluminação.

Um dos mais sublimes momentos da vida do Caminhante é quando ele/ela e sua Alma entram em acordo acerca de sua Missão de Vida a ser cumprida. A partir desse momento, céus e terra se unem para fazer essa Missão acontecer. Ao Caminhante resta apenas viver e trabalhar, e ser ele mesmo todo o tempo a sua própria essência, para não se afastar jamais do desejo de sua Alma. Agindo assim, o Caminhante certamente alcançará sua Iluminação e estará pronto para, dentro do Caminho da Bem-Aventurança, se fusionar com a Consciência Suprema e tornar-se um Homem Sagrado, alcançando sua Liberação - consciência iluminada e infinita e vida infinita.

O Homem Sagrado é aquele que é considerado "Semente Queimada" (aquele que não mais possui Karmas nem Samskaras), ou seja, uma semente que não mais encarna no mundo dos homens submetidos à re-encarnação. Aqueles que ainda não expandiram sua mente em consciência iluminada são homens "Sementes que Nascem de Novo" (porque ainda possuem Karmas e Samskaras).

 COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward
FOTO: OUTONO NO SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward
http://almaeautoconhecimento.blogspot.com.br/2014/02/intencoes-e-realizacoes-da-alma-eu-sou.html"

Intenções e Realizações da Alma
quando da elaboração de seu Mapa Astral
Eu Sou: Eu Farei, Eu Faço, Eu Fiz

Janine Milward de Azevedo

De uma maneira geral, sempre que eu vou realizar a leitura de um mapa astral, eu faço um prólogo de alguns minutos, quando eu tento explicar ao meu ouvinte meu ponto de vista sobre a questão da Alma e sua elaboração de seu mapa astral. Sempre deixo claro que o mapa sempre vai representar o desejo da Alma para sua vivência na Terra, esta Estação de Trabalho e de Iluminação e que, no entanto, é certamente um dever e um direito do ego - fusionado à sua alma e ao seu espírito - expandir sua mente e sua consciência a tal ponto de iluminação que possa exercer esse mapa em seus níveis arquetípicos mais elevados, espiritualmente falando.

Então, o mapa astral revela o Eu Sou dessa Alma que pertence à totalidade deste nosso universo e de outros universos também - sob o Tao da Criação dentro do Mundo da Manifestação advindo do Mundo da Não-Manifestação.

O momento da primeira inspiração e primeira expiração é o instante universal do EU FAREI. Todas as posteriores inspirações e expirações marcam o instante universal do EU FAÇO. O momento da última inspiração e última expiração é o instante universal do EU FIZ.

O espaço entre o céu e a terra assemelha-se a um fole
É um vazio que não distorce
Seu movimento é a contínua criação.

A própria respiração do universo – o fole – murmura o Mantra: Eu Sou e esse movimento é realizado através dessas três afirmações: Eu Farei, Eu Faço, Eu Fiz.

Nosso mapa astral é algo que nossa alma ansiou realizar, o Eu Farei. Enquanto vivenciamos nossa vida na matéria e vamos conscientemente realizando nossa Missão, é o Eu Faço. E no momento de nossa passagem para uma outra dimensão, será o Eu Fiz....

Ao mesmo tempo que nosso mapa astral natal é apenas uma fotografia do céu no momento de seu nascimento.... Tudo continuou a se movimentar desde então... Em um dado momento, existe a inter-relação do ontem, do hoje e do amanhã, formando uma outra inter-relação no minuto seguinte, e outra, e mais outra, e outra mais, infinitamente.

A meta de nossa vida é nos fusionarmos com o Tao da Criação - é algo que nunca podemos nos esquecer, é preciso todo o tempo estarmos conscientes do que realmente significa nossa vida, nossa materialização aqui, no Planeta Terra, Estação de Trabalho e de Iluminação.

Um dos mais sublimes momentos da vida do Caminhante é quando ele/ela e sua Alma entram em acordo acerca de sua Missão de Vida a ser cumprida. A partir desse momento, céus e terra se unem para fazer essa Missão acontecer. Ao Caminhante resta apenas viver e trabalhar, e ser ele mesmo todo o tempo a sua própria essência, para não se afastar jamais do desejo de sua Alma. Agindo assim, o Caminhante certamente alcançará sua Iluminação e estará pronto para, dentro do Caminho da Bem-Aventurança, se fusionar com a Consciência Suprema e tornar-se um Homem Sagrado, alcançando sua Liberação - consciência iluminada e infinita e vida infinita.

O Homem Sagrado é aquele que é considerado "Semente Queimada" (aquele que não mais possui Karmas nem Samskaras), ou seja, uma semente que não mais encarna no mundo dos homens submetidos à re-encarnação. Aqueles que ainda não expandiram sua mente em consciência iluminada são homens "Sementes que Nascem de Novo" (porque ainda possuem Karmas e Samskaras).

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward
FOTO: OUTONO NO SÍTIO DAS ESTRELAS, Janine Milward
http://almaeautoconhecimento.blogspot.com.br/…/intencoes-e-…