Wesak: a Lua Cheia iluminando a ponte de encontro entre seres encarnados e seus mestres desencarnados

Caro Caminhante do Céu e da Terra

Quando acontece de o Sol 
(na Astrologia) 
encontrar-se no signo de Touro
e a Lua alcançar seu momento de plenilúnio
- a Lua Cheia -,
entra em cena o ápice do chamado 
Festival do Wesak,
o encontro entre nós, encarnados,
com nossos mestres desencarnados.

A bem da verdade,
o momento da chamada Lua Cheia de Touro
comemora o nascimento, a iluminação e a morte 
de Sidharta Gautama,
o Buda que teria nascido, iluminado e realizado sua passagem
exatamente nestes momentos.





 ESTA LUA É CONHECIDA COMO A LUA DO BUDA,
 O FESTIVAL DO WESAK, 
O ENCONTRO ENTRE OS MUNDOS VISÍVEIS E INVISÍVEIS.

O FESTIVAL DO WESAK NOS LEVA À CONSCIENTIZAÇÃO

ACERCA A ALQUIMIA DO TAO

Janine Milward

Eu penso que um belo momento para sentarmos em meditação
 – e, de preferência, em grupo -,
 é o tempo do Festival do Wesak que celebra o nascimento, a iluminação 
e a morte do Buda, o Desperto.

Sentar no silêncio significa adentrar o silêncio, penetrar no silêncio,
 deixar-se adentrar, penetrar,
 em sua mais profunda interiorização, em si mesmo, no mais fundo recôndito de seu ser.

Lao Tse, o Mestre do Tao, nos diz que “Uma longa jornada inicia-se debaixo dos pés”..., 
ou seja, a longa jornada começa e termina em nós mesmos, 
em nossa interiorização absoluta, 
em nosso silêncio interior e absoluto. 
Será dentro desse silêncio interior e absoluto que a mente do Caminhante
 se tornará Consciência 
e que seu corpo físico será transmutado em Corpo de Luz: é a Alquimia do Tao.

O Festival do Wesak, a meu ver, celebra a Alquimia da Vida, da infinitização
 e iluminação da Consciência
 e da infinitização e iluminação da Vida.

Alquimia significa transmutação. A Alquimia do Tao não pressupõe 
o uso de quaisquer elementos pertencentes à matéria do mundo manifestado para sua realização,
 bem ao contrário, todo o processo é realizado a partir da mente tornando-se Consciência 
e fusionando-se com a respiração tornada Sopro Vital.

A mente é exteriorizada e pertence ao Céu Posterior, ao mundo manifestado. 
A Consciência é interiorizada e pertence ao Céu Anterior, ao mundo não-manifestado. 
A respiração é a parte do mundo manifestado 
realizada pelo Sopro do mundo não-manifestado. 
Em tudo existe a Energia Vital - que é o Sopro
 - e em tudo existe a Vida infinitizada - 
que é a Consciência.
 A mente, sendo realizada através o ego, consegue perceber e racionalizar, 
intelectualizar,
 essas questões. 
Porém será somente a Consciência
 - já inteiramente despida de ego - 
que haverá de efetivamente vivenciar e realizar estas questões.

Primeiramente, o Caminhante estará trabalhando sua mente e transmutando-a em Mente, 
dentro do Céu Posterior... até se conscientizar de que a Consciência pode também ser buscada 
e encontrada, dentro do Céu Anterior - a Consciência do Céu Anterior -, 
fazendo com que esta Consciência se assemelhe ao Tao e assim, se torne Iluminada e Infinitizada. 
Esse é o Caminho da Iluminação.

Portanto, a Alquimia do Tao estará sendo processada através a fusão entre fogo e água, 
entre mente e respiração, entre mente e Energia Vital, entre Consciência e Sopro Vital,
 entre Espírito e Sopro Primordial, entre o Céu Posterior e o Céu Anterior. 
A meta é realizar esta fusão entre Espírito e Sopro Primordial do Céu Anterior 
de maneira que se faça surgir a Essência.
 Será com esta Essência que o Caminhante deverá dar prosseguimento às várias etapas
 de seu Caminho da Iluminação até alcançar Consciência Infinitizada e Iluminada.

A continuidade do processo da Alquimia do Caldeirão propõe a transmutação do corpo físico 
(o Caldeirão) 
do Caminhante, do Homem Iluminado, em Corpo de Luz... 
porém isso somente pode acontecer através a transmutação de sua mente em Consciência Iluminada
 - pois será exatamente esta Consciência Iluminada e Infinitizada 
e já agregada ao Céu Anterior que irá realizar o longo processo de transmutação 
do corpo físico em Corpo de Luz. 
E quando acontece a realização do Corpo de Luz,
 esse Corpo Iluminado traz para si a Infinitização 
e a Iluminação dessa mesma Vida.

A Alquimia do Caldeirão transmuta tudo aquilo que faz parte da duração, do Céu Posterior, 
em tudo aquilo que fará parte da constância, do Céu Anterior. 
É um longo processo que se traduz em dois Caminhos: o Caminho da Iluminação 
e o Caminho da Imortalidade. 
Esses dois Caminhos precisam ser realizados dentro da encarnação, 
dentro da materialização plena do ser - 
porque Luz é matéria e é a Luz a ferramenta fundamental a ser entrelaçada à Não-Luz 
e fazerem ambos acontecer o Vazio e a Flor de Ouro, a Luz.

O Caminho da Iluminação traz ao Caminhante Mente Iluminada e Infinitizada -
 e somente tem seu início no momento 
em que o Caminhante realiza sua plenitude de fusão entre Espírito e Sopro do Céu Anterior 
e alcança a plenitude do Vazio, do Receptivo.

Resta ainda o corpo físico do Caminhante e esse é o Caldeirão a ser submetido inteiramente 
e objetivamente à Alquimia Espiritual no sentido do Caminhante Iluminado 
se utilizar de sua Mente Iluminada e Infinitizada 
e transmutar seu corpo físico em Corpo de Luz 
e adquirir Vida Iluminada e Infinitizada para a plenitude de realização 
de seu Caminho da Imortalidade 
e tornar-se a Flor de Ouro, a plenitude da Luz, do Criativo.

A Alquimia do Tao é realizada no homem de maneira que este se torne Homem Sagrado,
 trabalhando sua mente e seu corpo físico, alcançando a Consciência do Céu Anterior 
e seu Corpo de Luz do Céu Anterior, ou seja, alcançando
 e bem concluindo seus Caminhos da Iluminação
 e da Imortalidade.

Lao Tse nos diz em seu Capítulo 64 do Tao Te Ching, o Livro do Caminho e da Virtude:
Uma longa jornada inicia-se debaixo dos pés.

Ou, em outra versão, mais conhecida por todos:
Uma longa jornada inicia-se no primeiro passo.

O Caminho encontra-se ‘debaixo dos pés’, apenas necessitando de sua conscientização. 
A conscientização, então, leva o Caminhante a iniciar o ‘primeiro passo’.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward
Trecho extraído do meu Livro O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO 
– sendo acessado em