As Lições de Meditação e as Seis Iniciações Espirituais

As Lições de Meditação e as Seis Iniciações Espirituais
sob o ponto de vista do TANTRA, a libertação da escuridão da ignorância, a força e a coragem para conquistarmos nossos Caminhos da Iluminação e da Liberação ou Imortalidade:

Janine Milward

Os chacras – em sânscrito Cakras, "rodas" – são sete centros psíquicos: os chacras da base, da sexualidade, do plexo solar, do coração, da comunicação, do conhecimento e da coroa. São pontos onde existe uma correlação entre a energia psíquica e energia física em nosso corpo.

Existem outras Lições de Meditação que vão sendo ministradas com o tempo, juntamente com a prática do aspirante espiritual. A cada Lição, ou Iniciação, o Caminhante vai aprofundando mais e mais seus conhecimentos de espiritualidade e da própria meditação.

A Primeira Lição – ou Iniciação -, chamada de Iishavara Pranidhana, é mais dedicada a Muladhara Cakra, ao chacra básico situado na extremidade da espinha dorsal, aquele que nos liga mais diretamente ao Planeta Terra, á materialidade, à encarnação. É nesse chacra que está a Kundalini adormecida e que é despertada com a Iniciação.

Iishvara significa "o controlador de todas as vibrações (físicas, psíquicas e espirituais) do universo" e Pranidhana significa "compreender claramente" bem como "adotar algo como seu abrigo". Iishvara Pranidhana significa, então, a aceitação da Consciência Cósmica como o ideal e meta da existência.

Nesta Primeira Lição, aprende-se a retirar a mente do ambiente físico e do próprio corpo, elevando-a até alcançar a Consciência Cósmica e com ela se fundir. Se elevada apropriadamente, a mente alcança um estado de infinita bem-aventurança.

A Segunda Lição ou Iniciação – chamada de Madhuvidya ou Doce Conhecimento – traz ao Caminhante a libertação das ataduras do ego em suas ações bem como apresenta a qualidade do discernimento, Viveka. É a consciência constante de que tudo é manifestação da Suprema Consciência. É tempo de maior manifestação do chacra da sexualidade, da reprodução da vida – Svasdhisthana Cakra.

A Terceira Lição ou Iniciação ensina ao Caminhante os caminhos para o aprofundamento de sua concentração – Tattva Dharana, quando é possível identificar as características fundamentais de cada chacra em relação ao som, forma e cor. É um momento de regulação da fluência de energia no corpo e na mente. É tempo de maior manifestação do chacra do umbigo, aquele que nos liga da terra ao céu – Manipura Cakra.

A Quarta Lição ou Iniciação – Pranayama – mostra ao Caminhante a inter-relação entre o Pranah (a força vital) e a mente, a conexão entre a respiração e a mente. É tempo de maior manifestação do chacra do coração, da emoção e do sentimento expressos pela mente – Anahata Cakra.

A Quinta Lição traz ao Caminhante uma intensa purificação de todos os seus chacras, corpo e mente, através da entoação de mantras e da força da mente – Cakra Shodhana. É tempo de maior manifestação do chacra da expressão, da comunicação, da interação entre o ser e os outros seres e a natureza – Vishudda Cakra.

A Sexta Lição ou Iniciação é Dhyana, a pura contemplação. Nesta Lição tudo é canalizado em direção à meta espiritual, sendo o Amor Cósmico a maior força neste sentido. Neste momento, a meditação acontece simplesmente, naturalmente, sem qualquer esforço. É tempo de maior manifestação do chacra do Conhecimento – Ajna ou Jinana Cakra.

O Conhecimento, aliado à Ação e à Devoção (Jinana, Karma e Bhakti), perfazem o caminho perfeito para a realização da Liberação (Mukti). A realidade é que, neste estágio, é a Devoção que a tudo permeia.

A Kundalini já se encontra totalmente amadurecida espiritualmente trazendo purificação à mente e ao corpo de forma que a maior força mental é o grande amor ao Supremo, direcionando a mente à sua meta final, a fusão com a Consciência Suprema.

Sendo sete os chacras, a Iniciação após a sexta e última iniciação, é uma Lição a ser ministrada já diretamente por altas esferas hierárquicas, altas dimensões da Espiritualidade – por se tratar do chacra Coronário, a Flor de Lótus da Iluminação – Sahasrara Cakra. Esse é o lugar do Guru.

Também a Sexta Lição ou Iniciação, traz a completude da Estrela de Seis Pontas – assim no Céu como na Terra. Aqui, o homem torna-se Homem Sagrado, torna-se O Liberado.

A Sétima Lição ou Iniciação – que pode ser considerada como a Iniciação Solar -, traz a esse Homem Sagrado o verdadeiro exercício de seu Dharma e seu Livre-Arbítrio, ou seja, pode tornar-se uma Semente Queimada e não mais retornando à Terra através da Samsara, a Roda da Vida,... ou pode tornar-se verdadeiramente um Bodhisattva, um ser de compaixão que não ascenderá aos céus antes que todos os seres tenham encontrado seus Caminhos de Iluminação e de Liberação...

A vida humana é curta.
É aconselhável que tomemos todas as Lições
em relação à Sadhana o mais breve possível.

(Sadhana significa nosso trabalho do cotidiano no Planeta baseado na conscientização maior em relação à encarnação e sua Missão a ser cumprida, a meditação e o trabalho espiritual)

Assim nos aconselha Srii Srii Anandamurti, o Mestre do Tantra primordial e do Caminho da Bem-Aventurança.
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A Primeira Iniciação, no entanto, já prepara o Caminhante para iniciar seu caminho em direção à Iluminação e à Liberação, fornecendo-lhe todos os instrumentos necessários para a realização de sua jornada espiritual, podendo, portanto, trilhar seu caminho confiando em sua força pessoal e em sua forte determinação.

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward

Trecho extraído do meu livro O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO

O Despertar da Kundalini

O Despertar da Kundalini

Janine Milward

A cada vez que o mantra pessoal, o Ista Mantra, é repetido correta e devocionalmente, a energia espiritual da Kundalini se manifesta despertada, atuante. Isso porque o mantra traz uma determinada vibração que cria efeitos poderosos para a elevação da mente em níveis mais sutis.

A Iniciação é o momento quando a potencialidade espiritual que existe dentro de nós e acordada – a Kundalini é despertada.

A forma psíquica da Kundalini em seu estado adormecido é conhecida como "serpente enroscada" e habita o Muladhara Cakra, ou seja, o chacra que se encontra na base da coluna vertebral ou primeiro chacra. Ao longo dos vários estágios do processo da meditação, essa energia espiritual intensa vai se desenroscando e subindo através da coluna vertebral, passando e energizando todos os chacras até finalmente alcançar o Ajna Cakra, o chacra do terceiro olho, o chacra do Conhecimento.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

Trecho extraído do meu Livro O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO

Sentado em seu silêncio interior absoluto, o Caminhante começa a entoar seu mantra essencial e pessoal, o Ista Mantra.

Mantra Pessoal

Janine Milward

Sentado em seu silêncio interior absoluto, o Caminhante começa a entoar seu mantra essencial e pessoal, o Ista Mantra.

O mantra pessoal são duas pequenas palavras de apenas uma sílaba cada uma – para a inspiração e para a expiração – que traduzem profundamente a energia da pessoa em relação à totalidade da Criação.

Esse som estará tocando o Caminhante naquele seu Chacra que, de alguma maneira, comanda mais diretamente sua vida. No entanto, não são considerados os Chacras mais básicos e sim apenas os Chacras já voltados para a abertura da mente em Consciência, do Caminhante, ou seja, algum Chacra a partir do Chacra do Coração, seguindo pelo Chacra da Comunicação e ainda encontrando o Chacra do Conhecimento...., para, finalmente, num nível bem mais elevado de espiritualidade do Caminhante, o Chacra Coronário.

Esse mantra seguirá junto com a pessoa ao longo de sua vida, durante todas as suas meditações. E não apenas durante a meditação o mantra é essencial. Podemos pensar interiormente e falar intimamente nosso mantra pessoal a todo instante, todo o tempo, a cada inspiração e a cada expiração, até a nossa última expiração...

Assim, o mantra dever ser pulsativo – de acordo com a respiração; ideativo – cada palavra pronunciada cria uma imagem mental a qual se refere; e vibratório – adaptado à vibração mental individual.

O Ser Supremo é Um, e se chama OM. O mais elevado mantra é OM: A-U-M. Todos os outros mantras emanam de OM. Todos os mantras os quais nós possamos pensar, de fato todas as línguas, se encontram ocultas nessa única sílaba cósmica: OM.

No entanto, podemos ser iniciados dentro do mantra OM, sim, mas comumente existem outros quatro mantras em sânscrito que melhor se adequam às diferentes personalidades dos Caminhantes. Enquanto OM seria mais indicado para Caminhantes que já possuem uma consciência bastante expandida, realmente. Porém o mantra OM pode ser entoado grupalmente, por exemplo, quando se quer elevar o estado espiritual de um grupo de pessoas.
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No Tantra, Krishna, Raama, Shiva ou Devi são os tipos básicos de personalidade identificados com essas deidades que representam aspectos de Paramapurusa, Brahma, a Consciência Suprema manifestada.

Raama identifica os Caminhantes bastante voltados para suas realizações planetárias no sentido familiar, da verdadeira união física e espiritual entre o homem e a mulher, marido e esposa e filhos. Nesse caso, o Ista Mantra será entoado através do Raama Mantra.

Shiva identifica os Caminhantes mais introspectivos que procuram realizar suas vidas mais distante das cidades, longe dos aspectos sociais, longe do barulho, mais próximos ao silêncio e à interiorização. Nesse caso, o Ista Mantra será entoado através do Shiva Mantra.

Krishna identifica os Caminhantes voltados para tudo aquilo que a sociedade pode nos oferecer ao longo de nossa vida: é uma pluralidade de escolhas e ações socialmente realizadas. Nesse caso, o Ista Mantra será entoada através do Krishna Mantra.

Durga ou Devi identifica os Caminhantes mais voltados para os aspectos Yin, femininos, da grande mãe simbólica no sentido da proteção aos filhos do mundo, da compaixão e do amor, da imensa sensibilidade da energia feminina como um todo. Nesse caso, o Ista Mantra será entoado através do Devi Mantra.

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Obviamente, sendo o mantra passado através do ato da Iniciação entre mestre e discípulo e fundamentalmente sendo um mantra absolutamente pessoal, suas duas palavras são conhecidas apenas no ato da Primeira Lição. Também é importante que este mantra seja guardado intimamente como um segredo do coração do Caminhante, preferivelmente sendo entoado ao longo de toda sua vida, principalmente na hora de suas últimas inspiração e expiração...

Certamente entende-se que existem mantras nas diferentes línguas para se adequarem aos também diferentes aspectos da espiritualidade e da religiosidade.

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward

http://oscaminhosespirituais.blogspot.com.br/2011/01/o-trabalho-espiritual.html

Ao Leitor/Caminhante: o Texto acima é de autoria de Janine Milward ₢2004. Se você quiser copiar ou encaminhar, faça sempre na íntegra e sempre mencionando sua autoria e seus direitos reservados. Obrigada e Namaskar, eu saúdo você com minha mente e com meu coração.

Quando o Discípulo está pronto, o Mestre aparece





Quando o Discípulo está pronto, o Mestre aparece

Guru e Acarya – o Mestre e o Professor Espiritual

Janine Milward

Quando chega o momento de o Caminhante entrar em contacto de forma mais intensa com sua espiritualidade, é realizada a Iniciação Espiritual na Meditação. A Iniciação é um verdadeiro renascimento!

Tradicionalmente, a Iniciação é ministrada diretamente pelo Mestre, o Guru. Quando isso não é possível de acontecer, o monge ou monja ou o professor espiritual servem como Acarya – aquele que ensina através de seu próprio exemplo – do Guru.

É bom lembrarmos que sempre que o discípulo está pronto, o mestre, o Guru aparece – seja pessoalmente, quando possível, ou seja através de um seu representante espiritual nomeado adequadamente, o Acarya.

O Acarya é o representando do Guru e o Guru é o representante de Brahma, de Deus, da Consciência Cósmica. Brahma é uma palavra em sânscrito e significa literalmente ‘grande’. Brahma é o ser superior que está dentro de cada um de nós, e que no entanto, devido ao véu de ignorância, não podemos perceber o guia que existe dentro de nós e assim precisamos da ajuda de um mestre realizado. Através do Guru, Brahma se manifesta totalmente.

Guru é uma palavra em sânscrito que significa o mestre espiritual iluminado e que tem, portanto, o dom de guiar seus discípulos em direção á iluminação. "Gu" significa aquele que dispersa e "ru" significa escuridão. Aquele que dispersa a escuridão, que traz a Luz, que aponta o Caminho da Luz, da Iluminação, esse é o Guru.

Sânscrito é uma língua construída há milhares de anos atrás de uma tal maneira que trouxesse uma expansão da consciência. Os antigos yogis concentram-se profundamente e meditaram intensamente até encontrarem 49 glândulas sutis encravadas nos sete chacras do corpo humano. Cada glândula possui um determinado som, uma vibração sonora percebida pelos mestres yogis e condensadas em 49 letras de um alfabeto que deu estrutura à língua sânscrita. Sânscrito – Sam’skrt – significa "bem feito, bem realizado".

O Guru pode ser um grande mestre ou simplesmente um bom mestre.

O grande Mestre, o Guru verdadeiro, é aquele que tem o poder de doar a Liberação – Mukti - ao aspirante espiritual – Sadhaka – que cumpre com sua jornada de trabalho de meditação cotidiana, de práticas espirituais e de modo de vida espiritualmente orientado.

A Liberação é o desenlace total dos Samskaras acumulados de forma que o aspirante espiritual possa alcançar a Consciência Suprema ainda nesta vida. Karma é ação e Samskara é a reação em potencial.

Assim, no momento da Primeira Iniciação na Meditação, o aspirante espiritual, o Caminhante, o Sadhaka, recebe ou diretamente de seu Guru ou através de seu Acarya representando seu Guru, as instruções para a realização de seu trabalho espiritual, sua Sadhana.

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward

http://oscaminhosespirituais.blogspot.com.br/2011/01/o-trabalho-espiritual.html

Ao Leitor/Caminhante: o Texto acima é de autoria de Janine Milward ₢2004. Se você quiser copiar ou encaminhar, faça sempre na íntegra e sempre mencionando sua autoria e seus direitos reservados. Obrigada e Namaskar, eu saúdo você com minha mente e com meu coração.

FOTOS realizadas por mim, Janine, durante um Retiro Espiritual na Fazenda Ananda Kiirtan, em Belmiro Braga, Minas Gerais

MANTRA UNIVERSAL

Mantra Universal

Janine Milward

Existem os mantras vários chamados de "universais", ou seja, que podem ser entoados em voz alta, em grupos ou solitariamente, privadamente ou socialmente.

Srii Srii Anandamurti nos ensina o mantra universal para o Caminho da Bem-Aventurança:

BABA NAM KEVALAM

que significa Somente a Suprema Consciência Existe – A Suprema Consciência a tudo permeia – Somente existe amor divino...... Baba quer dizer "pai amado".

Esse é um mantra para ser entoado a todo momento, em todos os lugares, em voz alta, cantando, tornando-o letra de todas as peças musicais, dançando o Kiirtan... ou mesmo apenas dizendo o mantra interiormente.

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward

http://oscaminhosespirituais.blogspot.com.br/2011/01/o-trabalho-espiritual.html

Ao Leitor/Caminhante: o Texto acima é de autoria de Janine Milward ₢2004. Se você quiser copiar ou encaminhar, faça sempre na íntegra e sempre mencionando sua autoria e seus direitos reservados. Obrigada e Namaskar, eu saúdo você com minha mente e com meu coração.

MUNDO DA MANIFESTAÇÃO E MUNDO DA NÃO-MANIFESTAÇÃO E O ETERNO RETORNO




MUNDO DA MANIFESTAÇÃO E MUNDO DA NÃO-MANIFESTAÇÃO
E O ETERNO RETORNO


Janine Milward

O fio da existência é advindo do Mundo da Manifestação ou Céu Posterior através da Luz e da Não-Luz, certamente. Porém, a existência é advinda da não-existência – o Mundo da Manifestação é o espelho do Mundo da Não-Manifestação ou Céu Anterior.

Lao Tsé nos diz em seu Capítulo 40:

O retorno é o movimento do Caminho
A suavidade é a atuação do Caminho
Os seres sob o céu nascem da existência
E a existência nasce da não-existência

O Mundo da Não-Manifestação é a própria não-mutação, ou seja, a única coisa que nunca entra em mutação é a própria não-mutação que somente existe no Mundo da Não-Manifestação e é exatamente aquilo que Lao Tsé nos diz que não se têm palavras para falar sobre, ou para se definir... É o Tao.

O Mundo da Não-Manifestação ou Céu Anterior – Wu Chi (Tao) ou Nirguna Brahma (Tantra) -, no entanto, não possui qualquer dualidade, apenas a Unidade, o Absoluto, Paramapurusa, Tao, Deus – o Tao da Criação.

E no Mundo da Não-Manifestação, em não havendo lugar para a dualidade – apenas para a Unidade absoluta – então, poderia nos trazer a idéia da Imortalidade, certamente. Dessa maneira, a palavra Imortalidade poderia ser sinônima de Unidade absoluta.

....... Apenas não podemos nos esquecer que o Tao está ainda além do Tudo, do Todo e do Nada....

Lao Tsé nos diz que o próprio Tao, o Caminho, faz brotar sua semelhança dentro de si mesmo – em sua absoluta interiorização, constância e não-mutação realizadas pelo Mundo da Não-Manifestação – dando berço à Criação advinda Mundo da Manifestação, ou seja, o Caminho realiza uma movimentação.

A movimentação realizada pelo Caminho em seu espelhamento plenamente interiorizado é a própria Criação.

No entanto, essa Criação é apenas um espelho do Caminho e sendo assim, sempre a Ele retorna – por ser Seu absoluto pertencimento.

Chegamos, então, à conclusão de que o movimento do Caminho em seu retorno é o princípio primordial do conceito da mutação, ou seja, existe uma movimentação entre o Caminho e a Criação, entre o Mundo da Não-Manifestação e o Mundo da Manifestação.

A verdade é que essa movimentação dá berço ao Mundo da Manifestação. O Mundo da Manifestação existe a partir da mutação.

Não podemos nos esquecer, entretanto, que o Tao, o Caminho é plenamente interiorizado - assim como o Mundo da Não-Manifestação que acolhe e realiza o Mundo da Manifestação..., que, por sua vez, possui tanto interiorização quanto exteriorização.

Sendo o Tao, o Caminho, absolutamente interiorizado, constante e não-mutável, a mutação constante e existente dentro do Mundo da Não-Manifestação, se expressa na Criação – em seu Eterno Retorno.

Assim, a Criação, antes de mais nada, é o espelhamento do Tao, o Caminho, e cabe dentro Dele – que possui apenas a plenitude da interiorização.

A Criação – nascendo dentro do útero do Tao, o Caminho – em seu processo de eterna mutação, vai apresentar a constância da realização da duração, ou seja, a Criação, em sua multiplicidade, vai sempre se metamorfoseando, transformando, mudando, transmutando em tempo e espaço e em seu Caminho de eterno retorno – realizando assim, o movimento do Caminho dentro do Mundo da Manifestação.

A Criação – em sua multiplicidade e coletividade – apresenta sua exterioridade (na medida que toda a Criação cabe dentro do Mundo da Não-Manifestação advindo do Tao, o Caminho), bem como apresenta sua interioridade (na medida que é espelhamento do Tao, o Caminho, que é absolutamente interiorizado).

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward

Trecho extraído do meu livro O CAMINHANTE CAMINHANDO SEU CAMINHO - http://ocaminhantecaminhandoseucaminho.blogspot.com.br/

FOTO DO SOL: ESA - http://www.esa.int/spaceinimages/Images/2014/02/Proba-2_view_of_post-eruptive_loops_on_Sun#.UwiaPGJOhMo.facebook

Foto do ANALEMA
Realizada por John Raffell combinando 52 exposições individuais, perto do Trópico de Câncer (latitude 23 1/2 norte). As fotos foram tiradas todos as semanas do ano a partir de maio de 2000, na mesma posição visando o leste, às 07:30 da manhã, em Muscat, Oman. Publicada na revista Sky&Telescope, edição de março de 2003, página 78, dentro do artigo "What is an Analemma? Assinado por Edwin L Aguirre. Esta revista é uma publicação de Sky&Telescope Publishing Co., Cambridge, MA, EUA.