There is a voice that doesn’t use words, Listen!

There is a voice that doesn’t use words,
Listen!
~Rumi

Os seres humanos vêm até a Terra por um curto período de tempo

Os seres humanos vêm até a Terra por um curto período de tempo e devem completar tudo durante este curto período. Portanto, existe um mundo de trabalhos a serem feitos e o tempo é bem curto. Sendo assim, pessoas inteligentes fazem o possível para usar da melhor forma cada momento de suas vidas – a perda de tempo é o mais alto grau de idiotice.

Nenhum ser humano na Terra permanecerá por muito tempo e a verdadeira meta da vida humana é alcançar a Suprema Instância. Os seres humanos, enquanto caminhando em direção à meta que está fixada anteriormente em suas mentes, terão que realizar muitos trabalhos interrelacionados.

E é por esta razão que dissemos: mantenham uma mão aos pés de Parama Purusa (a Entidade Suprema) e a outra mão nos trabalhos/assuntos mundanos. Deixem que a mente esteja constantemente voltada para Parama Purusa (a Entidade Cósmica).

E, enquanto estiverem praticando os trabalhos/assuntos mundanos, não se esqueçam jamais de que estes trabalhos/assuntos também são voltados para Parama Purusa (a Entidade Cósmica).

Srii Srii Anandamurti

Human beings come onto this earth for a very short period, and within this short period they are required to complete everything. So there is a great deal of work to be done, but the time is very short. Thus intelligent people make the best use of every moment of their time – wasting one’s time is the height of foolishness. No human being on this earth will remain for long, and the very goal of human life is to attain the Supreme Stance. Human beings while moving forward towards that Goal which is fixed before their minds, will have to perform many interrelated works. That is why it is said, Keep one hand on the feet of Parama Puruśa,(Cosmic Entity) and with the other hand do your mundane duties. Let the mind be constantly attached to Parama Puruśa,(Cosmic Entity) . And while performing one’s mundane duties one should always remember that these duties are also the task of Parama Puruśa,(Cosmic Entity) .
Shrii Shrii Anandamurti Ji

Uma vez possamos compreender que a estrada é a meta

Uma vez possamos compreender que a estrada é a meta e que sempre estaremos na estrada não para alcançar uma meta e sim para usufruir sua beleza e sua sabedoria, então a vida cessa de ser árdua e torna-se natural e simples, um êxtase em si mesmo.
"Once you realize that the road is the goal and that you are always on the road, not to reach a goal, but to enjoy its beauty and its wisdom, life ceases to be a task and becomes natural and simple, in itself an ecstasy."

~ Sri Nisargadatta Maharaj ~

“Quem percorre o Caminho Espiritual Taoísta na busca da expansão de sua consciência, jamais pára de estudar; até o fim da sua vida”. ─ Wǔ Zhì Chéng (1958-2004)

Foto: “Quem percorre o Caminho Espiritual Taoísta na busca da expansão de sua consciência, jamais pára de estudar; até o fim da sua vida”.
─ Wǔ Zhì Chéng (1958-2004)

“Quem percorre o Caminho Espiritual Taoísta na busca da expansão de sua consciência, jamais pára de estudar; até o fim da sua vida”.
─ Wǔ Zhì Chéng (1958-2004)

a simplicidade do ato da MEDITAÇÃO

Foto: Srii Srii Anandamurti, nos fala sobre a simplicidade do ato da MEDITAÇÃO:

A Consciência Suprema se encontra dentro de você assim como a manteiga está no leite; bata a sua mente através da meditação e Ela aparecerá – você verá que a resplandecência da Consciência Suprema ilumina todo o seu Ser interior. Ela é como um rio subterrâneo dentro de você. Remova as areias da mente e você encontrará a água fresca e límpida no interior.


Srii Srii Anandamurti, nos fala sobre a simplicidade do ato da MEDITAÇÃO:

A Consciência Suprema se encontra dentro de você assim como a manteiga está no leite; bata a sua mente através da meditação e Ela aparecerá – você verá que a resplandecência da Consciência Suprema ilumina todo o seu Ser interior. Ela é como um rio subterrâneo dentro de você. Remova as areias da mente e você encontrará a água fresca e límpida no interior.

O que é Dharma

Foto: O que é Dharma

Srii Srii Anandamurti

O texto foi extraído de Ananda Marga: Elementary Philosophy (publicado dentro do site www.anandamarga.org) e traduzido livremente por Janine Milward.
This is an excerpt from Ananda Marga: Elementary Philosophy by Shrii Shrii Anandamurti. Ananda Marga Publications, Kolkata, Published with permission of Ananda Marga Central Publications. © 1998 Ánanda Márga Pracáraka Sam’gha, all rights reserved.


Os seres humanos são os seres mais desenvolvidos. Eles (podem) possuir o desenvolvimento da consciência em seu mais alto nível e esse fato os torna diferenciados de todos os outros animais. Nenhum outro ser possui tal clareza de consciência. Os seres humanos podem distinguir entre o bem e o mal com a ajuda de sua consciência e quando em perigo, eles podem buscar uma saída – com a ajuda dessa consciência. Ninguém gosta de viver na miséria e no sofrimento – menos ainda os seres humanos que procuram, através da consciência, uma saída para tais vicissitudes. A vida sem tristeza nem sofrimento é uma vida de felicidade e de benção e é isso que as pessoas almejam. Todo mundo está em busca da felicidade – a verdade é que a natureza das pessoas é buscar a felicidade. Veremos então o que as pessoas devem fazer para alcançar a felicidade e se esta é alcançada através destas formas de busca.

Em sua busca pela felicidade, as pessoas são, a princípio, atraídas pelos divertimentos mundanos. Elas amam a riqueza e tentam atingir o poder e posições que satisfaçam seus desejos de felicidade. Aquele que possui muito dinheiro não está satisfeito apenas com isso e busca mais e mais dinheiro, e no entanto, mesmo possuindo muitíssimo dinheiro ainda não se acha satisfeito e ainda sai em busca de mais e mais.... Também uma pessoa que tenha influência numa cidade deseja estender esta influência sobre uma província, políticos estatais desejam se tornar políticos nacionais, e se assim conseguirem suas posições, estarão ambicionando uma posição de liderança mundial. A mera aquisição da riqueza, do poder e de posições não satisfaz uma pessoa. A aquisição de alguma coisa que possua seus limites simplesmente cria o desejo de mais e mais e a busca pela felicidade parece não ter fim... a fome de possuir não tem fim: é ilimitada e infinita.

Não importa o quão digno ou não é este alcance de felicidade, não ajuda a fazer com que as pessoas descansem em suas buscas por felicidade. Aqueles que lutam pela riqueza não ficam satisfeitos enquanto não obtiverem uma riqueza ilimitada. Também não aqueles que buscam por poder, posições e prestígio podem se sentir satisfeitos até que essas questões sejam atingidas em proporções ilimitadas – porque são objetos pertencentes ao mundo. O mundo por si mesmo é limitado e não pode prover objetos infinitos. Portanto, o quanto maior é a aquisição mundana – mesmo que seja o globo inteiro – não asseguraria qualquer coisa de permanente ou infinito. O que então é essa coisa infinita, eterna, que poderá prover felicidade constante?

A Suprema Consciência é por si mesma infinita e eterna. É por si mesma sem limite. E a eterna esperança dos seres humanos pelo alcance da felicidade pode ser apenas satisfeita pela realização da Infinitude. A natureza efêmera das possessões mundanas, poder e posições podem apenas levar uma pessoa à conclusão de que nada dessas questões do mundo finito e limitado podem trazer um descanso ao eterno desejo de alcançar a felicidade. Suas aquisições apenas dão lugar à outras aquisições, mais e mais. Somente a compreensão da Infinitude pode trazer a felicidade. A Infinitude pode ser apenas uma – é a Suprema Consciência. Assim, é somente a Suprema Consciência que pode prover a felicidade constante – cuja busca é a característica de cada ser humano. Na realidade, atrás dessa necessidade humana está escondido o desejo, a vontade de atingir a Suprema Consciência. Essa é a verdadeira natureza de cada ser vivente. Este é simplesmente o dharma de cada pessoa.

A palavra dharma significa “propriedade” (aquilo que é próprio, natural). Traduzindo do inglês, as palavras podem ser “natureza”, “característica” ou “propriedade”. A natureza do fogo é queimar ou produzir calor. É a característica ou propriedade do fogo e que também determina a natureza do fogo. Similarmente, o dharma ou a natureza dos seres humanos é alcançar a Suprema Consciência.

O grau de divindade nos seres humanos é indicado através da transparência de sua consciência. Cada ser humano, tendo se desenvolvido a partir dos animais, possui, portanto, dois aspectos: o aspecto animal e o aspecto da consciência que distingue uma pessoa do animal. Os animais mostram predominantemente sua animalidade, enquanto os seres humanos, em função de sua bem trabalhada consciência, também possuem a racionalidade. A animalidade nos seres humanos lhes dá uma tendência em direção à vida animal ou às alegrias físicas. Sob esta influencia, os seres humanos procuram por sua comida, sua bebida e as gratificações para seus desejos físicos. Eles são atraídos por estas questões e correm atrás delas sob a influencia de suas animalidades... porém estas questões não provêem felicidade – desde que se encontram dentro do conceito da infinitude.

Os animais são satisfeitos por estas alegrias limitadas – desde que sua necessidade não é infinita. Não importa quão grande seja a quantidade das coisas oferecidas ao um animal, ele pegará apenas aquilo que ele necessita e não se importará com aquilo que sobrar. Porém os humanos certamente agirão de maneira diferente sob estas condições. Isto estabelece, portanto, que os animais são satisfeitos dentro do limite, enquanto o desejo dos seres humanos é ilimitado, mesmo que o desejo de alegria para ambos seja proporcionado e governado pelo aspecto animal da vida. A diferença entre os dois é em função é que o ser humano possui uma consciência transparente, lúcida, clara – algo que os animais não possuem.

A natureza infinita do homem que clama por uma felicidade absoluta existe simplesmente em função de sua consciência. É essa mesma consciência que não é satisfeita com os prazeres físicos de posse, poder e posição – coisas que, mesmo apesar de suas altas proporções, são apenas transitórias . É a consciência que cria nos seres humanos sua ânsia pela Suprema Consciência.

As coisas do mundo – as alegrias físicas – não saciam a sede do coração humano por felicidade. No entanto, encontramos pessoas que são satisfeitas por estes objetos mundanos. A animalidade nas pessoas as leva em direção à gratificação dos seus desejos animais, porém a racionalidade de suas consciências permanece sem gratificação - desde que os objetos mundanos são transitórios e de vida curta e não são suficientes para dar um final à ilimitada e infinita fome da consciência humana. Existe, portanto, um constante duelo nos seres humanos entre sua animalidade e sua racionalidade. O aspecto animal os empurra em direção às alegrias terrenas, enquanto sua consciência, não satisfeita com estas alegrias mundanas, os leva em direção à Suprema Consciência – a Infinitude. Isto resulta numa luta entre o aspecto animal e a consciência. Se os prazeres carnais derivados do poder e da posição fossem infinitos e ilimitados, eles poderiam dar um final à eterna busca da consciência pela felicidade. Porém, isso não acontece e é exatamente por não acontecer é que a glória efêmera das alegrias temporais nunca podem assegurar uma paz duradoura na mente humana e levar as pessoas ao êxtase. 

É somente a consciência transparente que diferencia os seres humanos dos animais. É então imperativo que os seres humanos façam uso de sua consciência. Se sua consciência está dormente atrás de sua animalidade, as pessoas podem se comportar como os animais. A verdade é que podem se tornar ainda pior do que os animais em função de possuírem uma consciência transparente e não fazerem uso da mesma. Estas pessoas não merecem o status de seres humanos. Elas são animais em forma de humanos.

A natureza da consciência é procurar pela Infinitude ou compreender a Suprema Consciência. Somente aquelas pessoas que fazem uso de sua consciência e seguem suas normas merecem ser chamados de seres humanos. Portanto, cada pessoa, ao fazer uso em sua plenitude de sua consciência transparente, ganha o direito de ser chamado de ser humano e encontra seu dharma ou natureza própria de ser aquela que busca pela Infinitude da Suprema Consciência. Este desejo pela Infinitude é uma qualidade inata ou dharma que caracteriza o status de humano ás pessoas.

A felicidade é derivada de se obter aquilo que se deseja. Se uma pessoa não consegue obter aquilo que deseja, não pode ser feliz. A pessoa se torna triste. A consciência transparente nas pessoas, que é a única a distingui-las dos animais, procura pela Consciência Cósmica ou pela Infinitude. Dessa forma, as pessoas conseguem a real felicidade somente quando elas podem atingir a Consciência Cósmica ou entrar no processo para alcançar essa meta. A Consciência não quer as alegrias mundanas em função dessas serem finitas e não poderem trazer satisfação à essa Consciência. A conclusão que chegamos é que o dharma da humanidade é compreender a Infinitude ou a Consciência Cósmica. Somente através desse dharma que as pessoas podem usufruir da eterna felicidade e benção.

..................................

(*) Srii Srii Anandamurti é o Mestre, é o Guru, é o Guia Espiritual de muitos Caminhantes que Caminham seus Caminhos sob a proteção e luz de um Homem Sagrado. Carinhosamente chamado de Baba (cuja tradução é Pai Amado), sua força vem provando ser radiosa, grandiosa, não apenas para o momento presente do Planeta mas, fundamentalmente, para o futuro - quando a solidariedade e comunitarismo entre os Caminhantes e os Povos serão não apenas uma necessidade, mas, certamente, um desejo intenso advindo de uma consciência expandida e iluminada

O desejo do Guru é iniciar seus discípulos 
dentro do Caminho da Iluminação e da Liberação.

(Guru - preceptor espiritual, mestre, literalmente “aquele que dispersa a escuridão”)

Srii Srii Anandamurti criou a organização espiritual e social chamada Ananda Marga, cuja tradução é Caminho da Bem-Aventurança. 

Pequeno glossário (a partir do original inglês):
clearly-reflected consciousness – consciência transparente
Cosmic Entity – Suprema Consciência, Consciência Cósmica
Infinite – Infinitude
Dharma – propriedade, característica, natureza, aquilo que é próprio, natural – sua própria natureza - dever; a característica essencial de uma entidade; a capacidade de prestar serviço, que é a qualidade essencial do ser vivo.

O que é Dharma

Srii Srii Anandamurti

O texto foi extraído de Ananda Marga: Elementary Philosophy (publicado dentro do site www.anandamarga.org) e traduzido livremente por Janine Milward.
This is an excerpt from Ananda Marga: Elementary Philosophy by Shrii Shrii Anandamurti. Ananda Marga Publications, Kolkata, Published with permission of Ananda Marga Central Publications. © 1998 Ánanda Márga Pracáraka Sam’gha, all rights reserved.


Os seres humanos são os seres mais desenvolvidos. Eles (podem) possuir o desenvolvimento da consciência em seu mais alto nível e esse fato os torna diferenciados de todos os outros animais. Nenhum outro ser possui tal clareza de consciência. Os seres humanos podem distinguir entre o bem e o mal com a ajuda de sua consciência e quando em perigo, eles podem buscar uma saída – com a ajuda dessa consciência. Ninguém gosta de viver na miséria e no sofrimento – menos ainda os seres humanos que procuram, através da consciência, uma saída para tais vicissitudes. A vida sem tristeza nem sofrimento é uma vida de felicidade e de benção e é isso que as pessoas almejam. Todo mundo está em busca da felicidade – a verdade é que a natureza das pessoas é buscar a felicidade. Veremos então o que as pessoas devem fazer para alcançar a felicidade e se esta é alcançada através destas formas de busca.

Em sua busca pela felicidade, as pessoas são, a princípio, atraídas pelos divertimentos mundanos. Elas amam a riqueza e tentam atingir o poder e posições que satisfaçam seus desejos de felicidade. Aquele que possui muito dinheiro não está satisfeito apenas com isso e busca mais e mais dinheiro, e no entanto, mesmo possuindo muitíssimo dinheiro ainda não se acha satisfeito e ainda sai em busca de mais e mais.... Também uma pessoa que tenha influência numa cidade deseja estender esta influência sobre uma província, políticos estatais desejam se tornar políticos nacionais, e se assim conseguirem suas posições, estarão ambicionando uma posição de liderança mundial. A mera aquisição da riqueza, do poder e de posições não satisfaz uma pessoa. A aquisição de alguma coisa que possua seus limites simplesmente cria o desejo de mais e mais e a busca pela felicidade parece não ter fim... a fome de possuir não tem fim: é ilimitada e infinita.

Não importa o quão digno ou não é este alcance de felicidade, não ajuda a fazer com que as pessoas descansem em suas buscas por felicidade. Aqueles que lutam pela riqueza não ficam satisfeitos enquanto não obtiverem uma riqueza ilimitada. Também não aqueles que buscam por poder, posições e prestígio podem se sentir satisfeitos até que essas questões sejam atingidas em proporções ilimitadas – porque são objetos pertencentes ao mundo. O mundo por si mesmo é limitado e não pode prover objetos infinitos. Portanto, o quanto maior é a aquisição mundana – mesmo que seja o globo inteiro – não asseguraria qualquer coisa de permanente ou infinito. O que então é essa coisa infinita, eterna, que poderá prover felicidade constante?

A Suprema Consciência é por si mesma infinita e eterna. É por si mesma sem limite. E a eterna esperança dos seres humanos pelo alcance da felicidade pode ser apenas satisfeita pela realização da Infinitude. A natureza efêmera das possessões mundanas, poder e posições podem apenas levar uma pessoa à conclusão de que nada dessas questões do mundo finito e limitado podem trazer um descanso ao eterno desejo de alcançar a felicidade. Suas aquisições apenas dão lugar à outras aquisições, mais e mais. Somente a compreensão da Infinitude pode trazer a felicidade. A Infinitude pode ser apenas uma – é a Suprema Consciência. Assim, é somente a Suprema Consciência que pode prover a felicidade constante – cuja busca é a característica de cada ser humano. Na realidade, atrás dessa necessidade humana está escondido o desejo, a vontade de atingir a Suprema Consciência. Essa é a verdadeira natureza de cada ser vivente. Este é simplesmente o dharma de cada pessoa.

A palavra dharma significa “propriedade” (aquilo que é próprio, natural). Traduzindo do inglês, as palavras podem ser “natureza”, “característica” ou “propriedade”. A natureza do fogo é queimar ou produzir calor. É a característica ou propriedade do fogo e que também determina a natureza do fogo. Similarmente, o dharma ou a natureza dos seres humanos é alcançar a Suprema Consciência.

O grau de divindade nos seres humanos é indicado através da transparência de sua consciência. Cada ser humano, tendo se desenvolvido a partir dos animais, possui, portanto, dois aspectos: o aspecto animal e o aspecto da consciência que distingue uma pessoa do animal. Os animais mostram predominantemente sua animalidade, enquanto os seres humanos, em função de sua bem trabalhada consciência, também possuem a racionalidade. A animalidade nos seres humanos lhes dá uma tendência em direção à vida animal ou às alegrias físicas. Sob esta influencia, os seres humanos procuram por sua comida, sua bebida e as gratificações para seus desejos físicos. Eles são atraídos por estas questões e correm atrás delas sob a influencia de suas animalidades... porém estas questões não provêem felicidade – desde que se encontram dentro do conceito da infinitude.

Os animais são satisfeitos por estas alegrias limitadas – desde que sua necessidade não é infinita. Não importa quão grande seja a quantidade das coisas oferecidas ao um animal, ele pegará apenas aquilo que ele necessita e não se importará com aquilo que sobrar. Porém os humanos certamente agirão de maneira diferente sob estas condições. Isto estabelece, portanto, que os animais são satisfeitos dentro do limite, enquanto o desejo dos seres humanos é ilimitado, mesmo que o desejo de alegria para ambos seja proporcionado e governado pelo aspecto animal da vida. A diferença entre os dois é em função é que o ser humano possui uma consciência transparente, lúcida, clara – algo que os animais não possuem.

A natureza infinita do homem que clama por uma felicidade absoluta existe simplesmente em função de sua consciência. É essa mesma consciência que não é satisfeita com os prazeres físicos de posse, poder e posição – coisas que, mesmo apesar de suas altas proporções, são apenas transitórias . É a consciência que cria nos seres humanos sua ânsia pela Suprema Consciência.

As coisas do mundo – as alegrias físicas – não saciam a sede do coração humano por felicidade. No entanto, encontramos pessoas que são satisfeitas por estes objetos mundanos. A animalidade nas pessoas as leva em direção à gratificação dos seus desejos animais, porém a racionalidade de suas consciências permanece sem gratificação - desde que os objetos mundanos são transitórios e de vida curta e não são suficientes para dar um final à ilimitada e infinita fome da consciência humana. Existe, portanto, um constante duelo nos seres humanos entre sua animalidade e sua racionalidade. O aspecto animal os empurra em direção às alegrias terrenas, enquanto sua consciência, não satisfeita com estas alegrias mundanas, os leva em direção à Suprema Consciência – a Infinitude. Isto resulta numa luta entre o aspecto animal e a consciência. Se os prazeres carnais derivados do poder e da posição fossem infinitos e ilimitados, eles poderiam dar um final à eterna busca da consciência pela felicidade. Porém, isso não acontece e é exatamente por não acontecer é que a glória efêmera das alegrias temporais nunca podem assegurar uma paz duradoura na mente humana e levar as pessoas ao êxtase.

É somente a consciência transparente que diferencia os seres humanos dos animais. É então imperativo que os seres humanos façam uso de sua consciência. Se sua consciência está dormente atrás de sua animalidade, as pessoas podem se comportar como os animais. A verdade é que podem se tornar ainda pior do que os animais em função de possuírem uma consciência transparente e não fazerem uso da mesma. Estas pessoas não merecem o status de seres humanos. Elas são animais em forma de humanos.

A natureza da consciência é procurar pela Infinitude ou compreender a Suprema Consciência. Somente aquelas pessoas que fazem uso de sua consciência e seguem suas normas merecem ser chamados de seres humanos. Portanto, cada pessoa, ao fazer uso em sua plenitude de sua consciência transparente, ganha o direito de ser chamado de ser humano e encontra seu dharma ou natureza própria de ser aquela que busca pela Infinitude da Suprema Consciência. Este desejo pela Infinitude é uma qualidade inata ou dharma que caracteriza o status de humano ás pessoas.

A felicidade é derivada de se obter aquilo que se deseja. Se uma pessoa não consegue obter aquilo que deseja, não pode ser feliz. A pessoa se torna triste. A consciência transparente nas pessoas, que é a única a distingui-las dos animais, procura pela Consciência Cósmica ou pela Infinitude. Dessa forma, as pessoas conseguem a real felicidade somente quando elas podem atingir a Consciência Cósmica ou entrar no processo para alcançar essa meta. A Consciência não quer as alegrias mundanas em função dessas serem finitas e não poderem trazer satisfação à essa Consciência. A conclusão que chegamos é que o dharma da humanidade é compreender a Infinitude ou a Consciência Cósmica. Somente através desse dharma que as pessoas podem usufruir da eterna felicidade e benção.

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(*) Srii Srii Anandamurti é o Mestre, é o Guru, é o Guia Espiritual de muitos Caminhantes que Caminham seus Caminhos sob a proteção e luz de um Homem Sagrado. Carinhosamente chamado de Baba (cuja tradução é Pai Amado), sua força vem provando ser radiosa, grandiosa, não apenas para o momento presente do Planeta mas, fundamentalmente, para o futuro - quando a solidariedade e comunitarismo entre os Caminhantes e os Povos serão não apenas uma necessidade, mas, certamente, um desejo intenso advindo de uma consciência expandida e iluminada

O desejo do Guru é iniciar seus discípulos
dentro do Caminho da Iluminação e da Liberação.

(Guru - preceptor espiritual, mestre, literalmente “aquele que dispersa a escuridão”)

Srii Srii Anandamurti criou a organização espiritual e social chamada Ananda Marga, cuja tradução é Caminho da Bem-Aventurança.

Pequeno glossário (a partir do original inglês):
clearly-reflected consciousness – consciência transparente
Cosmic Entity – Suprema Consciência, Consciência Cósmica
Infinite – Infinitude
Dharma – propriedade, característica, natureza, aquilo que é próprio, natural – sua própria natureza - dever; a característica essencial de uma entidade; a capacidade de prestar serviço, que é a qualidade essencial do ser vivo.



What is Dharma?
by Shrii Shrii Anandamurti

Human beings are the highest-evolved beings. They possess clearly-reflected consciousness, and this makes them superior to animals. No other being has such a clear reflection of consciousness. Human beings can distinguish between good and bad with the help of their consciousness, and when in trouble they can find a way out, with its help. No one likes to live in misery and suffering, far less human beings, whose consciousness can find means of relief. Life without sorrow and suffering is a life of happiness and bliss, and that is what people desire. Everyone is in quest of happiness; in fact it is people's nature to seek happiness. Now let us see what one does to achieve it and whether it is achieved by those means.

In their search for happiness people are first attracted towards physical enjoyments. They amass wealth and try to achieve power and position to satisfy their desires for happiness. One who has a hundred rupees is not satisfied with it, one strives for a thousand rupees, but even possessing thousands of rupees does not satisfy. One wants a million, and so on. Then it is seen that a person having influence in a district wants to extend it over a province, provincial leaders want to become national leaders, and when they have achieved that there creeps in a desire for world leadership. Mere acquisition of wealth, power and position does not satisfy a person. The acquisition of something limited only creates the want for more, and the quest for happiness finds no end. The hunger for possessing is unending. It is limitless and infinite.

However dignified or lofty the achievement, it fails to set at rest people's unlimited quest for happiness. Those who hanker after wealth will not be satisfied until they can obtain unlimited wealth. Nor will the seeker of power, position and prestige be satisfied until he or she can get these in limitless proportions, as all these are objects of the world. The world itself is finite and cannot provide infinite objects. Naturally, therefore, the greatest worldly acquisition, even if it be the entire globe, would not secure anything of an infinite and permanent character. What then is that infinite, eternal thing which will provide everlasting happiness? 
 

The Cosmic Entity alone is infinite and eternal. It alone is limitless. And the eternal longing of human beings for happiness can only be satiated by realization of the Infinite. The ephemeral nature of worldly possessions, power and position can only lead one to the conclusion that none of the things of the finite and limited world can set at rest the everlasting urge for happiness. Their acquisition merely gives rise to further longing. Only realization of the Infinite can do it. The Infinite can be only one, and that is the Cosmic Entity.
 

Hence it is only the Cosmic Entity that can provide everlasting happiness – the quest for which is the characteristic of every human being. In reality, behind this human urge is hidden the desire, the longing, for attainment of the Cosmic Entity. It is the very nature of every living being. This alone is the dharma of every person. 
 

The word dharma signifies "property". The English word for it is "nature", "characteristic" or "property". The nature of fire is to burn or produce heat. It is the characteristic or property of fire and is also termed the nature of fire. Similarly, the dharma or nature of a human being is to seek the Cosmic Entity. 
 

The degree of divinity in human beings is indicated by their clearly-reflected consciousness. Every human being, having evolved from animals, has, therefore, two aspects – the animal aspect, and the conscious aspect which distinguishes a person from animals. Animals display predominantly the animality, while human beings due to a well-reflected consciousness also possess rationality. The animality in human beings gives them a leaning towards animal life or physical enjoyment. They, under its influence, look to eating, drinking and gratification of other physical desires. They are attracted towards these and run after them under the influence of their animality but these do not provide happiness as their longing for it is infinite. Animals are satisfied with these limited enjoyments as their urge is not infinite. However large the quantity of things offered to an animal may be, it will take only those which it needs and will not bother for the rest. But humans will certainly act differently in these conditions. This only establishes that animals are satisfied with the limited, while the desire of human beings is limitless, although the desire for enjoyment in both is prompted and governed by the animal aspect of life. The difference in the two is due to the possession by the human being of a clearly-reflected consciousness, something which animals lack. The infinite nature of the human urge for absolute happiness is due to their consciousness alone. It is this consciousness alone which is not satisfied with the physical pleasure of possession, power and position – things which in spite of their huge proportions, are only transitory in character. It is their consciousness which creates in human beings the longing for the Cosmic Entity. 
 

The objects of the world – the physical enjoyments – do not quench the thirst of the human heart for happiness. Yet we find that people are attracted by them. The animality in people draws them towards gratification of animal desires, but the rationality of their consciousness remains ungratified since all these are transitory and short-lived. They are not enough to set at rest the unending and unlimited hunger of the human consciousness. There is, thus, a constant duel in humans between their animality and rationality. The animal aspect pulls them towards instant earthly joys, while their consciousness, not being satisfied with these, draws them towards the Cosmic Entity – the Infinite. This results in the struggle between the animal aspect and consciousness. Had the carnal pleasures derived from power and position been infinite and endless, they would have set at rest the eternal quest of consciousness for happiness. But they do not, and that is why the fleeting glory of temporal joys can never secure a lasting peace in the human mind and lead people to ecstasy. 
 

It is only the well-reflected consciousness which differentiates human beings from animals. Is it then not imperative for human beings to make use of their consciousness? If their consciousness lies dormant behind their animality, people are bound to behave like animals. They in fact become worse than animals as, even though endowed with well-reflected consciousness, they do not make use of it. Such people do not deserve the status of human beings. They are animals in human form. 
 

The nature of consciousness is to seek for the Infinite or realize the Cosmic Entity. Only those who make use of their consciousness and follow its dictates deserve to be called human beings. Therefore, every person, by making full use of his or her reflected consciousness, earns the right to be called a human being and finds his or her dharma or nature to be only the search for the Infinite or Cosmic Entity. This longing for the Infinite is the innate quality or dharma which characterizes the human status of people. 
 

Happiness is derived by getting what one desires. If one does not get what one desires, one cannot be happy. One becomes sad and miserable. The clearly-reflected consciousness in people, which alone distinguishes them from animals, seeks the Cosmic Entity or the Infinite. And so people derive real happiness only when they can attain the Cosmic Entity or get into the process of attaining It. Consciousness does not want earthly joys because being finite none of them satisfy it. The conclusion we arrive at is that the dharma of humanity is to realize the Infinite or the Cosmic Entity. It is only by means of this dharma that people can enjoy eternal happiness and bliss.


Quando uma pessoa alcança o estágio de divindade

Quando uma pessoa alcança o estágio de divindade, esta pessoa pensa aquilo que diz e diz aquilo que faz. Não existe diferença entre pensar, dizer e fazer. E esse é o melhor estágio da estrutura humana ou existência humana. Você sempre deveria tentar ser assim...

Srii Srii Anandamurti


"When one attains the stage of divinity, then what one thinks one says and what one says one does. There is no difference between thinking, saying and doing. And that is the best stage of human structure or human existence. You should all try to be like this...."

Shrii Shrii Anandamurtijii

O Pequeno Caminho e o Grande Caminho

Foto: O Pequeno Caminho e o Grande Caminho

Janine Milward

Eu penso ser fundamental que aprendamos a olhar para o princípio, para o durante, e para o fim de tudo na natureza do céu e da terra, com o mesmo olhar... porque tudo, em verdade, faz parte de um ciclo... até a própria criação da Criação... - esse é o chamado Pequeno Caminho -  , e então orientar nossas ações e nossos passos voltados para a iluminação e infinitude de nossa consciência bem como a iluminação e infinitude de nossa vida - esse é o chamado Grande Caminho.  

O Pequeno Caminho existe dentro do Mundo da Manifestação, denominado de Céu Posterior, de tudo aquilo que podemos nomear enquanto Criação e sobre o qual temos linguagem para podermos nos expressar.  O Pequeno Caminho realiza um ciclo total, com princípio, meio e fim.  É um Caminho estruturado na duração, nos ciclos em eterna mutação.

O Grande Caminho existe dentro do Mundo da Não-Manifestação, denominado de Céu Anterior,  onde não existe qualquer possibilidade de alcance de linguagem que possamos usar para nos expressar.  O Grande Caminho não tem princípio, não tem meio e não tem fim - porque pode ser compreendido como o próprio Tao.  É um Caminho estruturado na constância. 

Lao Tse nos alerta, em seu Capítulo 53 do Tao Te Ching, o Livro do Caminho e da Virtude, em termos de nossas escolhas para realizarmos nossa Caminhada:

Torne-me naturalmente firme e possuidor do saber
Percorrendo o Grande Caminho
Temendo apenas o desperdício

O Grande Caminho é bastante tranqüilo
Mas os homens gostam bastante de trilhas


A escolha entre um Caminho e outro tende a ser realizada através o Dharma do Caminhante, ou seja, o Dharma representa a essência essencial de cada um de nós - e posteriormente, esta escolha é confirmada a partir do Livre-Arbítrio (que é sempre também estruturado sobre o Dharma pessoal) que leva as ações serem realizadas efetivamente.  

Podemos também pensar que a escolha entre um Caminho e outro tende a ser calcada nos Karmas, ações, que o Caminhante traz para serem vivenciados e resgatados e exauridos nessa sua atual encarnação bem como seus Samskaras, ou seja, reações em potencial às ações realizadas e sintetizadas de vidas anteriores e também às ações realizadas nesta vida e apontadas ou para ainda serem resgatadas nesta vida ou para vidas posteriores.

O Dharma vem falar daquilo que traz maior alegria, maior felicidade, à vida do Caminhante - e isso acontece porque é algo que fala profundamente da raiz de seu ser, é sua essência essencial podendo ser vivenciada ao longo de sua vida; é como se fosse (e é) como uma lembrança suave advinda do mais profundo recôndito do coração, advinda de vivências sucessivas passadas, ou seja, de vidas passadas e sendo revivenciada esta lembrança, esta essência essencial do ser, também nesta vida atual.  

Se este Dharma é conscientizado o suficiente para superar os obstáculos, as vicissitudes impostas pelos Karmas e pelos Samskaras, o Livre-Arbítrio do Caminhante o leva a optar bem conscientemente sobre o Caminho que lhe é mais favorável de ser trilhado... - pelo menos, nesta sua encarnação de aqui-e-agora.

Existe O Caminho e o Caminhante elege seu Caminho de acordo com o nível que sua mente, sua consciência, acredita como o Seu Caminho. 

 Lao Tse nos diz, ao iniciar seu Capítulo 41:

O homem superior ao ouvir sobre o Caminho
Esforça-se para poder realizá-lo
O homem mediano ao ouvir sobre o Caminho
Às vezes o resguarda, às vezes o perde
O homem inferior ao ouvir sobre o Caminho
Trata-o às gargalhadas
Se não fosse tratado às gargalhadas
Não seria suficiente para ser o Caminho

 E Ele desenvolve:

....................................
A iluminação do Caminho é como se fosse a obscuridade
O avanço do Caminho é como se fosse o retrocesso
.................................

 E o Mestre do Tao conclui:
....................................

A grande imagem não tem forma
O Caminho é invisível e não tem nome
Assim, apenas o Caminho é bom em auxiliar e concluir.


A bem da verdade, a única coisa que levamos de uma encarnação para outra é nossa mente que, por sua vez, ao longo de nossas vivências sucessivas e anteriores, vai acolhendo nossos Karmas, ações, e Samskaras, reações em potencial, a serem sintetizados e vivenciados e resgatados e exauridos nesta encarnação atual e em encarnações posteriores.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

Trecho extraído do meu livro O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO - http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com
Ponte no Sítio das Estrelas - foto de Janine


O Pequeno Caminho e o Grande Caminho

Janine Milward

Eu penso ser fundamental que aprendamos a olhar para o princípio, para o durante, e para o fim de tudo na natureza do céu e da terra, com o mesmo olhar... porque tudo, em verdade, faz parte de um ciclo... até a própria criação da Criação... - esse é o chamado Pequeno Caminho - , e então orientar nossas ações e nossos passos voltados para a iluminação e infinitude de nossa consciência bem como a iluminação e infinitude de nossa vida - esse é o chamado Grande Caminho.

O Pequeno Caminho existe dentro do Mundo da Manifestação, denominado de Céu Posterior, de tudo aquilo que podemos nomear enquanto Criação e sobre o qual temos linguagem para podermos nos expressar. O Pequeno Caminho realiza um ciclo total, com princípio, meio e fim. É um Caminho estruturado na duração, nos ciclos em eterna mutação.

O Grande Caminho existe dentro do Mundo da Não-Manifestação, denominado de Céu Anterior, onde não existe qualquer possibilidade de alcance de linguagem que possamos usar para nos expressar. O Grande Caminho não tem princípio, não tem meio e não tem fim - porque pode ser compreendido como o próprio Tao. É um Caminho estruturado na constância.

Lao Tse nos alerta, em seu Capítulo 53 do Tao Te Ching, o Livro do Caminho e da Virtude, em termos de nossas escolhas para realizarmos nossa Caminhada:

Torne-me naturalmente firme e possuidor do saber
Percorrendo o Grande Caminho
Temendo apenas o desperdício

O Grande Caminho é bastante tranqüilo
Mas os homens gostam bastante de trilhas


A escolha entre um Caminho e outro tende a ser realizada através o Dharma do Caminhante, ou seja, o Dharma representa a essência essencial de cada um de nós - e posteriormente, esta escolha é confirmada a partir do Livre-Arbítrio (que é sempre também estruturado sobre o Dharma pessoal) que leva as ações serem realizadas efetivamente.

Podemos também pensar que a escolha entre um Caminho e outro tende a ser calcada nos Karmas, ações, que o Caminhante traz para serem vivenciados e resgatados e exauridos nessa sua atual encarnação bem como seus Samskaras, ou seja, reações em potencial às ações realizadas e sintetizadas de vidas anteriores e também às ações realizadas nesta vida e apontadas ou para ainda serem resgatadas nesta vida ou para vidas posteriores.

O Dharma vem falar daquilo que traz maior alegria, maior felicidade, à vida do Caminhante - e isso acontece porque é algo que fala profundamente da raiz de seu ser, é sua essência essencial podendo ser vivenciada ao longo de sua vida; é como se fosse (e é) como uma lembrança suave advinda do mais profundo recôndito do coração, advinda de vivências sucessivas passadas, ou seja, de vidas passadas e sendo revivenciada esta lembrança, esta essência essencial do ser, também nesta vida atual.

Se este Dharma é conscientizado o suficiente para superar os obstáculos, as vicissitudes impostas pelos Karmas e pelos Samskaras, o Livre-Arbítrio do Caminhante o leva a optar bem conscientemente sobre o Caminho que lhe é mais favorável de ser trilhado... - pelo menos, nesta sua encarnação de aqui-e-agora.

Existe O Caminho e o Caminhante elege seu Caminho de acordo com o nível que sua mente, sua consciência, acredita como o Seu Caminho.

Lao Tse nos diz, ao iniciar seu Capítulo 41:

O homem superior ao ouvir sobre o Caminho
Esforça-se para poder realizá-lo
O homem mediano ao ouvir sobre o Caminho
Às vezes o resguarda, às vezes o perde
O homem inferior ao ouvir sobre o Caminho
Trata-o às gargalhadas
Se não fosse tratado às gargalhadas
Não seria suficiente para ser o Caminho

E Ele desenvolve:

....................................
A iluminação do Caminho é como se fosse a obscuridade
O avanço do Caminho é como se fosse o retrocesso
.................................

E o Mestre do Tao conclui:
....................................

A grande imagem não tem forma
O Caminho é invisível e não tem nome
Assim, apenas o Caminho é bom em auxiliar e concluir.


A bem da verdade, a única coisa que levamos de uma encarnação para outra é nossa mente que, por sua vez, ao longo de nossas vivências sucessivas e anteriores, vai acolhendo nossos Karmas, ações, e Samskaras, reações em potencial, a serem sintetizados e vivenciados e resgatados e exauridos nesta encarnação atual e em encarnações posteriores.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

Trecho extraído do meu livro O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO - http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com/

A Lua não pode ser roubada

Foto: The Moon Cannot Be Stolen 

Ryokan, a Zen master, lived the simplest kind of life in a little hut at the foot of a mountain. One evening a thief visited the hut only to discover there was nothing in it to steal.

Ryokan returned and caught him. "You may have come a long way to visit me," he told the prowler, "and you shoud not return emptyhanded. Please take my clothes as a gift."

The thief was bewildered. He took the clothes and slunk away. 

Ryokan sat naked, watching the moon. "Poor fellow, " he mused, "I wish I could give him this beautiful moon."

. A Lua não pode ser roubada

Minha modesta tradução:

Ryokan, um mestre Zen, morava um vida extremamente simples numa cabana ao pé de uma montanha. Certa noite, um ladrão foi até a cabana ... para descobrir que não havia absolutamente nada a ser roubado!

Ryokan retornou à casa e foi até o ladrão, dizendo-lhe: - Você caminhou todo esse longo trajeto para me visitar..., e não poderá voltar de mãos vazias. Por favor, fique com minhas roupas como um presente para você.

O ladrão ficou inteiramente aturdido, pegou as roupas e desapareceu.

Ryoken sentou-se, desnudo, olhando a Lua, pensando: - “Pobre rapaz, eu gostaria de ter-lhe dado esta linda Lua!
The Moon Cannot Be Stolen

Ryokan, a Zen master, lived the simplest kind of life in a little hut at the foot of a mountain. One evening a thief visited the hut only to discover there was nothing in it to steal.

Ryokan returned and caught him. "You may have come a long way to visit me," he told the prowler, "and you shoud not return emptyhanded. Please take my clothes as a gift."

The thief was bewildered. He took the clothes and slunk away.

Ryokan sat naked, watching the moon. "Poor fellow, " he mused, "I wish I could give him this beautiful moon."

A sociedade humana é como uma guirlanda feita com diferentes tipos de flores unidas por um fio em comum. A beleza da guirlanda depende da beleza de cada flor.
"Human society is like a garland which is made of different types of flowers, linked by one common thread. The overall beauty of the garland is dependent upon the beauty of each flower."

Shrii Shrii Anandamurtijii
Proutist Economics

Foto: "Human society is like a garland which is made of different types of flowers, linked by one common thread. The overall beauty of the garland is dependent upon the beauty of each flower."

Shrii Shrii Anandamurtijii 
Proutist Economics

quem elegeu a busca, não pode recusar a travessia

Foto: #guimarãesrosa
#frases

Se você esperar quaisquer benefícios de sua busca



Se você esperar quaisquer benefícios de sua busca, materialmente, mentalmente ou espiritualmente, você está no caminho errado. A verdade não lhe trará qualquer vantagem e também não lhe trará um status mais elevado, nenhum poder sobre as demais pessoas. Tudo o que você conseguirá é a Verdade e a libertação da falsidade.
If you expect any benefits from your search, material, mental or spiritual, you have missed the point. Truth gives no advantage. It gives no higher status, no power over others; all you get is truth, and freedom from the false.

~ Nisargadatta Maharaj ~

BABA NAM KEVALAM

Foto: BABA NAM KEVALAM

Este é um Mantra universal, ou seja, pode ser entoado em voz alta e a qualquer momento e também seguindo o tom musical desejado por você.

Existem várias interpretações para o que essas palavras em sânscrito significam.

Eu pessoalmente gosto muito de pensar que

BABA NAM KEVALAM
pode ser compreendido como
A SUPREMA CONSCIÊNCIA A TUDO PERMEIA

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

ESTA FLOR ACONTECE TODOS OS VERÕES EM MEU SÍTIO DAS ESTRELAS - SEMPRE NO TEMPO DAS ÁGUAS - E FOI FOTOGRADA POR MIM.  NÃO SEI DIZER O NOME.... vou ter que perguntar a um amigo meu, o Alexandre, que sabe de tudo....

BABA NAM KEVALAM

Este é um Mantra universal, ou seja, pode ser entoado em voz alta e a qualquer momento e também seguindo o tom musical desejado por você.

Existem várias interpretações para o que essas palavras em sânscrito significam.

Eu pessoalmente gosto muito de pensar que

BABA NAM KEVALAM
pode ser compreendido como
A SUPREMA CONSCIÊNCIA A TUDO PERMEIA

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

ESTA FLOR ACONTECE TODOS OS VERÕES EM MEU SÍTIO DAS ESTRELAS - SEMPRE NO TEMPO DAS ÁGUAS - E FOI FOTOGRADA POR MIM. NÃO SEI DIZER O NOME.... vou ter que perguntar a um amigo meu, o Alexandre, que sabe de tudo....

O que é mantido cheio não permanece até o fim

TAO TE CHING
O Livro do Caminho e da Virtude
Lao Tse, o Mestre do Tao

Interpretação de Janine Milward

A tradução dos Capítulos do Tao Te Ching foi realizada por Wu Jyh Cherng,
do chinês para o português
e foi primeiramente publicada pela Editora Ursa Maior
e hoje é publicada pela Editora Mauad, São Paulo.
Na Editora Mauad, São Paulo, Brasil,
encontra-se ainda no prelo a realização da publicação, em breve,
das interpretações de Wu Jyh Cherng
acerca os 81 Capítulos da obra máxima de Lao Tse, o Tao Te Ching

Capítulo 9

Interpretação

Janine Milward

No Capítulo 9, Lao Tse nos dá a chave para nos colocarmos em nosso Caminho da Iluminação e no Caminho da Imortalidade ou Liberação.

A primeira estrofe trata da Virtude, o Te, a ser desenvolvida para bem trilharmos o Caminho da Iluminação.

O que é mantido cheio não permanece até o fim
O que é intencionalmente polido não é um tesouro eterno
Uma sala cheia de ouro e jade é difícil de ser guardada
Riqueza e nobreza somadas à arrogância
Trazem para si a própria culpa

A primeira linha nos lembra a própria Mandala do Tai Chi, do Mundo da Manifestação, o Oito do Revirão entre o Yin e o Yang, a Mandala do Yin e do Yang com um ponto de um e de outro no centro das manifestações da Sublime Luz e da Sublime Não-Luz. Essa Mandala nos apresenta claramente a inter-relação entre Luz e Não-Luz (ou Sombra), uma contendo a lembrança da outra, uma terminando aonde a outra tem seu começo...

O que é mantido cheio não permanece até o fim

Dessa forma, tudo na criação do Tao está sempre em plena mutação, Até nosso universo, que um dia teve seu começo advindo de uma semente de energia pura de Yang e Yin, também alcança seu final, um dia.... para novamente se conter dentro de uma semente de energia pura de Yang e Yin e dar início a um outro universo, a um outro tempo e espaço, constância e duração.

O que é intencionalmente polido não é um tesouro eterno

A segunda linha nos aponta para o Wu Wei, a Não-Ação, a ação realizada naturalmente, sem qualquer intenção, apenas realizada de acordo com a criação do Tao.

Novamente, Lao Tse nos lembra sobre a eterna mutação.... tanto da criação bruta quanto da criação aprimorada pela mente humana.

Uma sala cheia de ouro e jade é difícil de ser guardada

O Planeta Terra é um lugar privilegiado para a encarnação da mente do homem, aquele que realiza a ligação entre o Céu e a Terra. É um lugar ideal para a realização do trabalho de encarnação e do trabalho de espiritualidade. Trabalho e Iluminação são possíveis na Terra principalmente em virtude da riqueza de sua composição mineral.... Nosso Planeta é um dos poucos lugares do universo que conhecemos que possui o ouro em sua estrutura física. Esse ouro leva o homem a trabalhar e trocar seu trabalho para sua sustentação porém, por outro lado, exacerba no homem a cobiça, a inveja, o roubo, a guerra, o desejo desenfreado, a mundanidade que o atrela à matéria e o separa de seu caminho de espiritualidade.

Dessa forma, é nessa linha que Lao Tse nos reafirma que a maior das virtudes é a humildade. A humildade leva o homem a exercer seu trabalho de encarnação da melhor forma possível e o afasta da ganância e da arrogância, como veremos nas duas últimas linhas da primeira estrofe - todas dedicadas ao Te, à Virtude, à forma ideal de o homem vivenciar seu Caminho da Iluminação.

Riqueza e nobreza somadas à arrogância
Trazem para si a própria culpa

A segunda estrofe é dedicada ao Tao, O Caminho, à forma ideal de o Homem Iluminado vivenciar seu Caminho da Imortalidade ou Liberação.

Concluir o nome, terminar a obra, retirar o corpo
Este é o Caminho do Céu

Quando o homem consegue a expansão infinita e iluminada de sua consciência, de sua mente, ele se torna o Homem Sagrado, ou Homem Iluminado, ou simplesmente, o Homem. Este é o momento que Lao Tse identifica como Concluir o nome.

Tendo alcançado a Iluminação, o Homem parte para desenvolver seu Corpo de Luz. A princípio, ele elabora o seu Feto de Luz e o vai trabalhando a tal ponto que todo seu corpo físico é transformado em Corpo de Luz.... Dizem que a luz pode inclusive ser vista saindo de suas narinas, de suas orelhas, de sua boca... Neste ponto, Lao Tse nos aponta o momento de Terminar a obra, ou seja, o corpo físico adentra o Corpo de Luz, é a Alquimia do Caldeirão, a transmutação total da matéria simples e bruta em puro ouro - o chamado Corpo Solar.

Quando Lao Tse aponta o momento de Retirar o corpo, ele está apontando o Corpo Solar, ou Corpo de Luz ou de Ouro, que, tendo sido bem-sucedido em seu trilhar no Caminho da Imortalidade ou Liberação, pode transcender a Samsara ou Roda da Vida ou Roda das Encarnações sucessivas, subindo aos céus e lá tornando-se uma nova estrela... Ou seja, torna-se um Mestre.

Este é o Caminho do Céu.

........................
TAO TE CHING
O Livro do Caminho e da Virtude
Lao Tse, o Mestre do Tao

Capítulo 09

Interpretação de Janine Milward

A tradução dos Capítulos do Tao Te Ching foi realizada por Wu Jyh Cherng,
do chinês para o português
e foi primeiramente publicada pela Editora Ursa Maior
e hoje é publicada pela Editora Mauad, São Paulo.

Na Editora Mauad, São Paulo, Brasil,
encontra-se ainda no prelo a realização da publicação, em breve,
das interpretações de Wu Jyh Cherng
acerca os 81 Capítulos da obra máxima de Lao Tse, o Tao Te Ching
http://sublimecaminhosublimevirtude.blogspot.com.br/2008/11/captulo-9.html

lírio-do-brejo

Foto: AH, eu amo este tempo de chuvas de verão... porque chegam os LÍRIOS DO BREJO, maravilhosos, cheirosos, durando desde antes do Natal até depois da Páscoa.... - talvez menos, até depois do Carnaval, com toda a certeza!  

O perfume dos Lírios invade nossa vida!  Eu gosto de colhê-los logo cedinho pela manhã e mais ainda depois de alguma chuva!

Com um abraço estrelado,
Janine Milward
foto de Janine


AH, eu amo este tempo de chuvas de verão... porque chegam os LÍRIOS DO BREJO, maravilhosos, cheirosos, durando desde antes do Natal até depois da Páscoa.... - talvez menos, até depois do Carnaval, com toda a certeza! 

O perfume dos Lírios invade nossa vida! Eu gosto de colhê-los logo cedinho pela manhã e mais ainda depois de alguma chuva!

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

Milhares de velas podem ser acesas a partir de uma única vela e a vida desta única vela não será encurtada.

Milhares de velas podem ser acesas a partir de uma única vela e a vida desta única vela não será encurtada. A alegria nunca diminui quando compartilhada.
Thousands of candles can be lit from a single candle, and the life of the candle will not be shortened. Happiness never decreases by being shared.

~ Buddha

Foto: Thousands of candles can be lit from a single candle, and the life of the candle will not be shortened. Happiness never decreases by being shared.

~ Buddha

"Meditation could be said to be the Art of Simplicity --simply sitting, simply breathing and simply being." ~ Dilgo Khyentse Rinpoche


Foto: "Meditation could be said to be the Art of Simplicity --simply sitting, simply breathing and simply being."

~ Dilgo Khyentse Rinpoche

"Meditation could be said to be the Art of Simplicity --simply sitting, simply breathing and simply being."

~ Dilgo Khyentse Rinpoche
 

"Meditation is about learning to recognize our basic goodness in the immediacy of the present moment, and then nurturing this recognition until it seeps into the very core of our being." ~ Mingyur Rinpoche

Foto: "Meditation is about learning to recognize our basic goodness in the immediacy of the present moment, and then nurturing this recognition until it seeps into the very core of our being."

~ Mingyur Rinpoche

viver no presente momento de maneira sábia e correta

Foto: “The secret of health for both mind and body is not to mourn for the past, worry about the future, or anticipate troubles, but to live in the present moment wisely and earnestly.”

~Buddhist Wisdom~
O segredo da saúde tanto para a mente quanto para o corpo físico é não lamentar o passado, preocupar acerca o futuro ou antecipar probelmas... porém viver no presente momento de maneira sábia e correta.
“The secret of health for both mind and body is not to mourn for the past, worry about the future, or anticipate troubles, but to live in the present moment wisely and earnestly.”

~Buddhist Wisdom~

A grande sabedoria é conseguir ver através as aparências.

O grande sucesso é alcançar a libertação do ego. O grande valor é alcançar o comando de si mesmo/a. A grande qualidade é buscar servir aos outros. A grande ação é não se conformar com os padrões mundiais. A grande mágica é transmutar as paixões. A grande generosidade é o não-apego. O grande bem é uma mente em paz. A grande paciência é a humildade. O grande esforço não é voltado para os resultados. A grande meditação é a mente que se despreende. A grande sabedoria é conseguir ver através as aparências.

The greatest achievement is selflessness. The greatest worth is self-mastery. The greatest quality is seeking to serve others. The greatest action is not conforming with the worlds ways. The greatest magic is transmuting the passions. The greatest generosity is non-attachment. The greatest goodness is a peaceful mind. The greatest patience is humility. The greatest effort is not concerned with results. The greatest meditation is a mind that lets go. The greatest wisdom is seeing through appearances.  
~ Atisha ~

Foto: The greatest achievement is selflessness. The greatest worth is self-mastery. The greatest quality is seeking to serve others. The greatest action is not conforming with the worlds ways. The greatest magic is transmuting the passions. The greatest generosity is non-attachment. The greatest goodness is a peaceful mind. The greatest patience is humility. The greatest effort is not concerned with results. The greatest meditation is a mind that lets go. The greatest wisdom is seeing through appearances.

~ Atisha ~